Discurso durante a 114ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Discussão, em turno único, da Mensagem nº 19, de 2015.

Autor
José Medeiros (PPS - CIDADANIA/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Discussão, em turno único, da Mensagem nº 19, de 2015.
Publicação
Publicação no DSF de 08/07/2015 - Página 204
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, AUMENTO, SALARIO, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, CRITICA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, REFERENCIA, CRISE, ECONOMIA NACIONAL.

            O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - MT. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, não é novidade para ninguém - não vou me delongar aqui - que o Brasil está passando por uma crise econômica. Diversas categorias dos servidores públicos têm, neste momento, buscado o reajuste dos seus salários, têm buscado a compensação das perdas que tiveram durante todo esse tempo. E já se começou a usar o argumento, para contrapor esses pedidos de aumento, de que o País está em dificuldade, está quebrado, e de que tem de diminuir o tamanho do Estado. Vejo que a tendência desse discurso é jogar a conta, é jogar a fatura para ser paga pelos servidores públicos. Eu quero me contrapor a isso, Sr. Presidente, porque, pelo Governo ou apesar do Governo, este País sempre andou por força dos servidores públicos.

            Esse aumento, por exemplo, que o Ministério Público está pedindo é menor do que o prejuízo causado por dois Baruscos, Sr. Presidente! O ralo deste País não está nos servidores públicos. O ralo deste País a gente sabe onde está. Agora, não é justo os servidores pagarem o pato, e a gente sente que o discurso é aquele que diz que não pode ser dado aumento algum, que não vai haver compensação de perda alguma, porque esse Estado já está pesado demais. E aí veem os servidores públicos como os culpados por esse peso.

            Na discussão aqui, neste debate, infelizmente, ainda não temos achado uma linha. O debate ainda está raso sobre a saída para este País. É assim: eu roubei, mas você também roubou. O debate tem de ser outro. Nós precisamos sair disso. Agora, uma coisa não pode acontecer: o barnabé pagar o pato. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 08/07/2015 - Página 204