Pela ordem durante a 145ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

* Crítica ao senhor Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, pelo mandado de segurança impetrado contra a quebra de seu sigilo bancário, determinada pela CPI do Futebol.

Autor
Roberto Rocha (PSB - Partido Socialista Brasileiro/MA)
Nome completo: Roberto Coelho Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SENADO:
  • * Crítica ao senhor Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, pelo mandado de segurança impetrado contra a quebra de seu sigilo bancário, determinada pela CPI do Futebol.
Publicação
Publicação no DSF de 28/08/2015 - Página 152
Assunto
Outros > SENADO
Indexação
  • REPUDIO, PRESIDENTE, CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL (CBF), MOTIVO, SOLICITAÇÃO, MANDADO DE SEGURANÇA, OBJETIVO, IMPEDIMENTO, QUEBRA, SIGILO BANCARIO, CRITICA, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), FUTEBOL.

            O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero aqui, brevemente, fazer uma comunicação que julgo ser muito importante para o Senado da República.

            Terminou agora a reunião da CPI do Futebol. E lá nós fomos informados - e com muita perplexidade - que o Presidente da CBF, Marco Polo del Nero, entrou com mandado de segurança para evitar a quebra do seu sigilo bancário.

            Na peça, ele alega inicialmente que... No início da sua peça, ele tenta desqualificar totalmente o trabalho da Comissão, tentando evitar que ela siga adiante. Quando trata da questão do periculum in mora, ou seja, do perigo da demora na concessão da liminar, que não foi dada pelo Ministro Edson Fachin, um dos mais iluminados brasileiros do Supremo Tribunal Federal, que esta Casa autorizou ter assento naquela Suprema Corte, o que nos deixa muito mais tranquilos em relação a esse episódio que consideramos grave, a tentativa de o Presidente da CBF cercear os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito. Logo no periculum in mora, o Presidente da CBF diz que ela foi criada por causa de um sentimento pessoal.

            Eu quero, como membro daquela Comissão, revelar a minha total indignação com esse desrespeito, por considerar que esta Casa instala uma Comissão Parlamentar de Inquérito movida por interesses pessoais. Se nessa peça ele, o Presidente da CBF, já diz isso, imaginem o que não diz fora dela. De modo que quero aqui trazer duas coisas. Primeiro, a minha indignação completa com relação a essa atitude, porque mostra que, como dizia William Shakespeare: “Há algo de [muito] podre no reino da Dinamarca.” Segundo, dizer que estou absolutamente tranquilo e muito mais seguro por esse caso ter caído exatamente nas mãos do Ministro Edson Fachin. Espero que ele compreenda o trabalho que nós estamos empreendendo na CPI do Futebol, aguardada com muita expectativa pelo povo brasileiro. O povo brasileiro não é apaixonado pela CBF, o povo brasileiro é apaixonado pelo futebol. A CBF, Sr. Presidente, teve um orçamento, em 2014...

      (Soa a campainha.

            O SR. ROBERTO ROCHA (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - MA) - ... de R$540 milhões, a grande maioria de patrocinadores. Desses, R$80 milhões são de terceirizados, que não pagam um jogador de futebol sequer. Outros R$76 milhões são gastos administrativos. De forma que cabe, sim, a nós, Congressistas, apurar o que a CBF faz com a nossa paixão nacional.

            Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 28/08/2015 - Página 152