Pela Liderança durante a 121ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações sobre a visita do Papa Francisco à América do Sul.

Autor
Humberto Costa (PT - Partido dos Trabalhadores/PE)
Nome completo: Humberto Sérgio Costa Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
RELIGIÃO:
  • Considerações sobre a visita do Papa Francisco à América do Sul.
Publicação
Publicação no DSF de 16/07/2015 - Página 149
Assunto
Outros > RELIGIÃO
Indexação
  • REGISTRO, IMPORTANCIA, VISITA, PAPA, LOCAL, PAIS ESTRANGEIRO, EQUADOR, BOLIVIA, PARAGUAI, ENFASE, COMBATE, DESIGUALDADE SOCIAL, DISCRIMINAÇÃO RACIAL, LUTA, INCLUSÃO, AMERICA LATINA.

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes que nos acompanham pela Rádio Senado, quero frisar que falo aqui em nome da Bancada do PT no Senado e, portanto, em nome do nosso Partido.

            Quero abordar, na tarde de hoje, a importante visita, encerrada no último domingo, do Papa Francisco, em viagem de nove dias, à América do Sul. Ele visitou o Equador, a Bolívia e o Paraguai. Aliás, a visita foi muito mal divulgada pela imprensa nacional, talvez pelo conteúdo de tudo o que foi dito pelo Papa Francisco.

            A própria escolha do roteiro já foi revestida de enorme simbologia política, tendo em conta o quadro de pobreza, de desigualdade social, de espoliação dos povos indígenas pelas elites brancas e dos sanguinários regimes autoritários que marcam a história desses países. Além disso, a forte crítica política externada pelo Papa ao mundo, em cada uma dessas nações, deve ser motivo de profunda reflexão por parte de todos nós sobre o tempo em que vivemos e sobre esse sistema global funesto e falido ao qual estamos submetidos.

            No Equador, onde iniciou sua caminhada sul-americana, o Pontífice ressaltou o enorme desafio que todos devemos assumir de "garantir um futuro melhor para os mais frágeis e para as minorias mais vulneráveis". Disse ele, com toda a razão - abrem-se aspas: "Os pobres são a dívida que a América Latina tem.” De fato, essa luta pela inclusão no nosso continente é algo que só foi verdadeiramente assumido quando governos de esquerda, compromissados com as causas sociais, chegaram ao poder nesses países.

            O Brasil, por exemplo, viveu cinco séculos em que poucos podiam muito e em que muitos não podiam nada. Foram 500 anos de uma terrível e brutal exclusão, atingindo especialmente as populações negras e indígenas, que eram vítimas de uma ultrajante condição de vida subumana.

            Foi com determinação e com coragem que nossos governos, iniciados com o Presidente Lula, começaram a pagar essa dívida com a História, fazendo uma verdadeira revolução no Brasil. Entre outras vitórias, retiramos mais de 36 milhões de famílias da pobreza, elevamos 42 milhões de pessoas à classe média, criamos 20 milhões de empregos e dobramos o número de estudantes nas universidades, franqueando o acesso ao ensino superior a parcelas excluídas desse direito.

            Seguramente, não foi e não é uma luta tranquila, porque, na América Latina, as classes dominantes resistem à perda do poder que a inclusão social lhes impõe.

            Não é com alegria, apesar de todo o humanismo de que a causa se reveste, que as elites veem as portas das senzalas sendo abertas, dando espaço a que antigos oprimidos...

(Soa a campainha.)

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE) - Peço a V. Exª uma razoável tolerância.

            Não é com alegria, apesar de todo o humanismo de que a causa se reveste, que as elites veem as portas das senzalas sendo abertas, dando espaço a que antigos oprimidos, libertos das condições degradantes em que viviam, dividam com elas, seus velhos opressores, espaços e oportunidades.

            Quantos ainda não lamentam neste País não poderem mais dispor de empregados domésticos em regime praticamente de semiescravidão? Quantos não foram os que reclamaram, com toda a carga de racismo e de preconceito, que os aeroportos tinham virado rodoviárias, em razão do espetacular acesso a que os mais pobres tiveram, nos últimos anos, às viagens de avião?

            Dessa forma, mesmo sendo uma dívida social a ser paga, como bem disse o Papa, a inclusão dos pobres nem sempre é bem-vinda em muitos estratos da nossa sociedade, mesmo que essas elites se digam devotadas cristãs.

            Essa peregrinação de 25 mil quilômetros, idealizada e trilhada pelo próprio Pontífice argentino, deve reverberar como uma mensagem política de fé e de força sobre a necessidade de transformarmos a realidade do nosso continente e do mundo.

