Discurso durante a 132ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque à importância do papel do Senado para a superação da crise política e econômica nacional.

Autor
Raimundo Lira (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/PB)
Nome completo: Raimundo Lira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Destaque à importância do papel do Senado para a superação da crise política e econômica nacional.
Publicação
Publicação no DSF de 13/08/2015 - Página 145
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • COMENTARIO, IMPORTANCIA, SENADO, AUXILIO, ORIENTAÇÃO, COMBATE, CRISE, POLITICA, ECONOMIA NACIONAL.

            O SR. RAIMUNDO LIRA (Bloco Maioria/PMDB - PB. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Donizete, Srªs e Srs. Senadores, inicialmente, eu queria agradecer a generosidade do meu amigo estimado Senador Ataídes Oliveira, que me cedeu a vez. Desta forma, eu pude ocupar a tribuna neste instante.

            Eu gostaria de, mais uma vez, convidar todos os Srs. Senadores para que possamos, neste momento crucial da história política e econômica do nosso País, relembrar o que todos nós já sabemos, Sr. Presidente, que, pela primeira vez, desde a redemocratização do Brasil, nós estamos vivenciando uma crise econômica conjugada com uma crise política.

            Então, nós precisamos resolver a crise política para que o País possa resolver a crise econômica e possamos, assim, oferecer ao povo brasileiro, aos agentes econômicos, aos empreendedores, aos cidadãos, às donas de casa, aos trabalhadores, uma perspectiva de que o Brasil vai se recuperar em um prazo mais curto do que, eventualmente, possamos prever neste momento com as duas crises conjugadas, política e econômica.

            E, neste momento o Senado Federal, Senador Alvaro Dias, tem a obrigação de exercer o seu papel previsto na Constituição Federal, que é o papel de Casa Revisora, e tem a obrigação de exercer também o seu papel político na condição de poder moderador da República brasileira. Quando a crise política se instala no País, as emoções se afloram e é preciso moderação, é preciso comedimento nas nossas ações. E o Senado tem o papel histórico de ajudar o Brasil a sair dessa crise política e, em seguida, ajudar na pauta econômica, para que possamos recuperar, em um prazo relativamente curto, o crescimento econômico do nosso País. É bom para o Brasil, é bom para o povo brasileiro e é, portanto, uma obrigação intransferível do Senado Federal.

            É por isso, Sr. Presidente, que a Constituição Federal prevê que o cidadão, o eleitor para ser candidato a senador tem que ter 35 anos. Na primeira vez que fui Senador da República, eu cheguei aqui com 42 anos, 43 anos incompletos, Senador Ataídes. E eu achei naquele momento que eu precisava inclusive ter mais experiência, que eu precisava ser mais maduro para desempenhar com eficiência, com critério, com patriotismo o papel determinado na Constituição para os Senadores e o Senado Federal.

            Quando a Constituição prevê a idade mínima para exercer o cargo de senador é porque os legisladores estavam prevendo que o senador precisa ser uma pessoa com larga experiência. E aqui nós encontramos ex-governadores, a exemplo do Senador José Maranhão, da Paraíba, que já foi governador três vezes, a exemplo do Senador Cássio Cunha Lima, também da Paraíba, que já exerceu o mandato de governador duas vezes, já foi deputado federal, já foi constituinte.

            Então se você analisar o perfil dos 81 Senadores, você vai verificar, Presidente Donizeti, que o corpo que constitui o Senado Federal é de pessoas maduras, experientes. E temos que aproveitar esse amadurecimento para que possamos exercer com eficiência, com dedicação, com patriotismo o poder moderador que o Brasil e os brasileiros esperam do Senado Federal.

            Temos que ter personalidade. Temos que ter decisões que venham ajudar o Brasil a sair dessa crise política e econômica. Não interessa ao País, não interessa ao povo brasileiro essa máxima popular que nós gostamos todos de dizer, de rememorar, de quanto melhor pior. Melhor para quem? Pior para o povo brasileiro e pior para o Brasil.

            Vamos exercer, Presidente João Capiberibe, esse papel do poder moderador, de Casa Revisora, porque isso é o que determina a Constituição Federal e essa é a nossa obrigação. E foi para isso que o povo brasileiro colocou aqui os 81 Senadores.

            Concluo o meu pronunciamento rápido, simples e singelo dizendo mais uma vez, Presidente, Senador João Capiberibe, que nós temos essa obrigação.

            Não vamos pensar só em exercer esse direito que a Constituição nos propicia. Neste momento de crise, ele passa a ser uma obrigação, porque não temos como contornar essa crise política e essa crise econômica sem ser com determinação, com personalidade e com patriotismo.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 13/08/2015 - Página 145