Discurso durante a 101ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

*Solidariedade aos senadores brasileiros recebidos com hostilidade na Venezuela.

Autor
Lindbergh Farias (PT - Partido dos Trabalhadores/RJ)
Nome completo: Luiz Lindbergh Farias Filho
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL:
  • *Solidariedade aos senadores brasileiros recebidos com hostilidade na Venezuela.
Publicação
Publicação no DSF de 19/06/2015 - Página 177
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL
Indexação
  • REGISTRO, SOLIDARIEDADE, GRUPO PARLAMENTAR, SENADOR, MOTIVO, HOSTILIDADE, INTIMIDAÇÃO, RECEBIMENTO, VISITA, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, DEFESA, NECESSIDADE, IMPARCIALIDADE, DIALOGO, GOVERNO ESTRANGEIRO, OPOSIÇÃO, REALIZAÇÃO, ELEIÇÕES, PARLAMENTO, OBJETIVO, MANUTENÇÃO, DEMOCRACIA.

            O SR. LINDBERGH FARIAS (Bloco Apoio Governo/PT - RJ. Sem revisão do orador.) - Eu também quero trazer aqui a minha solidariedade aos Senadores brasileiros. Eu acho que o mais importante de tudo, neste momento, é acompanhar a situação lá, para garantir que regressem ao Brasil com segurança.

            Agora, Sr. Presidente, o dia de hoje é um dia particularmente confuso lá na Venezuela, porque houve a extradição de um cidadão que matou um Deputado chavista.

            Eu tenho participado desse debate aqui, no Senado Federal, e tenho dito uma coisa em relação à posição do Governo brasileiro: é uma posição de muita cautela do Governo brasileiro, de participar de um processo de negociação, de conversar com o governo venezuelano, mas o Governo brasileiro, Sr. Presidente, está conversando também com setores de oposição.

            O que nós queremos - e é fundamental - é a garantia do processo legal, a existência de eleições parlamentares este ano, e no próximo ano há, inclusive, um instrumento da própria Venezuela , que é o referendo revogatório.

            Sr. Presidente, creio eu que, na diplomacia parlamentar também, temos que agir, numa situação como essa, com isenção e imparcialidade. Há alguns discursos, sinceramente, que acho que acabam acirrando os ânimos. É preciso que o Brasil e os Parlamentares do Brasil também se disponham a conversar com os dois lados, para garantir o processo democrático e, principalmente, a realização das eleições. Então, quero aqui me solidarizar com os Senadores brasileiros que estão lá.

            Sr. Presidente, encerro dizendo isto: acho que é papel dos Parlamentares aqui também, ao exercerem a diplomacia parlamentar, ter uma postura mais equilibrada, de discussão com os dois lados, de buscar caminhos pacíficos pra vencer essa crise.

             A pior coisa que poderia acontecer para a Venezuela, para a América Latina e para o Brasil, é aquele país cair numa guerra civil. Isso é ruim para todo mundo. Acho que, mais do que discurso de acirramento de ânimos, é preciso que, na diplomacia parlamentar, exerçamos também o diálogo, a discussão entre os dois lados.

            Registro aqui minha solidariedade, mas faço questão de fazer essas ponderações, Sr. Presidente, porque sabemos que a crise venezuelana existe, é grave, e o Brasil tem que se posicionar como um país que está preocupado com uma resolução pacífica desses conflitos.

            Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/06/2015 - Página 177