Comunicação inadiável durante a 130ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro do transcurso dos 113 anos da Revolução Acreana, em 6 do corrente; e outros assuntos.

Autor
Gladson Cameli (PP - Progressistas/AC)
Nome completo: Gladson de Lima Cameli
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Registro do transcurso dos 113 anos da Revolução Acreana, em 6 do corrente; e outros assuntos.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
Publicação
Publicação no DSF de 11/08/2015 - Página 98
Assuntos
Outros > HOMENAGEM
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Indexação
  • ANIVERSARIO, REVOLUÇÃO, ESTADO DO ACRE (AC), RESULTADO, ANEXAÇÃO, BRASIL, COMENTARIO, HISTORIA, ENTE FEDERADO.
  • ANUNCIO, VIAGEM, LOCAL, MUNICIPIOS, ESTADO DO ACRE (AC), OBJETIVO, CONHECIMENTO, DIFICULDADE, REGIÃO.

            O SR. GLADSON CAMELI (Bloco Apoio Governo/PP - AC Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, primeiramente, antes de iniciar o meu discurso, eu quero cumprimentar o Senador Paulo Paim pelo brilhante discurso e pela sua preocupação com todas as classes que se encontram em greve no nosso País, principalmente com a educação. Não é diferente no meu Estado, o Acre, onde servidores de educação também se encontram em greve, e não está havendo um diálogo, um consenso para que essa greve acabe imediatamente.

            Quero cumprimentar todos telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, internautas que nos acompanham pelas redes sociais e todos que nos acompanham aqui na nossa galeria. Boa tarde! Sejam todos muito bem-vindos!

            Sr. Presidente, dia 06 de agosto, na última quinta-feira, foi uma data inesquecível para a história acreana, que eu não poderia deixar de registrar nos Anais desta Casa, data em que relembramos mais uma tentativa dos heróis nordestinos e acreanos de tomar nossa terra do domínio boliviano.

            "Não é festa, é revolução!" Com essa frase dita ao Comandante da Intendência boliviana em Xapuri, no meu Estado do Acre, Plácido de Castro deu início à terceira tentativa de tornar independente o Território do Acre, no dia 6 de agosto de 1902, mesmo dia em que a Bolívia comemorava sua libertação do domínio espanhol.

            E por que não deixar passar essa data em branco?

            Ora, Srªs e Srs. Senadores, como bem comentou o historiador Marcus Vinícius: "A revolução acreana é resultado de um longo processo histórico que se vivia, não somente no Acre, mas em toda a Amazônia".

            Essa data histórica lembra também o ciclo da borracha, nossos soldados seringueiros. A borracha se tornou tão valiosa quanto o ouro e isso contribuiu para a ocupação do Acre.

            E não podemos esquecer que a primeira insurreição contra o domínio espanhol ocorreu em julho de 1899, quando o jornalista e diplomata espanhol Luis Galvez proclamou a República Independente do Acre, governo que durou 100 dias, até quando Galvez foi destituído do cargo pelo Exército brasileiro.

            Veio a segunda insurreição e, finalmente, Plácido de Castro mudou a sorte dos brasileiros que desejavam se estabelecer naquele território.

            Os combates da Revolução Acreana duraram seis meses e terminaram em janeiro de 1903, com a assinatura do Tratado de Petrópolis pelo qual o Acre passou a ser reconhecidamente do Brasil. Mas essa luta, esse desejo de ser brasileiro, de ter o coração verde e amarelo, está entranhada em cada acreano e cada acreana. São 113 anos de história.

            Hoje, no tradicional bairro Seis de Agosto, na capital, Rio Branco, comemora-se 111 anos de fundação dessa região, que é parte da história do Acre. Os fundadores desse bairro comemoram o maior legado que a revolução nos deixou: a luta, a coragem, a determinação de um povo guerreiro, que tem fé, que é otimista e que está sempre disposto a enfrentar as barreiras em busca de um caminho melhor para todos.

            Em nome da população do bairro Seis de Agosto, eu faço esta homenagem aos heróis da revolução acreana, afirmando que a luta continua. Nossa defesa agora é por um Acre desenvolvido, pela geração de emprego e renda para a nossa juventude, para aqueles que carregam nos ombros o orgulho de seus bisavós, de nossos avós, enfim, desse povo que sofreu por nossa independência.

            O Acre é de todos os acreanos. De Assis Brasil a Mâncio Lima, a Cruzeiro do Sul, a Marechal Thaumaturgo se comemora essa data histórica. Vamos continuar assim: "sem recuar, sem cair e sem temer", e que a frase de nosso hino, sirva de inspiração para todos os brasileiros neste momento em que precisamos vencer os desafios de colocar o País no trilho do desenvolvimento.

            Viva o Acre!

            Vivam os heróis da revolução acriana!

            Quero deixar registrado, Sr. Presidente, que embarco, na próxima quinta-feira, ao Alto Acre, aos Municípios de Xapuri, Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil. No dia seguinte, irei ao outro extremo no nosso Estado, à minha terra natal Cruzeiro do Sul, onde participarei, dia 15 de agosto, do Novenário de Nossa Senhora da Glória. No domingo, sigo a Marechal Thaumaturgo e Porto Walter. Na segunda-feira, pela manhã, vou a duas comunidades: Foz do Breu, que faz divisa com o Peru, e Restauração, duas comunidades distantes, de difícil acesso, mas estarei lá para ouvir aquelas populações mais carentes, mais distantes do nosso País. Retorno para cá na terça-feira.

            Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

            Muito obrigado aos demais Srªs e Srs. Senadores.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 11/08/2015 - Página 98