Comunicação inadiável durante a 173ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Alerta para a importância da prevenção do câncer de mama e considerações sobre o Outubro Rosa.

Autor
Sandra Braga (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/AM)
Nome completo: Sandra Backsmann Braga
Casa
Senado Federal
Tipo
Comunicação inadiável
Resumo por assunto
SAUDE:
  • Alerta para a importância da prevenção do câncer de mama e considerações sobre o Outubro Rosa.
Publicação
Publicação no DSF de 02/10/2015 - Página 119
Assunto
Outros > SAUDE
Indexação
  • COMENTARIO, INICIO, CAMPANHA, OUTUBRO, CONSCIENTIZAÇÃO, MULHER, NECESSIDADE, PREVENÇÃO, DOENÇA GRAVE, CANCER, APREENSÃO, NUMERO, MORTE, DIVULGAÇÃO, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAUDE (OMS).

     A SRª SANDRA BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, neste dia em que quase todas as nações do mundo comemoram o movimento mundial Outubro Rosa, com o sugestivo tema “Para todas as Marias”, volto meu coração e minha mente para as 25 mulheres amazonenses que, a cada mês, sucumbem pelo câncer de mama.

    Em quase todos os países, milhares de monumentos serão iluminados na cor rosa até o dia 31 deste mês. Na cidade de Manaus, serão 19 monumentos, inclusive o tradicional Teatro Amazonas e a moderníssima Are- na futebolística. Trinta Municípios do Amazonas também aderiram ao Outubro Rosa. Em Brasília, neste mês, o iluminado Congresso Nacional transforma-se em uma atração turística.

    Sr. Presidente, dizem as estatísticas que, entre todas as Regiões do Brasil, a Região Norte é a que apresenta o menor índice de incidência do câncer de mama, calculada pela soma do número de casos por 100 mil mulheres. Infelizmente, porém, na Região Norte, o meu Estado, o Amazonas, é o que apresenta o maior índice, calculado em 17,26 casos por 100 mil mulheres, perdendo apenas para Rondônia.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o câncer de mama, em suas diversas modalidades, provoca 450 mil mortes no mundo todos os anos. São mais de 1,5 milhão de mulheres diagnosticadas com essa doença no mundo. O câncer de mama no homem existe, mas é raro, representando menos de 1% dos casos.

    No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 50 mil mulheres morrem todos os anos dessa doença insidiosa. Este ano, conforme o Instituto, serão 57.120 casos de morte. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima dessa idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos.

    Especialistas dizem que, quanto maior o desenvolvimento da Região, maior a incidência do câncer de mama. Talvez por isso a incidência na Região Norte é de 16,62 casos por cem mil mulheres, e, no desenvolvido Sudeste, a taxa é de 64,54 casos por cem mil mulheres.

     Sr. Presidente, infelizmente, o câncer de mama ainda não pode ser prevenido, mas é possível diagnosticá-lo mais cedo, com grandes chances de cura. Para tanto, recomenda-se que as mulheres conheçam seu corpo desde que apresentem o crescimento das mamas, na adolescência, mais ou menos por volta de nove, dez anos. O autoexame das mamas deve ser feito pelo menos uma vez por mês, para que as mulheres se familiarizem com essa parte sensível de seu corpo,

    Após os 40 anos, porém, a mamografia passa a ser um exame de grande importância para a detecção precoce da doença. Infelizmente, as mulheres pobres do Amazonas e do Brasil, que são a maioria, não têm acesso aos modernos equipamentos de detecção do câncer de mama, como a ultrassonografia tridimensional.

    Mas é preciso, pelo menos, um redobrado esforço do Governo, em seus três níveis, para que, apesar da crise e da contenção dos gastos públicos, os órgãos de saúde sejam mais bem equipados.

    Além disso, aproveitando o Outubro Rosa e o Dia Internacional de Combate ao Câncer de Mama, que ocorrerá no próximo dia 19, devem ser realizadas, em nível nacional, campanhas educativas, chamando a atenção das mulheres para a necessidade de se prevenirem. Só assim poderemos, ao longo do tempo, reduzir a incidência dessa terrível doença, diminuindo também o número crescente de mortes, que, na maioria das vezes, ceifam vidas de mulheres e mães ainda em sua plena capacidade laborativa.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (José Medeiros. Bloco Socialismo e Democracia/PPS - MT) - Parabéns, Senadora Sandra Braga, por esse importante registro, que é um item em que o Brasil precisa avançar muito. E V. Exª traz aqui, com muita propriedade, mostrando também um pouco das diferenças que temos no Brasil, as suas peculiaridades e desigualdades.

Parabéns.

    A SRª SANDRA BRAGA (Bloco Maioria/PMDB - AM) - Obrigada, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/10/2015 - Página 119