Discurso durante a 116ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Homenagem à Rádio Senado, em especial ao jornalista Sergio Vieira, por ter recebido o Prêmio Petrobras de Jornalismo pela reportagem “Torrente”, de 2014; e outros assuntos.

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Autor
Telmário Mota (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Homenagem à Rádio Senado, em especial ao jornalista Sergio Vieira, por ter recebido o Prêmio Petrobras de Jornalismo pela reportagem “Torrente”, de 2014; e outros assuntos.
SENADO:
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MEIO AMBIENTE:
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Aparteantes
Elmano Férrer, Fátima Bezerra.
Publicação
Publicação no DSF de 10/07/2015 - Página 275
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > SENADO
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • ELOGIO, DERRUBADA, REGIME DE URGENCIA, CRIAÇÃO, COMISSÃO ESPECIAL, ASSUNTO, DEBATE, PROJETO DE LEI, AUTORIA, JOSE SERRA, SENADOR, CANCELAMENTO, OBRIGATORIEDADE, PARTICIPAÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), PARTILHA, PRODUÇÃO, PETROLEO, PRE-SAL.
  • COMENTARIO, REFORMA POLITICA, CRITICA, ATUAÇÃO, CAMARA DOS DEPUTADOS, MOTIVO, AUSENCIA, VOTAÇÃO, CESSAÇÃO, FINANCIAMENTO, ELEIÇÕES, EMPRESA PRIVADA, DEFESA, NECESSIDADE, CONTRIBUIÇÃO, PESSOA FISICA, AUMENTO, PARTICIPAÇÃO, SOCIEDADE, IGUALDADE, CARGO ELETIVO, HOMEM, MULHER.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Senador Paim, que preside esta sessão; Senadora Fátima; Senadores; ouvintes da Rádio Senado; telespectador e telespectadora da TV Senado, hoje, venho a esta Casa muito feliz. Quero tratar de dois assuntos correlatos, que dizem respeito às atividades que o Senado faz. Há alguns pontos que, às vezes, passam despercebidos.

            Mas, antes disso, Senador Paim, quero dizer que, hoje, aniversaria a capital do meu Estado. Boa Vista hoje faz 25 anos. Nasci em uma comunidade indígena chamada Teso do Gavião, que hoje fica no Município de Normandia, mas, na época em que nasci, Normandia ainda era área do Município de Boa Vista. Portanto, eu me sinto filho também do Município de Boa Vista, uma cidade na qual o primeiro Prefeito foi o meu bisavô, o Coronel Mota, que depois o foi por mais quatro vezes. É uma cidade que já nasceu linda. Boa Vista já nasceu linda, tanto é que está aí o seu nome: linda, Boa Vista! A natureza deu a Boa Vista essa beleza. E todos que vão àquela cidade saem dali encantados pela sua formação. Boa Vista é um leque. Quem concebeu a cidade de Boa Vista a concebeu mais ou menos no modelo de Belo Horizonte e também no modelo de Paris.

            Agora, Boa Vista também tem enfrentado dificuldades. Há 20 anos, Boa Vista é administrada por um grupo que dividiu a cidade de Boa Vista em duas cidades. No Centro, há flores, áreas pavimentadas, saneamento, carrões, casas, edifícios, bons edifícios, prédios, bonitas lojas. Essa é a Boa Vista dos ricos. Depois da Rua Venezuela, que é a BR-174 e que divide a cidade Boa Vista, a cidade é outra: as ruas não são pavimentadas, os buracos são constantes, falta iluminação, não há hospital, não há creche, não há escola integral, não há oportunidade para o filho do pobre, não há uma saúde de qualidade, à altura das necessidades, e não há transporte de qualidade. Enfim, hoje, nos 125 anos de Boa Vista, poderíamos comemorar uma cidade que abraça todos igualitariamente, mas uma administração longa a dividiu em duas cidades: uma boa, para os ricos; uma má, para os pobres.

            Mas, Boa Vista, tu és maior do que isso. Por isso, nós te amamos muito e sentimos muita alegria neste aniversário de 125 anos!

