O SR. PAULO PAIM (Bloco Apoio Governo/PT - RS. Sem revisão do orador.) - Senador, eu abri mão da minha fala, mas tenho de fazer um registro que, me comprometo, não chega a dois minutos.

            A Bancada gaúcha se reuniu hoje, e, no encerramento da reunião, Sr. Presidente, com a fala já feita pelo Governador e por diversos Deputados e Senadores, tomei a liberdade de dizer que a crise do Rio Grande do Sul passa também por uma decisão política, e, por isso, propus, e o Coordenador da Bancada gaúcha, Deputado Giovani Cherini, acatou o nosso pedido de uma audiência à Presidenta da República, com a companhia de todos os três Senadores, naturalmente, de toda a Bancada federal e das forças vivas do Rio Grande, representantes dos empresários, dos trabalhadores, enfim, dos setores representativos da sociedade gaúcha, e que, nesse encontro, falasse um pelos empresários, um pelos trabalhadores e um pelo Parlamento, e até propus que fosse o Coordenador da Bancada e o Governador, no sentido de que a gente possa achar um caminho, porque, no Rio Grande, Sr. Presidente, vai para tudo: vai parar hospital, vão parar professores, vai para até o cemitério, pois não haverá como se enterrarem as pessoas, vai parar o necrotério. Está parando todo o sistema de segurança, o caos estará instalado e nós não queremos isso para ninguém, para governo nenhum. Por isso, espero que esse pedido que o coordenador, nosso querido amigo Deputado Giovani Cherini, do PDT, fará à Presidente da República seja acatado e a gente possa ter esse diálogo com ela e com o Ministro da Fazenda e do Planejamento na expectativa de podermos renegociar, por exemplo, o pagamento da dívida. Não é perdão, não é nada. Uma renegociação da forma em que o Rio Grande tenha um fôlego para que o Estado não possa parar.

            Era só isso.

            Agradeço mais uma vez a tolerância de V. Exª e a solidariedade que V. Exª tem mostrado ao povo gaúcho.

            Obrigado.

            O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - Senador Paulo Paim, eu já tive oportunidade de me manifestar quando do pronunciamento da Senadora Ana Amélia e eu dizia, naquela oportunidade, que eu me recuso a acreditar que o nosso Rio Grande do Sul possa estar passando por um momento dramático na sua vida institucional como está passando.

            Não é possível que o Rio Grande, que cedeu grandes personalidades a servir ao Brasil, não obtenha do Governo Federal a solidariedade necessária para encontrar o caminho para manter os serviços essenciais básicos em funcionamento e, depois, operacionalizar, rediscutir uma dívida que, pelo que se percebe, é impraticável, é impossível de cumprir.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco Apoio Governo/PT - RS) - É impagável. V. Exª tem toda razão.

            O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - É impagável.

            Então, eu sei que o Rio Grande do Sul já tem a voz de V. Exª, tem a voz da Senadora Ana Amélia, tem a voz do Lasier, mas eu como quase gaúcho, da fronteira ali, de Santa Catarina, um Estado irmão, quero também oferecer a minha voz. Sei que ela não tem muito eco.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Com certeza tem, Presidente.

            O SR. PRESIDENTE (Dário Berger. Bloco Maioria/PMDB - SC) - Mas quero oferecer a minha voz e registrar a importância e a disposição de V. Exª, Senador Paim, aqui no Senado Federal de defender os gaúchos e defender o Rio Grande do Sul.

            Parabéns a V. Exª.

            O SR. PAULO PAIM (Bloco Apoio Governo/PT - RS) - Obrigado, Presidente.