            Francisco reconheceu, num gesto de imensa significação - gesto que incomodou muitas forças reacionárias -, os esforços feitos pelos governos de esquerda latinos, especialmente os dos Presidentes do Equador, Rafael Correa, e da Bolívia, Evo Morales, em favor...

(Soa a campainha.)

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE) - ...do desenvolvimento inclusivo nos países que governam.

            Na Bolívia, uma nação cujo primeiro Presidente índio foi quem conseguiu mudar a perversa face de exclusão dos indígenas, que representam mais de 60% da população, o Papa Francisco fez seu discurso mais contundente contra a crueldade do modelo econômico e político hoje vigente no Planeta, que ele classificou como "ditadura sutil".

            É um sistema, no dizer do Pontífice:

que impôs a lógica do lucro a todo custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza (…) é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos.... E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia São Francisco.

            Fecha aspas, registrou o Papa.

            Foi uma fala de larga profundidade, em que o Sumo Pontífice, por ser latino e conhecer com muita propriedade a situação do nosso continente, deu um viés vivamente social à sua missão evangelizadora. Ele condenou a idolatria ao capital e o fato de ele dirigir as opções dos seres humanos, tendo em conta que, quando a avidez pelo dinheiro tutela todo o sistema socioeconômico, isso - e aqui abro aspas - "arruina a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, coloca povo contra povo e, como vemos, até põe em risco esta nossa casa comum", fecho aspas.

(Soa a campainha.)

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE) - Estamos assistindo ao drama humano a que a Grécia, por exemplo, está sendo submetida. A ganância financista e um perverso receituário econômico impingiram ao coração da Europa essa tragédia grega, com um rastro de fome, mortes, miséria, êxodo e desesperança.

            É contra essa lógica que seguimos lutando no Brasil, e, por mais que o sistema tenha jogado o mundo nesses tempos difíceis, nessa duradoura crise internacional, o Governo da Presidenta Dilma seguirá, como sempre foi próprio das nossas administrações, dando a mão aos mais pobres, e não ao mercado, porque foi para isso que os brasileiros a elegeram.

(Soa a campainha.)

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE) - O Papa, aliás, cruzando os céus brasileiros, quando ia do Equador à Bolívia, brindou-nos com uma mensagem em que saudou a Presidenta Dilma e renovou o que chamou de aproximação e afeto pelo povo brasileiro, a quem desejou abundantes graças. Na mesma fala encorajadora recebida pela nossa Força Aérea, em Manaus, ele nos conclamou a que continuemos progredindo em valores sociais e espirituais, aumentando o nosso compromisso pela justiça, solidariedade e paz.

            Foram os brasileiros que se decidiram pelo fim da secular mentalidade de exclusão que nos oprimia, quando decidiram que Lula chegasse à Presidência, em 2003.

            Quero concluir, Sr. Presidente, pedindo que o meu discurso seja dado como lido.

            Mas não deixaria, de forma alguma, de registrar que, para todos os latino-americanos, para aqueles que lutam por justiça e liberdade no nosso continente, essa visita, sem dúvida, representou um marco histórico importante.

            Muito obrigado.

 

SEGUE, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTO DO SR. SENADOR HUMBERTO COSTA

            O SR. HUMBERTO COSTA (Bloco Apoio Governo/PT - PE. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, telespectadores da TV Senado, ouvintes que nos acompanham pela rádio Senado,

            FIM DA VISITA DO PAPA

            O Papa Francisco encerrou, domingo passado, uma viagem de nove dias à América do Sul, em que visitou o Equador, a Bolívia e o Paraguai;

            A própria escolha do roteiro já foi revestida de uma enorme simbologia política, tendo em conta o quadro de pobreza, de desigualdade social, de espoliação dos povos indígenas pelas elites brancas e dos sanguinários regimes autoritários que marca a história desses países;

            Mas, para além disso, a forte crítica política externada pelo Papa ao mundo, em cada uma dessas nações, deve ser motivo de profunda reflexão a todos nós sobre o tempo em que vivemos e sobre esse sistema global funesto e falido ao qual estamos submetidos;

            MENSAGENS DOS DISCURSOS

            No Equador, por onde iniciou sua caminhada sul-americana, o Pontífice ressaltou o enorme desafio que todos devemos assumir de "garantir um futuro melhor para os mais frágeis e para as minorias mais vulneráveis". Disse ele, com toda a razão, que "os pobres são a dívida que a América Latina tem";

