Pronunciamento de Jorge Viana em 18/08/2015
Comunicação inadiável durante a 137ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Críticas a partidos de oposição por supostamente aproveitarem-se das manifestações populares para difamar o Governo Federal.
- Autor
- Jorge Viana (PT - Partido dos Trabalhadores/AC)
- Nome completo: Jorge Ney Viana Macedo Neves
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Comunicação inadiável
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Críticas a partidos de oposição por supostamente aproveitarem-se das manifestações populares para difamar o Governo Federal.
- Publicação
- Publicação no DSF de 19/08/2015 - Página 122
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
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- CRITICA, PARTIDO POLITICO, OPOSIÇÃO, GOVERNO FEDERAL, MOTIVO, TENTATIVA, APROVEITAMENTO, SITUAÇÃO, CRISE, OBJETIVO, RETIRADA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CARGO ELETIVO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, REGISTRO, IMPORTANCIA, ATUAÇÃO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, MELHORIA, POLITICA NACIONAL, ECONOMIA NACIONAL, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Querida colega, Senadora Vanessa Grazziotin, todos que nos acompanham pela Rádio e TV Senado, eu quero muito poder prestar conta de uma viagem que fiz ontem, visitando a obra da ponte no Rio Madeira, na BR-364, tão importante para o meu Estado. A comitiva, a comissão contou com o Diretor do DNIT, com pessoas do Crea, do Sindicato dos Engenheiros do Acre, do Prefeito Marcus Alexandre, de Parlamentares federais e estaduais.
Quero também falar muito de um requerimento que apresentei sobre o absurdo preço das passagens aéreas na Amazônia, especialmente para o meu Estado, e que foi aprovado hoje na Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle.
Mas desses dois assuntos eu vou tratar ao longo da semana.
Eu não posso voltar do meu Estado, depois do trabalho que fiz indo ao novenário em Cruzeiro do Sul, trabalhando em Rio Branco no planejamento do meu mandato, fazendo essa agenda ontem no Acre e em Rondônia, e vir à tribuna e não me referir às manifestações de domingo, dia 16. Mais do que isso, penso que todos nós temos a obrigação de dar opinião sobre o momento que o País está vivendo, sobre o pós-manifestação de domingo. E é isso que quero fazer neste pronunciamento, Srª Presidenta Vanessa Grazziotin.
Queria, em primeiro lugar, dizer que, como todos, estava na expectativa desse domingo, 16. É importante levarmos em conta o descontentamento da opinião pública, o questionamento da opinião pública sobre a política do nosso País, sobre o nosso Governo, sobre a vida dos brasileiros, que estão apreensivos com o desenrolar dessa chamada crise.
Confesso que acompanhei com atenção, procurando entender, recepcionar os recados, levar em conta.
Queria aqui começar cumprimentando os que foram às ruas. Isso pode ser até estranho para alguns. Senador do PT, ex-Governador do PT está cumprimentando quem foi às ruas? Sim. Estou cumprimentando, porque, independentemente dos excessos, da maneira como alguns possam ter agredido a história do meu Partido e até as lideranças do meu Partido, isso é parte do processo democrático. Quero cumprimentar as pessoas exclusivamente pela maneira como foram às ruas, sem quebra-quebra, de forma ordeira, fazer seu protesto. É esse o cumprimento que faço.
Mas eu queria cumprimentar, com mais ênfase, os que ficaram em casa, os que não foram para as ruas. Sei que o ambiente de descontentamento no nosso País não foi expressado pelas centenas de milhares de pessoas que foram às ruas em muitas cidades, inclusive, na minha, Rio Branco. Foram mil e poucas pessoas, respeito-as, prometiam 10 mil. Mas me refiro, agora, aos que ficaram em casa, em todas as cidades. Sei que muitas pessoas que ficaram em casa estão descontentes, e é exatamente a estas que quero me dirigir, cumprimentá-las pela compreensão de entender que estamos passando uma fase difícil, mas que não é como alguns querem, fazendo a busca de um atalho que vamos colaborar para que o Brasil volte a retomar o crescimento, a ter um ambiente pacificado, do ponto de vista político, econômico e até judicial. Quero agradecer a todos.
Acho que foi um gesto muito importante, que o Governo deve levar em conta, que os partidos devem levar em conta, que, independente das contas que fazem, se foi maior ou menor, muita gente foi para as ruas, e, se fosse um pouco menor, eu estaria fazendo o mesmo discurso. Mas o que me impressionou foi a quantidade de gente que avalia, hoje, muito ruim o Congresso, que avalia muito ruim o nosso Governo, que avalia muito ruim a política; ter ficado em casa na expectativa de que as lideranças deste País possam encontrar uma saída, que o Governo possa encontrar uma saída, para que o País volte à normalidade e se reencontre com o crescimento, com a geração de emprego, com ampliação das políticas sociais, com a industrialização, com tudo aquilo que sonhamos para o nosso País.
