Discurso durante a 139ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a comemorar os 60 anos da Apae Brasil – Federação Nacional das Apaes.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a comemorar os 60 anos da Apae Brasil – Federação Nacional das Apaes.
Publicação
Publicação no DSF de 21/08/2015 - Página 24
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, FUNDAÇÃO, ASSOCIAÇÃO DOS PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS (APAE), COMENTARIO, HISTORIA, CRIAÇÃO, ENTIDADE, IMPORTANCIA, AUXILIO, PESSOA DEFICIENTE, REGISTRO, INICIO, SEMANA, VALORIZAÇÃO, PESSOA PORTADORA DE DEFICIENCIA.

            O SR. VALDIR RAUPP (Bloco Maioria/PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Romário, Senador Paulo Paim, signatário do requerimento que presidiu inicialmente esta sessão, Exmo. Sr. Senador Roberto Rocha, Sr. Deputado Federal Eduardo Barbosa, Vice-Presidente da Federação Nacional das APAEs, Sr. José Turozi, Presidente da Federação das APAEs do Estado do Tocantins, Srª Marciane Machado Silva, Presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais do Distrito Federal, Srª Wilma Chaves Kraemer, Autodefensor da Federação Nacional das APAEs, Sr. José Lucas Ferreira dos Santos, senhoras e senhores, aniversário de 60 anos da APAE Brasil. Estamos comemorando os 60 anos da APAE e a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, com o tema “Inclusão se conquista com autonomia”.

            Há 60 anos, em março de 1955, ano em que nasci, acontecia a reunião inaugural do Conselho Deliberativo da primeira APAE do Brasil, a APAE do Rio de Janeiro.

            Ao longo desses 60 anos, a APAE se firmou no cenário nacional como uma verdadeira marca, uma marca do bem. Não há quem não tenha ouvido falar nela e não há quem não sinta, ao ouvir seu nome, admiração, orgulho e respeito. É uma reputação que se foi construindo lentamente, ao longo de décadas.

            Segundo a Federação Nacional das APAEs, existem hoje, no País, mais de 2.100 unidades reunidas em 23 federações estaduais prestando atendimento a cerca de 250 mil pessoas. São números animadores, números que refletem o sucesso de um trabalho árduo e dedicado em prol das pessoas com deficiência intelectual e múltipla.

            O movimento apaeano chegou a Rondônia, meu Estado, há 34 anos, em 1981. Nossa primeira APAE se instalou na cidade de Vilhena, divisa com Mato Grosso, e a partir dali se disseminou pelo resto do Estado. De acordo com a Federação Estadual das APAEs, que, ressalte-se, completou 20 anos no último dia 31 de maio, presidida pela ilustre Srª Ilda Salvático, dedicada, abnegada, são 33 APAEs assistindo uma população de mais de 3.500 pessoas no meu Estado.

            Há APAEs por todo o Estado, de Machadinho D'Oeste, fronteira com o Amazonas, a São Francisco do Guaporé, divisa com a Bolívia; de Rolim de Moura, cidade onde fui Prefeito e tive o privilégio de ajudar a cuidar da APAE, a Porto Velho, capital do nosso Estado. E não podia ser diferente.

            O movimento apaeano surgiu numa época em que o Brasil era absolutamente carente de políticas públicas destinadas à proteção e à inclusão das minorias. As APAEs e os movimentos e organizações sociais congêneres, como as Sociedades Pestalozzi, a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação - ABBR e a Associação de Assistência à Criança Deficiente - AACD nada mais fizeram do que suprir, e com louvor, uma lacuna deixada pelo Estado brasileiro. Graças ao trabalho dessas organizações, milhões de brasileiras e brasileiros puderam ter acesso aos instrumentos de que necessitavam para levar uma vida mais plena e mais feliz.

            Segundo o Censo Demográfico de 2010, há no Brasil cerca de 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, quase 25% da população. São pessoas que merecem nosso respeito e nossa atenção e que merecem ser incluídas no dia a dia do País. Relembro o tema da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla deste ano: "Inclusão se conquista com autonomia". E esta tão desejada autonomia, por sua vez, só poderá ser conquistada por meio da inclusão.

            O símbolo da APAE nos mostra o caminho que devemos seguir. São duas mãos. A mão da esquerda, mais baixa, ampara e a mão da direita, mais elevada, protege. Ambas as mãos, reunidas, oferecem as condições necessárias para se atingir a inclusão e a autonomia.

            É essa, Sr. Presidente, senhoras e senhores, a filosofia do movimento apaeano. E é por isso que o Brasil se orgulha de ser a sede do maior movimento de apoio às pessoas com deficiência mental e múltipla do mundo.

            Encerro, Sr. Presidente, transmitindo um abraço da Deputada Federal Marinha Raupp, minha esposa, que teve que viajar mais cedo, mas que também tem uma vida dedicada, além de outras questões, a essa questão social. Como primeira-dama municipal, primeira-dama do Estado e agora Deputada Federal por seis mandatos, ela tem um carinho muito grande. Todos os anos, a Deputada Marinha coloca emendas ou de 500 mil ou de um milhão para comprar equipamentos, veículos, viaturas para as APAEs do meu Estado. 

            Então, parabéns a todos aqueles que têm dedicado suas vidas para melhorar a vida dessas pessoas.

            Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 21/08/2015 - Página 24