            De fato, essa luta pela inclusão no nosso continente é algo que só foi verdadeiramente assumido quando governos de esquerda, compromissados com as causas sociais, chegaram ao poder nesses países;

            O Brasil, por exemplo, viveu cinco séculos em que poucos podiam muito e muitos não podiam nada. Foram 500 anos de uma terrível e brutal exclusão, atingindo especialmente as populações negras e indígenas, que eram vítimas de uma ultrajante condição de vida subumana;

            Foi com determinação e coragem que os nossos governos, iniciados com o presidente Lula, começaram a pagar essa dívida com a História, fazendo uma verdadeira revolução no Brasil. Entre outras vitórias, retiramos mais de 36 milhões de famílias da pobreza, elevamos 42 milhões de pessoas à classe média, criamos 20 milhões de empregos e dobramos o número de estudantes nas universidades, franqueando o acesso ao ensino superior a parcelas excluídas desse direito;

            Seguramente, não foi e não é uma luta tranquila porque, na América Latina, as classes dominantes resistem à perda do poder que a inclusão social lhes impõe. Não é com alegria, apesar de todo o humanismo de que a causa se reveste, que as elites veem as portas das senzalas sendo abertas, dando espaço a que antigos oprimidos - libertos das condições degradantes em que viviam - dividam com elas, seus velhos opressores, espaços e oportunidades;

            Quantos ainda não lamentam, neste país, não poderem mais dispor de empregados domésticos em regime praticamente de semiescravidão? Quantos não foram os que reclamaram, com toda a carga de racismo e preconceito, que os aeroportos tinham virado rodoviárias, em razão do espetacular acesso a que os mais pobres tiveram, nos últimos anos, às viagens de avião?

            De forma que, mesmo sendo uma dívida social a ser paga, como bem disse o Papa, a inclusão dos pobres nem sempre é bem-vinda em muitos estratos da nossa sociedade, mesmo que essas elites se digam devotadas cristãs;

            Essa peregrinação de 25 mil quilômetros idealizada e trilhada pelo próprio Pontífice argentino deve reverberar como uma mensagem política de fé e de força sobre a necessidade de transformarmos a realidade do nosso continente e do mundo;

            Francisco reconheceu - num gesto de imensa significação, que incomodou muitas forças reacionárias - os esforços feitos pelos governos de esquerda: latinos - especialmente os dos presidentes do Equador, Rafael Correia, e da Bolívia, Evo Morales - em favor do desenvolvimento inclusivo nos países que governam;

            DISCURSO NA BOLÍVIA

            Na Bolívia, aliás - uma nação cujo primeiro presidente índio foi quem conseguiu mudar a perversa face de exclusão dos indígenas, que representam mais de 60% da população - o Papa Francisco fez seu discurso mais contundente contra a crueldade do modelo econômico e político hoje vigente no planeta, que ele classificou como "ditadura sutil";

            É um sistema, no dizer do Pontífice, "que impôs a lógica do lucro a todo o custo, sem pensar na exclusão social nem na destruição da natureza (...) é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos... E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra, como dizia São Francisco", registrou o Papa;

            Foi uma fala de larga profundidade, em que o Sumo Pontífice, por ser latino e conhecer com muita propriedade a situação do nosso continente, deu um viés vivamente social à sua missão evangelizadora;

            Ele condenou a idolatria ao capital e o fato de ele dirigir as opções dos seres humanos, tendo em conta que, quando a avidez pelo dinheiro tutela todo o sistema socioeconômico, isso - e aqui abro aspas - "arruína a sociedade, condena o homem, transforma-o em escravo, destrói a fraternidade inter-humana, coloca povo contra povo e, como vemos, até põe em risco esta nossa casa comum", fecho aspas;

            Estamos assistindo aí ao drama humano a que a Grécia, por exemplo, está sendo submetida. A ganância financista e um perverso receituário econômico impingiram ao coração da Europa essa tragédia grega, com um rastro de fome, mortes, miséria, êxodo e desesperança;

            É contra essa lógica que seguimos lutando no Brasil e, por mais que o sistema tenha jogado o mundo nesses tempos difíceis, nessa duradoura crise internacional, o governo da presidenta Dilma seguirá, como sempre foi próprio das nossas administrações, dando a mão aos mais pobres, e não ao mercado, porque foi para isso que os brasileiros a elegeram;

