O SR. RENAN CALHEIROS (Bloco Maioria/PMDB-AL. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, muito me honra participar desta sessão solene para comemorar o 93º Dia Internacional do Cooperativismo, assim como os 45 anos da Organização das Cooperativas Brasileiras. Felicito a Senadora Ana Amélia e o Deputado Federal Osmar Serraglio, autores do requerimento para a realização desta sessão especial.

     A importância que atribuo ao cooperativismo trouxe-me até aqui para felicitar todos os brasileiros que de uma forma ou de outra a ele estão ligados.

     Parabéns, portanto, aos dirigentes da Organização das Cooperativas Brasileiras pelo quase meio século de existência e pelo trabalho que fazem para o fortalecimento do cooperativismo no Brasil!

     Ao longo deste quase meio século, o resultado de tanto trabalho é o fortalecimento do cooperativismo na agenda de desenvolvimento do País.

     Com mais de 1,5 mil cooperativas agropecuárias e cerca de 1,1 milhão de cooperados, o cooperativismo no Brasil é talvez a principal força motriz de nossa produção agrícola, e, por consequência, um dos setores que mais contribuem efetivamente com o desenvolvimento econômico e social do País.

     No meu Estado, em Alagoas, um exemplo do cooperativismo é a Cooperativa de Pindorama, em Coruripe, que desde 1956 vem contribuindo para o desenvolvimento do Estado, gerando empregos e oportunidade para pequenos produtores rurais.

     Segundo estimativas de 2013 da OCB, o cooperativismo agrícola em nosso País gerava mais de 160 mil empregos diretos.

     Surgido na Inglaterra no final do Século 19, em plena Revolução Industrial, o cooperativismo é ainda hoje um dos principais mecanismos que o trabalhador e o empreendedor têm para o enfrentamento das dificuldades impostas pelo mercado, tanto para a aquisição de bens e serviços como para a colocação de produtos no mercado.

     Como fator econômico, o cooperativismo atua na redução dos custos de produção, na obtenção de melhores condições de prazo e preço, na instituição de instalações de uso comum e na busca de alternativas para as dificuldades comerciais de seus associados. Sem os mecanismos que atuam no cooperativismo, muitas atividades comerciais não obteriam êxito.

     Pequenos e médios produtores adquirem a escala necessária para reduzirem os custos de transação e poderem competir em condições menos adversas com grandes corporações.

     O cooperativismo agrega em sua concepção de funcionamento alguns dos mais nobres valores que devemos cultivar para vivermos uma sociedade justa, equilibrada e democrática, tais como a ajuda mútua, a responsabilidade, a igualdade de oportunidades, a equidade e a solidariedade.

     São enfim, valores especiais, que, colocados em prática, nos tornam melhores como seres humanos, e as comunidades, mais fraternas, colaborativas.

     E, como sabemos, a cooperação é essencial no campo dos negócios e em outras dimensões da atividade humana.

     Para finalizar, quero fazer minhas as palavras do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, para quem ser cooperativista é quase um estado de espírito, capaz de nos fazer enxergar o mundo de forma bastante particular. É buscar o justo, sem abrir mão da ambição. É querer crescer, sem passar por cima de valores como a ética, a confiança e a honestidade. É encontrar um caminho para o êxito, sem abrir mão da felicidade.

     Parabéns a todos os que constroem o cooperativismo em nosso País!

     Obrigado a todos.