            Sr. Presidente, Srs. Senadores e Senadoras, venho a esta Casa hoje fazer um reconhecimento do trabalho dos profissionais que o Senado tem. O Senado é hoje um órgão que, com certeza, trabalha com grandes profissionais. Fico orgulhoso do quadro efetivo e também do quadro temporário que existe nesta Casa, porque eles mantêm a mais alta qualidade e honram esta Casa, que é o maior Parlamento do povo brasileiro.

            Hoje, Sr. Presidente, venho falar da reportagem da Rádio Senado que vence um Prêmio Petrobras de Jornalismo. O jornalista Sergio Vieira, da Agência Jornal do Senado, com a reportagem especial “Torrente”, produzida por ele, foi o vencedor do Prêmio Petrobras de Jornalismo, na categoria reportagem cultural.

            “Torrente” foi veiculada em fevereiro de 2014, pela Rádio Senado, como homenagem aos 10 anos de falecimento da escritora Hilda Hilst. Quando da morte de Hilda, em fevereiro de 2004, o Senado aprovou dois votos de pesar propostos pelo então Líder do PSDB, Senador Arthur Virgílio, do Amazonas, e do PT, Senador Eduardo Suplicy, de São Paulo. O ex-Parlamentar petista concedeu, na época, uma entrevista ao jornalista sobre a escritora. Trechos de suas homenagens em plenário foram utilizados na reportagem.

            A cerimônia de premiação  aconteceu agora, na terça-feira, dia 30, na sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. Também participaram da produção a jornalista Ana Beatriz Santos, a locutora Regina Pinheiro e Lya Passarinho e o técnico de áudio André Menezes. Disse Sergio Vieira: “Eu jamais teria ganho sem a ajuda desses colegas.”

            O repórter também agradeceu à Petrobras pela iniciativa e lembrou que a empresa já possui uma atuação expressiva na área cultural. Para a reportagem, concederam entrevista ainda a escritora Marcia Tiburi e o diretor do Instituto Hilda Hilst, Daniel Fuentes, além de amigos e estudiosos da grande autora.

            Portanto, quero aqui parabenizar a Rádio Senado, especialmente o jornalista Sergio Vieira, que teve esse trabalho, realizado com tanto profissionalismo, reconhecido. Quero parabenizá-los.

            Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, quero também tratar aqui  de um outro assunto.   Às vezes ficamos aqui, no Senado, nesta caixa acústica que é o plenário, nos gabinetes, nos corredores dos gabinetes, mas o Senado é mais do que isso. Temos aqui o viveiro do Senado Federal.

            Ali nós temos várias ações, a minimização de emissões de carbono, compensação ambiental, produção de plantios orgânicos sustentável, enfim, hoje, este local é, sem nenhuma dúvida, um exemplo, um modelo, soluções e sistemas sustentáveis.

            Nós temos paredes superadobe, que é a técnica de arquitetura que utiliza sacos de nylon recheados com terra; tijolos de solo-cimento, fabricação de tijolos e utilização de terra de escavação local; tratamento de águas negras, sistema de tratamento das águas provenientes do vaso sanitário, a partir de fossa céptica blindada; reator aeróbio e reator anaeoróbio por zona de raízes de fluxo ascendente. Nós temos biocontrole da temperatura; temos estrutura com madeira de reflorestamento; nós temos aproveitamento de vidros; reusos de águas cinzas; geração de energia fotovoltaica; nós temos aproveitamento estrutural de tubos de papelão; nós temos aquecimento do solo de água; o aproveitamento das águas da chuva; nós temos cobertura com altas inércias térmicas; nós temos tinta ecológica; nós temos projetos com diretrizes bioclimáticas, climatização natural através do ático ventilado; temos brisa vegetal.

            Não estou falando da Europa, não. Estou falando daqui do Senado. O Senado tem isso aqui. É o viveiro do Senado Federal.

            Convido os Senadores, os servidores, a população para conhecer esse viveiro que existe aqui, no Senado. Fui ao anexo, inclusive fiz uma filmagem. Lindo, Senador, maravilhoso!

            Eu queria aqui fazer um pedido à equipe que me levou ao viveiro do Senado, para que levasse o Senador Paim, para que ele fizesse lá também uma entrevista, naquela área arborizada, com floresta, com essas proposições naturais. Você vai ficar encantado! Vai ficar encantado! Você não vai mais achar que o Senado é só este aqui, não; estas paredes, esta caixa acústica linda que é a nossa tribuna. Não, o Senado é mais do que isso.

