Discurso durante a 164ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Comentários sobre pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte intitulada Diagnóstico Nacional de Esportes; e outros assuntos.

Autor
Telmário Mota (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESPORTO E LAZER:
  • Comentários sobre pesquisa realizada pelo Ministério do Esporte intitulada Diagnóstico Nacional de Esportes; e outros assuntos.
Publicação
Publicação no DSF de 22/09/2015 - Página 86
Assunto
Outros > DESPORTO E LAZER
Indexação
  • REGISTRO, DIVULGAÇÃO, MINISTERIO DO ESPORTE, RESULTADO, PESQUISA, DIAGNOSTICO, ESPORTE, ASSUNTO, COMPARAÇÃO, POPULAÇÃO, PRATICA ESPORTIVA, REFERENCIA, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE (OMS).

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Senador Elmano, nosso “Veín Trabalhador”, Senador pelo nosso Piauí.

            O Piauí é um Estado que oferece vários serviços públicos de qualidade, inclusive universitários, com várias universidades de Medicina, e é um Estado a que sempre recorremos nas nossas necessidades, no Estado de Roraima. Sempre nas horas das grandes crises de doenças que hoje ainda não são curáveis no meu Estado, que ainda não tem uma medicina à altura, o Piauí está ali de portas abertas, recebendo a nossa população querida do Estado de Roraima, onde há muitos piauienses, maranhenses, cearenses, paraibanos, gaúchos, catarinenses, gente do Brasil inteiro. Eu sempre digo que Roraima é de todos: dos roraimenses e dos “roraimados”.

            Quando a Presidenta Dilma disse que era “roraimada”, muitos a criticaram achando que ela queria dizer que era roraimense. Não, o roraimense é o nato, e o “roraimado” é o que adota. Então, ela pronunciou corretamente, ela é “roraimada”, porque ela adotou o nosso Estado.

            Sem nenhuma dúvida, o Estado de Roraima pode reclamar dos governantes que teve agora por último, da última quadrilha que comandou o Estado de Roraima, mas não do Governo Federal. Eu digo que 90% dos recursos que entram no Estado de Roraima são do Governo Federal. E principalmente o Presidente Lula e a Presidenta Dilma têm sido verdadeiros Presidentes para o Estado de Roraima, que era governado pelo PSDB.

            Sr. Presidente, Srs. Senadores, Srªs Senadoras, telespectadores da TV Senado, ouvintes da Rádio Senado, aqui, desta tribuna, ainda hoje a oposição falou muito mal do Governo, num blá-blá-blá que cansa, parecendo aqueles urubus que ficam de longe torcendo para o bode morrer, para depois beliscarem a carcaça, se não a carniça. Incapazes que foram de colocar o Brasil nos eixos do mundo desenvolvido, ficam torcendo e trabalhando para que dê no pior, doa a quem doer, menos neles, é claro. Para eles, pouco importa a população brasileira. O que importa mesmo é a desestabilização do Governo que está aí, mas o que me traz a esta tribuna hoje, Sr. Presidente, é o Brasil no qual acredito e que vai dar certo.

            Semana passada, Presidente, todos nós no Senado recebemos uma belíssima publicação do Ministério do Esporte, que apresenta a política para o esporte da Presidente Dilma no contexto da educação integral do setor humano. Não falo aqui do esporte de alto rendimento, aquele das Olimpíadas, mas do esporte como componente necessário para a saúde física e mental das pessoas.

            Olhando sempre para frente, o Ministério do Esporte aqui nos apresenta o resultado da pesquisa intitulada Diagnóstico Nacional de Esportes (Diesporte), comparando o perfil do praticante de atividade esportiva e o do não praticante, o sedentário. A pesquisa adota a referência da Organização Mundial de Saúde (OMS) para o sedentarismo, que considera sedentário quem não pratica pelo menos 30 minutos de atividade física por dia em pelo menos três dias da semana - eu acho que eu estou incluído aí.

            Quanto ao sedentarismo no Brasil, a pesquisa apontou 45,9% de sedentários e 54,1% de praticantes habituais de esportes. É importante que se conheça esse percentual, Sr. Presidente, pois é dentre os sedentários que se observa maior incidência de doenças cardíacas, obesidade e diabetes, com impacto direto na Previdência Social e no SUS.

            Sr. Presidente, 67 milhões de brasileiros são sedentários, o que equivale a mais de duas vezes a população do Canadá. Num recorte de gênero, desse total, 54,4% são homens, e 41,2% são mulheres. Num recorte etário, na medida em que a idade avança, o percentual de sedentários aumenta. A pesquisa aponta - pasmem! - que 90% dos praticantes do esporte abandonam a prática até os 34 anos de idade. Isso indica que esse abandono esteja relacionado ao período em que o indivíduo, homens e mulheres, saem da escola para o mundo do trabalho.

