Pela ordem durante a 119ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro da participação de S. Exª na Marcha para Jesus em Itacaré, na Bahia; e outro assunto.

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Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
RELIGIÃO:
  • Registro da participação de S. Exª na Marcha para Jesus em Itacaré, na Bahia; e outro assunto.
GOVERNO FEDERAL:
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Publicação
Publicação no DSF de 14/07/2015 - Página 118
Assuntos
Outros > RELIGIÃO
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, EVENTO RELIGIOSO, LOCAL, MUNICIPIO, ITACARE (BA), ESTADO DA BAHIA (BA), ENFASE, COMBATE, DROGA, PEDOFILIA.
  • CRITICA, GOVERNO FEDERAL, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, UTILIZAÇÃO, DISCURSO, FALSIDADE, PERIODO, PROCESSO ELEITORAL, AUSENCIA, CUMPRIMENTO, LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, CORRUPÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu gostaria de fazer dois registros importantes.´

            O primeiro é que, no final de semana próximo passado, no sábado precisamente, eu estive em Itacaré, na Bahia, onde fui participar de uma movimentação chamada Marcha para Jesus, ocasião em que milhares de pessoas foram para as ruas, juntos, pela paz, em nome da paz.

            E eu quero parabenizar as lideranças locais, os prefeitos, os vereadores, os pastores, os líderes, os organizadores daquela grande marcha, que, à noite, culminou com um grande evento de combate às drogas, de combate à pedofilia.

            E eu tive o prazer, Sr. Presidente, juntamente com a minha esposa, a cantora Lauriete, e o cantor David Quinlan, de fazer o evento da noite com milhares de pessoas. Foi um evento que se encerrou às 2 horas da manhã, sem uma ocorrência policial, sem que a rua ficasse cheia de papelote de cocaína ou de bituca de maconha. Não houve uma briga, Sr. Presidente. E digo a V. Exª: ao deixar o ambiente, as ruas, a praça, às 2h30, não havia sequer uma lata de cerveja no chão.

            A coisa que mais me intriga e me intrigou ao longo do tempo - mas que tem mudado, graças a Deus! - é que as famílias do Brasil, País majoritariamente cristão, que se juntam e se juntaram ao longo do tempo em nome da paz - e falo até do viés evangélico -, são discriminadas. E ninguém consegue entender por quê. Por quê? Porque fala do fortalecimento e fala que a família é o fundamento de todas as coisas? Por causa do enfrentamento às drogas? Por causa do repúdio ao abuso de drogas, ao abuso de crianças, à violência contra a criança, ao aborto, à legalização? Por quê? Porque são pessoas que ao invés de fazer baderna se reúnem para ler suas Bíblias e orar? Que não vilipendiam patrimônio público nem particular? Que não vivem tocando fogo em ônibus? Que não fazem festa rave? Que não incentivam o jovem a usar droga e ser violento contra pai e mãe?

            Ainda bem que o Poder Público começou a entender. Havia milhares de pessoas em nome da vida e em nome da paz. Eu agradeço a Itacaré a oportunidade que me deu de ter ido lá. E no domingo, ao meio dia, falei para um grupo de cem pessoas, no restaurante de um hotel, para discutir e mostrar a situação do Brasil.

            E, ao mostrar a situação do Brasil, é aqui que faço o meu segundo registro: é uma situação caótica a que estamos vivendo. O Brasil está em queda livre. Isso é triste. O Brasil vive um momento de chuva de morro abaixo. E chuva morro abaixo ninguém para. O Brasil vive um momento de fogo de morro acima. Ninguém para. O Brasil caminha para o fundo do poço, que, aliás, não é o pior lugar do mundo para nós, porque, no fundo do poço, você pode bater os pés e subir novamente. Em queda livre, não há como parar, não há como subir.

            Eu fazia uma reflexão para pessoas assalariadas, lideranças, taxistas, ascensoristas, guias turísticos, funcionários públicos de prefeitura, pessoas simples.

            E não me venha com essa conversa fiada de elite, de que estão aplicando um golpe. Todos eles estão se sentindo ofendidos na posição em que nos colocaram. Agora nós somos obrigados a ouvir a Presidente da República dizer que estão tentando um golpe. O que é golpe? Eu estudei pouco, mas essa palavra eu sei. Quando o sujeito faz uma coisa boa, diz-se: “Fulano deu um golpe de mestre”. Não importa se foi coisa boa para ambos os lados, mas quem saiu ganhando diz: “Golpe de mestre”. Eu imagino que eles mesmos, após o processo eleitoral, disseram: “O João Santana deu um golpe de mestre no processo eleitoral”. Ele armou um texto, uma novela mentirosa interpretada pela Presidente Dilma.

            Eu pergunto: o que é golpe? A população brasileira toda a ouviu dizer o que disse no processo eleitoral, afirmar o que afirmou, e, quando assumiu, a situação era absolutamente outra. O que é golpe? É você mentir no processo eleitoral? O que é golpe? É você falar a verdade no processo eleitoral? Ela mentiu. Isso, sim, que é golpe. O que é golpe? Estuprar a Lei de Responsabilidade Fiscal?

            Sr. Presidente, o senhor é de Pernambuco. O senhor sabe. O senhor pode contar nos dedos homens públicos do seu Estado honestos, decentes, que viraram prefeitos, Presidentes de Câmara ou de Assembleias Legislativas, e que viraram fichas-sujas, cujas vidas foram para o ralo e cujas famílias não podem mais sair às ruas porque são fichas-sujas os adversários e eles não o são. Pegaram Municípios falidos, Câmaras falidas, e não tiveram como acertar isso. O que aconteceu? Os fichas-sujas tornaram-se eles. Correto?

            O SR. PRESIDENTE (Fernando Bezerra Coelho. Bloco Socialismo e Democracia/PSB - PE) - Senador Magno Malta.

            O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES) - Eu já vou encerrar, Sr. Presidente.

            Os fichas-sujas são eles. Mas a Presidente deu um golpe, estuprou a Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso é golpe ou não? Ela fez pedaladas, ela mascarou a economia deste País para se manter no poder. Está aí o Tribunal de Contas dizendo: “Mentiu, pedalou, violou a lei”. Isso é golpe ou não é golpe? Ou então não sei o que é essa palavra. Então, quer dizer que golpe é falar a verdade? Quer dizer que golpe é dizer que eles erraram? Golpe é dizer que eles vilipendiaram e estupraram a Petrobras? Isso ninguém pode dizer, porque se disser, está dando um golpe contra eles. Ora, que história é essa? Nós não somos idiotas. A população brasileira não é idiota. Então, o que é golpe?

            Golpeé o que eles estão dando, golpe é o que eles estão fazendo. E eles têm a coragem de abrir a boca para dizer que estão sendo vitimados por um golpe? Para quem levou o país à bancarrota, como eles fizeram, é uma situação absolutamente triste!

            Encerro dizendo que, na minha cabeça, é a mesma figura do ladrão que é preso em flagrante e quer colocar a culpa no policial que o prendeu.

            Obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/07/2015 - Página 118