            O Papa, aliás, cruzando os céus brasileiros quando ia do Equador à Bolívia, nos brindou com uma mensagem em que saudou a presidenta Dilma e renovou o que chamou de aproximação e afeto pelo povo brasileiro, a quem desejou abundantes graças. Na mesma fala encorajadora recebida pela nossa Força Aérea em Manaus, ele para nos conclamou a que continuemos progredindo em valores sociais e espirituais, aumentando o nosso compromisso pela justiça, solidariedade e paz;

            Foram os brasileiros que se decidiram pelo fim da secular mentalidade de exclusão que nos oprimia quando decidiram que Lula chegasse à presidência em 2003;

            Mostramos ao mundo inteiro que é possível fazer diferente e, hoje, há um reconhecimento internacional ao Brasil por essa mudança profunda;

            E o povo quem pode, e o Papa Francisco acentuou isso muito bem quando disse que os mais humildes, os explorados, os pobres e excluídos podem e fazem muito. Atrevo-me a dizer, assegurou o Pontífice, "que o futuro da humanidade está, em grande medida, nas vossas mãos, na capacidade de vos organizar e de promover alternativas criativas na busca diária dos ‘3 T’ (trabalho, teto e terra), e também na vossa participação como protagonistas nos grandes processos de mudança nacionais, regionais e mundiais. Não se acanhem!", pediu ele;

            E ressaltou o enorme papel que os movimentos sociais têm nessa luta, agora mais do que nunca. Para Francisco, a economia deve estar a serviço dos povos, tarefa não apenas desejável e necessária, mas também possível. Não é utopia, é uma perspectiva extremamente realista, que podemos alcançar;

            Disse, ainda, que é preciso trabalhar para unir os nossos povos no caminho da paz e da justiça: nenhum poder efetivamente constituído, alertou o Papa, tem direito de privar os países pobres do pleno exercício da sua soberania e, quando o fazem, tem-se aí novas formas de colonialismo que afetam seriamente as possibilidades de paz e justiça;

            Por fim, o Pontífice ressaltou a defesa do nosso planeta, a casa comum de todos nós que está sendo saqueada, devastada, vexada impunemente, sob a ineficiência de cúpulas internacionais que se sucedem sem quaisquer resultados práticos;

            CONCLUSÃO

            Para concluir, gostaria de registrar ainda a menção que fez o Papa à imensa engrenagem de propaganda a serviço desse sistema que tem esmagado os valores humanos: o monopólio dos meios de comunicação social;

            O Pontífice combateu duramente essa máquina de massificação, que impõe padrões alienantes de consumo e de uma aviltante homogeneidade cultural, que despreza a diversidade dos povos e mete o mundo numa espécie de novo colonialismo: o ideológico;

            Fica claro que as ideias do Papa são infinitamente mais avançadas, mais iluminadas do que muitas que circulam hoje no Brasil, especialmente no que diz respeito à regulação econômica dos meios de comunicação, pauta que se propõe a acabar com esse monopólio nefasto e carcomido, usado escandalosamente para a defesa de interesses de grupos políticos e econômicos;

            Dessa maneira, foi com muita satisfação que observei esse giro feito pela Papa Francisco na América do Sul, em razão da sua imensa coragem para meter o dedo nessas nossas veias abertas;

            Não foram poucos os que receberam com imenso desconforto as suas palavras, incomodados pelas críticas elegantes e extremamente afiadas do Pontífice a um modelo de que muitos ricos se locupletam em prejuízo dos mais pobres;

            É o Papa que fala de amor, enquanto muitos vivem do ódio; é o Papa que repetiu, à exaustão, como fez na Bolívia, as soluções pelo diálogo, diálogo, diálogo, quando muitos querem trilhar o caminho da intolerância; é o Papa que ora pela cartilha da inclusão social, ao passo em que muitos pregam a agenda do retrocesso; é o Papa, enfim, que conclama os mais pobres e os excluídos a assumirem as rédeas das mudanças, ao mesmo tempo em que muitos os querem conduzir como os oprimidos que sempre foram e não os aceitam como agentes ativos da própria transformação;

            Espero, sinceramente, que os brasileiros, independentemente da fé que professem, não deixem de refletir profundamente sobre essas palavras do Papa Francisco, como um grande líder espiritual e político que é, uma das maiores lideranças contemporâneas, que tem, como o fez Jesus, incomodado as elites com verdades que elas não querem ouvir;

            Suas mensagens dizem muito sobre a nossa condição de latino-americanos e, se aplicadas à realidade, se exercitadas, poderão exercer um largo efeito libertador dos seculares grilhões sociais que ainda aprisionam nosso povo;

            Muito obrigado a todas e a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/07/2015 - Página 149