            O jornalista daqui, numa rádio, ganhou um prêmio da Petrobras. São esses profissionais que fazem esta Casa acontecer, que tocam esta Casa. São pessoas que, às vezes, passam despercebidas, porque normalmente vemos quem usa a tribuna. Com isso, não vemos o que acontece nos bastidores. Como diz o Faustão: “Foca aqui, filma aqui.” Aí você vai encontrar tudo o que está acontecendo.

            Hoje nós estávamos aqui, na tribuna da maior Casa Legislativa do Brasil, falando sobre as questões nacionais, sobre as questões paroquiais. Também hoje tirei esta tarde para destacar as ações do Senado Federal, desses servidores para os quais não existe hora, não existe chuva, não existe sol, não existe contratempo. Estão sempre alegres, servindo e fazendo, cumprindo o seu papel. Mais do que isso: estão ajudando os Senadores, que são passageiros. Aqui somos passageiros, na hora da agonia, na hora da felicidade, na hora das realizações. Estamos aqui cumprindo o nosso papel, representando os nossos Estados, fazendo políticas e ações que possam melhorar a qualidade de vida do nosso povo, que possam ajudar o País a crescer, a se desenvolver, a criar condições melhores para a nossa população.

            Senador Paim, hoje, eu não poderia deixar de fazer esse destaque. Fiz questão. Acho que eu estava devendo isso e queria fazer esse registro, Senadora Fátima, das coisas belas que o Senado tem além das quatro paredes. Há, aqui, o viveiro do Senado. Acho que depois vocês têm que ir lá conhecer as diversas atividades que existem nesse anexo, esse modelo de ações ambientalistas que o Senado aqui promove, e que nós não conhecemos.

            A Srª Fátima Bezerra (Bloco Apoio Governo/PT - RN) - E a biblioteca?

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - É uma maravilha! A biblioteca é uma lembrança eterna, é um registro.

            Eu queria aqui aproveitar, já que V. Exª falou da biblioteca, e dizer que eu tive a felicidade de ir, nesses dias, à terra do Senador Paim. Fui fazer um discurso para mais de cem senhoras: mulheres, moças que são pré-candidatas nas próximas eleições. Fui a Gramado, a Canela e a outras cidades próximas, mas me impressionou de forma positiva e feliz, Senador Paim, o gaúcho, como ele é conservador, como ele mantém a sua história, a sua vida, a sua cultura. Eu chegava àquelas Câmaras, Senadora Fátima, e, se você fosse ler todas as informações que constam dos quadros, das salas, das portas ou da entrada, você imediatamente conheceria a história daquele órgão, da Câmara ou daquele setor.

            Quem mantém a sua história, quem mantém a sua cultura mantém o seu povo.

            Além do mais, ali também o sonho não foi embora. O sonho existe. A esperança está viva, Senadora Fátima, naquelas pessoas, no olhar, ao se pronunciar.

            Uma das coisas que muito me chamaram a atenção foi quando tocou o Hino do Rio Grande do Sul. Que sentimento de amor!

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Todos cantam, conhecem de cor!

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Todo mundo canta o hino com a força do pulmão, com o sentimento do coração.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - É o fruto de muitas revoluções. Por isso que sou rebelde!

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Por isso o Senador Paim é rebelde, pelas boas causas. O Paim é um rebelde pelas boas causas.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Deixe-me aproveitar este momento, porque me perguntaram como V. Exª votou, como a Senadora Fátima Bezerra votou, como inúmeros Senadores votaram. Sabe o que respondi, com a maior tranquilidade? Todos votaram a favor dos aposentados e pensionistas. As pessoas não perceberam que o texto principal é que garantia o reajuste do salário mínimo e dos aposentados. O voto foi simbólico. Não houve um voto contra. Só houve uma divergência, fiz questão de explicar, numa emenda do Senador Cristovam, em relação ao meu ponto de vista, porque eu tinha a preocupação de que ia para a Câmara, e não dava tempo de votar; ele tinha outro ponto de vista. Foi só essa a divergência. No geral, digo com tranquilidade, era uma homenagem aos Senadores, o texto principal, do salário mínimo e o reajuste dos aposentados, foi aprovado por unanimidade.

