Pronunciamento de Ana Amélia em 25/08/2015
Discurso durante a 18ª Sessão Solene, no Congresso Nacional
Sessão solene destinada a reverenciar o transcurso dos 61 anos da morte de Getúlio Vargas.
- Autor
- Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
- Nome completo: Ana Amélia de Lemos
- Casa
- Congresso Nacional
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
-
Outros:
- Sessão solene destinada a reverenciar o transcurso dos 61 anos da morte de Getúlio Vargas.
- Publicação
- Publicação no DCN de 26/08/2015 - Página 26
- Assunto
- Outros
- Indexação
-
- HOMENAGEM, ANIVERSARIO DE MORTE, GETULIO VARGAS, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, ELOGIO, VIDA PUBLICA.
A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Apoio Governo/PP-RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Meu caro Presidente Elmano, que preside esta sessão e é autor do requerimento de homenagem à memória do ex- Presidente Getúlio Vargas, que no dia 24 de agosto de 1954 saiu da vida para entrar para a história, como ele mesmo escreveu na carta-testamento, vejo nesta Mesa seleta os herdeiros do trabalhismo, e, como gaúcha, eu agradeço a V.Exa., porque eu não tinha a intenção de me inscrever. Mas tomo o seu gesto, Senador Elmano, como uma fidalguia e uma delicadeza a uma Senadora do Rio Grande que sabe reconhecer em Getúlio Vargas todas as virtudes que teve, e também todos os defeitos, um ser humano como todos os outros seres humanos, mas um estadista que soube, ao seu tempo, ver adiante do seu tempo, e o homem, o estadista vale exatamente por essa percepção visionária, ao criar as condições sociais, por exemplo, de estabelecer o equilíbrio das relações entre capital e trabalho.
Muitos foram os feitos descritos aqui ao longo desta cerimônia. Eu queria tão somente dizer, como relatou agora há pouco o Senador Lasier Martins, que eu também lembro muito bem, porque eu estava em Porto Alegre, era uma das pessoas que estavam na rua, em frente à casa onde eu morava, porque eu vivi com uma senhora, em Porto Alegre, como filha adotiva, durante 4 anos. Foi na minha chegada. Eu cheguei em julho, e no dia 24 de agosto já estava vivendo o primeiro momento histórico da minha vida -- porque eu, às sextas-feiras, com 9 anos de idade, já escutava Leonel de Moura Brizola falar na Rádio Farroupilha. E foi aí que eu aprendi a entender também outro grande estadista, que foi o ex- Governador Leonel Brizola.
E eu, também por isso, quero, ao tributar esta homenagem, lembrar o que eu tenho nítido na minha memória, na minha retina, tudo aquilo que aconteceu no dia 24 de agosto, que ensanguentou as ruas de Porto Alegre. As pessoas não aceitaram, e aquele foi um dia muito triste para os gaúchos, pelo simbolismo do que aquele homem, aquele estancieiro lá de São Borja mostrou ao Brasil e ao mundo que era capaz, nas virtudes e nos defeitos.
Cumprimento o Senador Elmano pela iniciativa desta homenagem.
Muito obrigada. (Palmas.)