Discurso durante a 176ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Destaque ao pronunciamento da Presidente da República na ONU sobre as metas do País para a redução da emissão de gases de efeito estufa.

Autor
Telmário Mota (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MEIO AMBIENTE:
  • Destaque ao pronunciamento da Presidente da República na ONU sobre as metas do País para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Publicação
Publicação no DSF de 07/10/2015 - Página 243
Assunto
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • ELOGIO, PRONUNCIAMENTO, AUTORIA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), ASSUNTO, ATUAÇÃO, BRASIL, OBJETIVO, REDUÇÃO, EMISSÃO, GAS CARBONICO, COMBATE, EFEITO ESTUFA.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - Pronuncia o seguinte discurso. RR. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente. V. Exª estava ao nosso lado, e a nossa chamada é rápida. Eu tinha um professor de Matemática que gostava de chamar rápido, para a pessoa ficar atenta. Dentro dessa chamada, nós nos posicionamos aqui.

    Daqui a pouco, vai falar a nossa Senadora Simone Tebet. É uma honra tê-la conosco!

    Srªs e Srs. Senadores, Sr. Presidente, nem tudo é ruim neste País. Este País é um país de futuro, é um país em que podemos acreditar.

    Sem dúvida, o pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff na ONU foi diferenciado. No dia 27 de setembro, a Presidente Dilma Rousseff nos encheu de orgulho e de esperança ao anunciar, em primeira mão, a INDC do Brasil de 43% para a redução de emissões de gases do efeito estufa até o ano de 2030, em pronunciamento na Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York. Talvez, alguns não estejam familiarizados com essa sigla. INDC, trocando em miúdos, é uma cifra percentual que indica o tamanho do compromisso do nosso País com o meio ambiente e com o futuro do nosso Planeta.

    Em dezembro, em Paris, haverá a Conferência Mundial do Clima, que promete ser uma das maiores desde a reunião de Copenhague, em 2009. Representantes de 95 governos deverão apresentar, nessa ocasião, as intenções e estratégias de seus países para conter o aquecimento global, ou seja, as suas respectivas INDCs.

    O que se buscará nesse encontro, Sr. Presidente, é um consenso, uma espécie, Senadora Simone, de pacto mundial para a contenção de emissões de gases que vêm causando enormes desequilíbrios climáticos, com secas terríveis em algumas regiões, com inundações em outras e, inclusive, com o aumento do nível dos mares, colocando em risco diversas cidades e milhares de vidas.

    Senador Perrella, a meta brasileira é ousada, a mais alta entre as apresentadas pelos demais países até o momento, inclusive entre as grandes economias emergentes. Está baseada em uma série de decisões de suma importância a serem postas em prática em todo o País, com o objetivo de manter o teto de aumento de 2 graus Celsius na temperatura global, recomendado pelo Painel de Mudança do Clima, para os próximos anos. Se nós não alcançarmos esse objetivo e continuarmos a esquentar a Terra ao ritmo de hoje, diversos ecossistemas poderão simplesmente entrar em colapso, com consequências gravíssimas, Sr. Presidente, para a saúde do Planeta.

    Dentro e fora do Brasil, há uma grande expectativa quanto à contribuição de nosso País para evitar um iminente desastre ambiental, e a Presidente Dilma Rousseff divulgou, na ONU, que caminhos vamos seguir.

    Em primeiro lugar, trabalharemos pelo fim do desmatamento ilegal, para evitar as consequências nefastas dessa prática, tais como a degradação de mananciais, o assoreamento de rios e de lagos, a redução do regime de chuvas e da umidade relativa do ar e a desertificação, entre outras. Também promoveremos o reflorestamento de 12 milhões de hectares, a recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e a integração de 5 milhões de hectares de lavoura-pecuária-florestas, como a Presidente bem anunciou em seu pronunciamento.

    Os esforços para alcançar o percentual da INDC proposto para o País também incluem o aumento da participação de fontes de energia renováveis em nossa matriz energética nacional, além de melhoria na eficiência energética geral do sistema.

    A defesa do meio ambiente sempre foi uma de minhas mais caras bandeiras, além de ser um tema importantíssimo para Roraima, por sua localização geográfica em meio à Floresta Amazônica e por todas as riquezas naturais que suas fronteiras compreendem.

    Quero manifestar, nesta oportunidade, meu total apoio à meta divulgada pela Presidente Dilma Rousseff e às ações propostas para alcançá-la.

    A Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (FEMARH), entre outras entidades ambientais do nosso Estado, está a postos para ajudar o Governo Federal nessa empreitada.

    Portanto, Sr. Presidente, nesta tarde, nesta tribuna, queríamos fazer esse destaque sobre esse importante pronunciamento feito pela Presidente Dilma, anunciando suas metas e suas ações, o que ali foi muito bem aceito, muito bem colocado, contribuindo, sem dúvida, para o equilíbrio, para que se evite este sistema em que estamos vivendo hoje. O ecossistema está abalado. As temperaturas estão altíssimas em um canto, há seca em outros cantos, há chuvas e enchentes em outros lugares. Então, é preciso que voltemos a esse equilíbrio.

    Sem dúvida, o Governo brasileiro, na pessoa da Presidente Dilma, na ONU, manifestou-se de forma positiva. Ela foi extremamente aplaudida. Foi a mais aplaudida. É preciso a gente dizer isso. Acostumou-se a só jogar pedra na Presidente Dilma, esquecendo-se de que, fora do Brasil, ela recebeu essa massa de aplausos em função desse compromisso com todas as nações mundiais.

    Era o que tinha a registrar.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 07/10/2015 - Página 243