            Minha rebeldia foi pontual, mas já está resolvida com o Senador Cristovam.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - A própria Casa, quando derrubou a emenda, reconhecia isso, porque aqui prevalece o sentimento da maioria.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) -Mas é importante destacar que o texto principal foi por unanimidade.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - O texto principal foi por unanimidade.

            Com relação à emenda, sinceramente, como a emenda era do Senador Cristovam, e, do outro lado, era o Senador Paim que defendia a celeridade no processo, que a emenda ia atrasar alguns dias ou, talvez, tivesse até outro caminho - que ninguém sabe, o amanhã só a Deus pertence -, eu pensei: entre o Paim e o Cristovam, vou pegar falta, porque são dois Senadores por quem tenho muita admiração, muito carinho, porque são dois brasileiros que têm, nesta Casa, uma postura irrepreensível. Ambos têm uma postura ilibada, uma postura de garra, de amor, de compromisso.

            Fui agora à tarde, Senador Paim, a vários ministérios. Saindo de um ministério a outro, eu mandava ligar o rádio do carro para acompanhar os trabalhos, e lá estava o Senador Paim. Muitas vezes, quando chego aqui, pela manhã, passando das 8 horas, sempre acho no painel o nome do Senador Paim. Isso me obriga a acordar mais cedo!

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Para ser o primeiro!

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Para ser o primeiro.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Comprometo-me que, amanhã de manhã, vou chegar às 8h10!

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Com isso, quero dizer que, até a uma hora dessas, ele está aqui, gentilmente, presidindo esta sessão, porque ele entende que é necessário usarmos esta tribuna para prestarmos serviço, conversar com o nosso povo, com a nossa sociedade, com a nossa comunidade.

            O Senador Paim não chegou agora. O Senador Paim não tomou um banho e veio depois do almoço. O Senador Paim chega cedo! O Senador Paim preside comissões aqui, e, às vezes, os convidados ficam até constrangidos, porque chegam bem depois dele.

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Eu começo às 9 horas em ponto.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - E ele toca as comissões.

            O Senador Paim cumpre o papel de trabalhador. Trabalhador! Por isso ele defende o trabalhador, porque ele é um trabalhador, um trabalhador que honra o seu salário, que honra o povo do Rio Grande do Sul, que honra este Parlamento, que honra este País.

            Senador Paim, sou um dos novatos, mas, nesta Casa, temos a felicidade de encontrar...

            O SR. PRESIDENTE (Paulo Paim. Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Eu sou um dos mais antigos na Casa, mas estão os três novatos aqui, firmes, quinta-feira, 8 horas da noite. São três jovens que chegaram aqui e que estão dando uma boa dinâmica ao Senado.

            Meus parabéns!

             O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - É o Piauí presente.

            Senador, com a palavra.

            O Sr. Elmano Férrer (Bloco União e Força/PTB - PI) - Gostei do “jovem”, Senador Paim! Gostei muito, embora, no Piauí, seja o velhinho mesmo!

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - O homem não fica velho, quando tem o espírito jovem, como o velhinho tem, como ele diz, mas ele tem o espírito de guerreiro, de lutador.

            Eu tenho pelo Piauí um carinho muito grande. Fui auditor de banco e, ali, muitas vezes, trabalhei em diversas agências. E é um povo, como o povo nordestino, como o povo brasileiro, um povo hospitaleiro, um povo alegre, um povo feliz, um povo amigo, irmão. E o Piauí evoluiu. Muita gente do meu Estado é do Piauí e do Maranhão. E eles vão, constantemente, às vezes pela fragilidade da saúde no nosso Estado, para o Piauí. Lá inclusive há duas universidades, se não me falha a memória, duas ou três universidades de Medicina, de qualidade. Então, eu me orgulho desse Estado brasileiro.