Mas o que me preocupou foi o pós-manifestação. O que é que temos depois desse voto de confiança que o povo nos deu, ficando a grande maioria, a imensa maioria em casa? Estão na expectativa de que os líderes políticos, os que dirigem as instituições do Estado brasileiro possam fazer algo, possam encontrar caminho. Essa é a situação que me preocupa. Quando vi Líderes da oposição tentar fazer uma blitz no movimento popular, preocupei-me. Setores da imprensa e alguns analistas falam que não, que a manifestação, agora, teve foco. Ela estava focada no Governo, na Presidenta Dilma, no Presidente Lula. Não, não é bem isso. É que agora houve uma quase intervenção de setores orgânicos da política brasileira. O PSDB usou todo o seu tempo de televisão, pré-manifestação, convocando disfarçadamente seus filiados para irem à manifestação. Ele tem que assumir isso, não pode ser disfarçadamente.
E vocês acham que o tal famoso foco dado não é uma espécie de profissionalização? Trocaram a cartolina legítima, inovadora, pedagógica, pelas produções espetaculosas, para dizer que era o Brasil inteiro que estava tendo uma sintonia contra a Presidenta, contra o Presidente Lula, contra o PT, contra a política, enfim.
Eu queria lamentar porque, sinceramente, queria ter feito esse discurso ontem aqui, um dia após as manifestações, porque o momento é de entendimento. Está aqui a Senadora Lídice, os Senadores ditos independentes, ou uma parte deles, porque há vários Senadores independentes aqui no Senado, que tiveram uma conversa com a Presidenta Dilma. Eu achei um gesto muito importante porque eles não foram lá para concordar ou discordar, foram lá para colaborar com o País. Eu até ajudei, de alguma maneira, para que essa audiência ocorresse. Parabenizo-os. Esse é o caminho.
Agora, eu queria falar da minha preocupação com a posição do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Eu sempre o tive em boa conta e o tenho em boa conta. O PSDB, depois de ficar oito anos no governo, fez algo que me revoltava de certa forma. Eu falava para os Líderes do PSDB: por que esconderam o Presidente Fernando Henrique? Ele governou o País por oito anos. Ele ficou com a fama do pior eleitor brasileiro. Ele não aparecia no programa eleitoral do PSDB em lugar nenhum deste País; ele não participava das campanhas. Eu achei que foi uma atitude muito injusta e cruel do PSDB com Fernando Henrique Cardoso, porque eu acho que o nosso País tem que aprender a tratar bem seus líderes, especialmente quando eles saem do governo. Um presidente como o Presidente Fernando Henrique Cardoso, um homem preparado, que tem uma história de vida, tem muito a colaborar com o País, certamente. E foi nessa visão de respeito que ele montou o seu instituto, o Instituto FHC. Ele ganha muito dinheiro fazendo palestras pelo mundo inteiro, passando adiante suas opiniões, suas teses, e eu acho isso absolutamente legítimo e importante para o País.
O problema, Srª Presidenta...
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Eu pediria um tempo, tendo em vista a gravidade do que estamos vivendo, a quadra grave que estamos vivendo em nosso País.
O problema é, no momento mais crucial que estamos vivendo, mas também bem melhor do que o momento difícil do Governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso - A inflação e os juros, hoje, são bem menores do que no seu tempo, a situação, na própria avaliação do Governo, também não é essas coisas -, e ele falar em renúncia da Presidenta. Eu fiquei entristecido, falo sinceramente. Essa é uma palavra que não deveria sair, não deveria estar sendo colocada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso.
Vou dizer uma frase aqui: o nosso País, neste momento, está precisando de cada um de nós, do que temos de melhor, e não do pior, não daquilo que temos de pior. Acho que o Presidente Fernando Henrique foi muito infeliz nessa frase dele. Ele, há pouco tempo, tinha sido criticado por setores de seu Partido, porque tinha sido justo com a Presidenta Dilma, quando disse que ela é uma pessoa honrada, que ela é uma pessoa que merece a confiança e o respeito de todos.
Eu, quando fui governador, fui criticado pelo meu Partido, Srª Presidenta Vanessa, porque assinei uma carta de confiança ao Presidente Fernando Henrique, quando ele não tinha confiança nem de setores de seu Partido, da sua base aliada. Isso, porque eu o tinha e o tenho como uma pessoa honesta. Assinei, numa reunião que fizemos na Granja do Torto. Meu Partido veio em cima de mim, a Liderança do meu Partido veio me cobrar, e assumi minha posição. Então, eu tenho tranquilidade para falar.
