O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Com a permissão de V. Exª e dos oradores que estão inscritos para falar, eu queria apenas fazer um comunicado neste final de período legislativo - vamos entrar em recesso a partir de amanhã.

            Queria agradecer a todas as Srªs e os Srs. Senadores pela convivência nesse período. Voltaremos logo no início agosto.

            Queria fazer um apelo, não ao Senado Federal, mas às empresas que estão em Rondônia. Nós estamos neste momento com algumas plantas sendo fechadas, sobretudo do JBS, hoje o maior grupo de carne do mundo, e tem, lá em Rondônia, oito plantas industriais. Está fechando duas dessas plantas: uma na cidade Ariquemes, que era a única com frigorífico, que abatia em torno de 1.200 cabeças de gado por dia, já fechou. A outra está fechando agora na minha cidade - isso dói no coração, dói na alma -, na cidade onde fui vereador, fui prefeito por dois mandados, onde tenho residência, a cidade de Rolim de Moura, onde há três plantas frigoríficas - JBS, Marfrig e Minerva.

            O JBS comunicou, ontem, que vai fechar a planta de Rolim de Moura e vai passar para as outras cidades a produção. Eu já falei hoje com dois diretores do JBS, tenho conversado com os vereadores da minha cidade, com o prefeito - que esteve aqui ontem -, com o Secretário da Fazenda do Estado, que tem dado incentivos fiscais dentro da lei para essas empresas, para que elas não fechem essa unidade, que esperem pelo menos mais um período.

            Rondônia tem de 12,3 milhões de cabeças de gado. E eu já chequei: não é problema de matéria-prima, isso é desculpa. Talvez o custo de produção esteja um pouco alto. Vamos ver o que pode ser feito, para que não fechem essa planta de Rolim de Moura. Vai deixar mais de 500 trabalhadores diretos desempregados - talvez outros tantos indiretos -, e nós precisamos continuar com a geração de emprego no Estado de Rondônia.

            O meu papel, a minha missão, o meu dever é cobrar das empresas e pedir a elas que não demitam ninguém neste momento, que esperem mais um pouco, pois vamos sair dessa crise. A crise é passageira. E logo, logo, a economia vai estar decolando novamente. As nossas indústrias não podem ser fechadas neste momento.

            É esse o apelo que eu faço da tribuna do Senado Federal. Para mim, isso é muito grande, assim como para os funcionários dessa empresa. Talvez para o Brasil não seja tão grande, mas para mim, para os funcionários dessa empresa e para a economia do meu Município, Rolim de Moura, é muito importante a permanência dessa planta, dessa indústria aberta, não demitindo os empregados.

            Então, faço esse apelo, da tribuna do Senado Federal, a toda a diretoria - ao Joel, ao Wesley, ao Ricardo, ao Renato - a todos os diretores que eu conheço da JBS, para que não façam isto: não fechem essa planta de Rolim de Moura.

            Obrigado, Sr. Presidente.