            São números alarmantes, que demonstram quanto o Governo deve se preocupar com políticas consistentes para o incentivo à prática de atividade física na idade adulta, bem como o tratamento de males derivados do sedentarismo nessa faixa etária.

            A falta, Sr. Presidente, de tempo por motivos de estudo, de trabalho e de família é apontada por 69,8% dos brasileiros como a razão pela qual não realizam atividades físicas regulares.

            É por esse motivo que é tão importante a existência de ginástica laboral nas organizações, inclusive pela produtividade a mais que se faculta ao trabalhador sadio e que não se afasta do emprego por motivos de saúde.

            Esta Casa, Sr. Presidente, possui um Serviço de Qualidade de Vida que promove ações de combate ao sedentarismo, especialmente com aulas de dança no Espaço do Servidor, durante o intervalo de almoço, sendo a dança considerada uma atividade física importante, segundo o Diesporte - V. Exª está convidado a participar.

            Dentre os praticantes de esporte, 90,3% o fazem sem qualquer orientação profissional, o que aponta que se trata de uma área com grande potencial de crescimento em termos de opção profissional.

            A pesquisa afirma que, em geral, a prática do esporte inicia na infância, entre seis e dez anos, antes com meninos e depois com meninas. É o futebol o esporte mais praticado, com 59,8%, vindo em seguida o vôlei e depois a natação. Isso confirma a interpretação, comum e tradicional, do futebol como cultura esportiva dominante no nosso País, no nosso Brasil.

            Quanto à organização, apenas 7,6% dos praticantes de esporte estão vinculados a uma instituição, como um clube, por exemplo. Os demais 92,4% o fazem sem vínculos, por conta própria.

            Considerando-se por região, Sudeste e Sul são as de maiores percentuais de pessoas que realizam práticas esportivas, vindo em seguida a Centro-Oeste, e depois Nordeste e Norte - o meu Estado é sempre o mais distante, embora seja o primeiro do País.

            Enfim, Sr. Presidente, a pesquisa apresenta diversos outros recortes e vieses, numa riqueza de informações que servem para embasar políticas públicas para a área. É um trabalho que deveria ser apresentado pelo Ministério do Esporte em audiência pública da Comissão de Educação, Cultura e Esporte desta Casa.

            Trata-se, sem dúvida alguma, de um importante trabalho do Governo da Presidenta Dilma, que merece o nosso aplauso e reconhecimento, pois resultará em ações consistentes e focadas no desenvolvimento da prática esportiva, como atividade saudável, que retira jovens das ruas e dos vícios. O que promove a melhor qualidade de vida para os nossos cidadãos.

            Era o que eu tinha a falar, Sr. Presidente, desta tribuna.

            O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR) - Obrigado, Presidente, Senador Elmano, que representa o Piauí, conhecido naquele Estado maravilhoso como “O Veín Trabalhador”, o Senador Elmano tem dado uma contribuição enorme, é da família trabalhista.

            Nós dois fazemos gestões aqui permanentes para que PDT e PTB se encontrem, com apoio do Senador Cristovam, na curva ou na encruzilhada da boa direção e que os interesses individuais, pessoais, sejam largados de lado e que unifiquem uma programática de trabalho, porque é difícil ver o PDT para um lado, o PTB para outro, quando nós garimpamos no mesmo leito, quando nós temos o mesmo objetivo, que é o trabalhista, os excluídos, as causas, os direitos do trabalhador.

            A gente conversa muito e, se dependesse da minha pessoa, da pessoa de V. Exª e também da vontade do Senador Cristovam - de quem não tenho nenhuma dúvida -, essa unificação já era para ter acontecido. Nós, com certeza, faríamos uma só força, numa só direção, buscando um só norte, um só rumo porque é importante, neste momento de crise brasileira, que pensemos, acima de tudo, na Nação brasileira. E PDT e PTB estão interligados. É impossível a gente não perceber, até porque a gente tem certeza de que essa construção um dia vai acontecer.

            Quero agradecer a Presidência de V. Exª, a paciência e o testemunho de um grande Prefeito de Teresina, aquela cidade maravilhosa, uma cidade de vida, de trabalho, de resposta. E eu não tenho nenhuma dúvida de que V. Exª traz esse testemunho da prática do esporte, que aqui a gente defendeu, que vem melhorando a qualidade de vida, trazendo resultado ao nosso povo.

            Portanto, eu, mais uma vez agradeço, a V. Exª.

            O meu muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 22/09/2015 - Página 86