            O Sr. Elmano Férrer (Bloco União e Força/PTB - PI) - Novamente, Senador Telmário, eu queria parabenizar V. Exª pelo pronunciamento. Com relação à área de saúde em Teresina, realmente nós todos nos orgulhamos. Teresina tem um centro médico-hospitalar regional, destaque regional, como referência. Nós temos quatro faculdades de Medicina: duas públicas, ou seja, uma faculdade da universidade Federal e outra da faculdade da universidade Estadual, e em Teresina, privadas, duas grandes instituições de ensino superior do mais alto nível. Aliás, o Piauí tem 32 instituições de nível superior, sem contar as duas públicas e o Instituto Federal de Tecnologia. E há uma quinta, já funcionando, faculdade de Medicina, no interior, na cidade de Parnaíba. Realmente, é bom que se reconheça essa referência na área de saúde da cidade de Teresina. Não só a sua terra, o seu Estado, mas o Maranhão, o sul do Pará, a região da Serra da Ibiapaba, no Ceará, todos acorrem à cidade de Teresina quando precisam de assistência médica à altura. Não precisam ir para São Paulo. O grau de resolutividade da rede hospitalar, dos médicos, é uma referência muito especial, de excelência e qualidade. Então, eu queria só agradecer a V. Exª por divulgar as coisas boas que têm o nosso Estado e a nossa cidade de Teresina.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Senador Elmano, sem nenhuma dúvida, é bom fazer essa confirmação. Por isso eu digo: se é para abrir cadeia, vamos embora abrir escola! Veja, o Piauí, a priori, você olhando lá do Estado de Roraima, às vezes, quando eu era vereador, e agora Senador, muitas pessoas me procuravam, dizendo: “Senador, eu quero ir, me ajude. Vê aí um TFD e tal. Vamos embora”. “Para onde você vai?” “Eu vou para o Piauí”. “Mas você vai para o Piauí? Por que você não vai para Brasília, para o Rio ou São Paulo?” “Não, o senhor precisa conhecer a Medicina do Piauí.”

            Então, agora o Senador Elmano confirma a quantidade de universidades. São quatro e há ainda mais uma quinta universidade. Por isso eu digo que o Brasil tem solução, o Brasil tem rumo, o Brasil tem norte.

            Um dia desses, o Senador Cristovam falou uma coisa aqui que eu achei interessante. Ele disse que, hoje, às vezes, as ruas cobram algumas posições, e se nós ouvirmos as ruas, elas fecham até o Congresso, pois o grau de insatisfação é muito grande.

            A, com a questão da menoridade, se trouxessem esse tema para um debate, Senador Elmano, mais responsável, um debate mais coerente, um debate mais amplo com a sociedade, nós chegaríamos a bom termo e não estaríamos transferindo responsabilidades nem passando para as pessoas a sensação de que, de repente, o responsável pela criminalidade no Brasil é o menor. É claro que ninguém pode pegar uma palavra isolada, e reconhecemos que às vezes há exagero.

            Ontem mesmo, uma amiga minha de Roraima me disse o seguinte: “Senador, vamos prender esses moleques!”.

(Soa a campainha.)

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Eu falei: “Mas como assim”. “Ontem, eu fui cobrar uma mulher que me devia um apartamento, o filho dela me agrediu e disse que estava me agredindo porque nada aconteceria com ele.”

            São coisas isoladas, coisas de caráter ou índole da pessoa e que são generalizadas. Com isso, podemos perder o foco, perder o rumo, perder o norte. E acabamos tendo que, daqui a alguns dias, tirar dinheiro público para construir mais presídios, para aumentar o sistema presidiário, carcerário, sustentar pessoas para aprenderem lá coisas ruins, porque presido é a escola do mal.

            Outro dia, ouvi um delegado na CPI que trata da criminalidade dos jovens dizer que, hoje, as prisões brasileiras são salas de tortura. E vendo nas reportagens a superlotação, eu não tenho nenhuma dúvida, Senador Paim, de que isso se caracteriza, que se materializa.

            Então, ao invés de fazermos presídios, vamos fazer mais escolas integrais, fortalecer esta Pátria educadora, em que eu acredito e a quem eu quero amanhã aplaudir. E quando eu digo amanhã, é claro, é no decurso do tempo, quando todos incorporarem esse sentimento.

            É isso que a China está fazendo, é assim que a China quer se tornar a maior potência do mundo. Foi assim que os Estados Unidos fizeram. Os Estados Unidos não querem saber qual é a sua naturalidade, a sua cor, o seu credo. Querem saber se você é uma pessoa competente, para formar boas cabeças, boas ideias.

            Então, acho que o importante é tudo isso.

            Senador Paim, muito obrigado pela paciência e pela gentileza. Obrigado a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 10/07/2015 - Página 275