O Presidente Fernando Henrique Cardoso não pode falar de ilegitimidade da Presidenta Dilma. O PSDB não pode falar de ilegitimidade da Presidenta Dilma.
Eu poderia lembrar um episódio que é parte da história. Como se deu o segundo mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso? Não existia reeleição no Brasil. A reeleição no Brasil foi comprada, neste plenário e no plenário da Câmara dos Deputados, envolveu Parlamentares. Foi comprada...
(Interrupção do som.)
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - ... por 200 mil moedas (Fora do microfone.). Se atualizarmos essas 200 mil moedas, dá muitos milhões de reais nos dias de hoje. A reeleição foi comprada, e o Presidente Fernando Henrique foi reeleito. Eu nunca usei este termo, de que ele foi reeleito ilegitimamente.
Há diferença, hoje, do financiamento que a Presidenta Dilma recebeu daquele que o Aécio Neves recebeu? Ou vamos viver esse faz de conta? Tem diferença o financiamento que qualquer partido deste Congresso recebe um para os outros? Há uma diferença: é que o meu partido, o PT, não deveria ter caído nessa armadilha de fazer o financiamento eleitoral exatamente igual aos outros. O PT não pode, não podia. Isso é uma falha nossa. E tomara que no futuro a gente possa fazer esse ajuste.
Eu queria então concluir, Srª Presidenta, dizendo que...
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) -... eu espero sinceramente que o Presidente Fernando Henrique possa rever essa posição dele e possa fazer como ele estava pensando antes das manifestações, ser parte da solução, ajudar o País, dar o seu melhor para o País. Eu fico...
E deixei por último o que estão fazendo com o Presidente Lula ou o que estão tentando fazer com ele, o que estão tentando fazer com o PT, o que estão tentando fazer com o Governo não ajuda. Estão tentando acertar o Governo e acertam o País. Tentam atingir o PT e o Lula e atingem a democracia. E agora vêm disfarçadamente com uma posição perversa, que tenta levar a ilusão ao povo brasileiro, mas que é nada mais, nada menos do que uma tentativa de romper com a democracia que a duras penas o Brasil conquistou, porque encurtar o mandato da Presidenta, encontrar atalhos, não dá para disfarçar, é algo muito sério. O Brasil sabe o que é isso.
Eu fico contente de ver que setores da imprensa começaram a entender a dimensão do que está em jogo e começaram a fazer pequenas correções de sua posição.
(Soa a campainha.)
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Mas essa ação que nós estamos vendo, combinada, de tentar destruir o Presidente Lula, eu acho que atinge uma parcela grande dos brasileiros. Fizeram uma ação parecida, setores da elite, com Getúlio Vargas, fizeram uma ação - é bom que se lembre - com Juscelino Kubitschek. Juscelino Kubitschek, que fez Brasília, que mudou a história do Brasil, morreu como um corrupto, morreu com o seu capital político destruído, e só depois é que teve parte do seu reconhecimento.
O Presidente Lula levou o Brasil para o mundo, fez o mundo respeitar o nosso País. O Presidente Lula mudou a história de milhões de brasileiros e brasileiras, dos mais pobres. Criou ambiente para quem era rico ficar milionário, para quem era milionário ficar bilionário.
O Presidente Lula sofre uma caçada hoje, perigosa. Será que os que estão caçando Lula querem um cadáver? Eu acho que só está faltando isso para alguns. Será que esse o país que nós queremos? Jogarem bomba na frente do instituto do Presidente, atacarem diretórios! É esse o país que agora nós vamos vivenciar ou é aquele país da tolerância, do sonho de melhorar a vida de todos, o País de a gente aperfeiçoar a democracia?
Quebraram o sigilo do Presidente Lula! Isso é uma ação de bandidos! Quebrem o sigilo do Presidente Fernando Henrique Cardoso! Vai ter meu protesto aqui. Ninguém da oposição, ninguém de setores importantes da imprensa diz uma palavra contra esse grave episódio.
O Presidente Lula tem um trabalho extraordinário no seu instituto, um trabalho social com a África, com os mais pobres, com a educação. O Presidente Lula, junto com um mundo de funcionários, faz um trabalho fantástico, porque são pessoas qualificadas. Eu conheço o trabalho do instituto do Presidente Lula. Não é um instituto de araque! É um instituto que leva adiante os seus sonhos. E ele faz isso fora de governo.
Que tal se déssemos transparência aos recursos que esses institutos todos recebem? Isso poderia ser bom para o País, seria transparência. Margaret Thatcher ficou milionária dando palestras; Ronald Reagan, também. Líderes do mundo inteiro, como Tony Blair, o casal Clinton. O casal Clinton recebeu, em seis ou sete anos, R$480 milhões...
(Soa a campainha).
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - ...por palestras pagas. Eu não sei dos trabalhos sociais. Certamente eles fazem trabalho de debate mundo afora. Mas eu conheço o trabalho social que o Presidente Lula, pela democracia que ele faz, mas o Presidente Lula não pode cumprir esse papel.
Parece uma sina. Alguns não aceitaram que ele, como retirante, virasse Presidente, outros não aceitaram que ele, como Presidente, pudesse ter melhorado e mudado o Brasil para melhor. E agora alguns não o aceitam nem como ex-Presidente.
Eu acho que todos nós devemos ficar vigilantes.
Eu faço um apelo aqui ao Presidente Fernando Henrique Cardoso, eu faço um apelo às lideranças de todos os partidos: vamos atender ao recado do dia 16 da população que, na sua absoluta maioria, ficou em casa, a população brasileira, com todo respeito aos que foram às ruas.
A população que ficou em casa está esperando de cada um de nós o nosso melhor. Que o Presidente Fernando Henrique Cardoso, que tem tanta coisa boa na sua biografia, possa oferecer ao Brasil o seu melhor e que possa guardar o seu pior, porque, eu sei, ele é um ser humano, é um líder político. Todos nós temos as nossas falhas, mas que ele possa superar essa frase infeliz, esse posicionamento infeliz por um posicionamento à altura do que o Brasil precisa neste momento. Da mesma maneira, o Presidente Lula, da mesma maneira a Presidente Dilma.
Volto a repetir que cabe a ela o gesto, depois do dia 16, de procurar os Líderes da Oposição, de insistir, de dialogar com todos os setores da sociedade e de pedir apoio para terminar o seu mandato, para entregar o País melhor, para corrigir as falhas do nosso Governo.
É essa a expectativa que eu tenho, é esse o apelo que faço da tribuna, 48 horas depois de uma manifestação democrática, ordeira, que os brasileiros fizeram, alertando a todos que o Brasil precisa fazer um ajuste na sua economia, fazer mudança na sua política para retomar a condução deste País, que é tão fantástico e que tem um povo maravilhoso.
Muito obrigado.
A SRª PRESIDENTE (Vanessa Grazziotin. Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM) - Parabéns ao Senador Jorge Viana pelo pronunciamento. Na semana passada, quando V. Exª fez um pronunciamento, eu pedi para assinar embaixo. Eu novamente o faço, só que agora eu ocuparei a tribuna em seguida, Senador Jorge Viana. E comentava que o que V. Exª falou aqui eu trago por escrito, porque tem incomodado a todos nós o que vem acontecendo no País nesses últimos tempos, Senador Jorge Viana.
Então, parabéns a V. Exª pela coragem, pela conduta e pelo papel de equilíbrio que V. Exª tem exercido no Parlamento brasileiro. Eu, certamente, no meu pronunciamento, não serei tão equilibrada como V. Exª, Senador Jorge.
São vozes como a de V. Exª que o nosso País precisa ouvir.
O SR. JORGE VIANA (Bloco Apoio Governo/PT - AC) - Ontem, Senadora Vanessa eu estava fazendo uma visita à ponte sobre o Rio Madeira e, junto com o Deputado Federal Angelim, fomos conversar com o ex-Arcebispo de Rondônia, que foi Bispo no Acre a vida inteira, Dom Moacyr Grechi. É um homem extraordinário com quem eu tive uma audiência com o Papa Francisco no ano passado, de quase uma hora. Eu sempre me aconselho com ele.
Ele veio a uma reunião na CNBB, ele que já não está mais na ativa, vai fazer 80 anos. Mas ele, que gosta do Presidente Fernando Henrique Cardoso, que tem uma ótima relação com o Presidente Lula, ficou muito decepcionado, porque todas as pessoas de bom senso neste País estão trabalhando para que o Brasil encontre uma saída, mantendo a sua democracia, fortalecendo a sua democracia.
Eu fico triste de ver algumas lideranças inventando maneiras de justificar impeachment, de encurtar mandato de Presidente. Isso é muito sério, é muito grave, abre um precedente que fere de morte a democracia que nós ainda estamos construindo quando se adotam medidas como essa.
Então, que V. Exª possa usar da tribuna, e eu fico aqui neste papel.
Eu tenho ajudado o Presidente Renan, parabenizo todos que estão ajudando nessa Agenda Brasil. Ela é só o começo de uma busca de entendimento para que o Congresso Nacional, que também é tão questionado pela opinião pública, possa cumprir o seu papel de ajudar todos os brasileiros, o nosso País a enfrentar um momento de dificuldade.