Discurso durante a 188ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro do transcurso de 12 anos da criação do programa Bolsa Família.

Autor
Paulo Rocha (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
Nome completo: Paulo Roberto Galvão da Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA SOCIAL:
  • Registro do transcurso de 12 anos da criação do programa Bolsa Família.
Publicação
Publicação no DSF de 23/10/2015 - Página 136
Assunto
Outros > POLITICA SOCIAL
Indexação
  • REGISTRO, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO, PROGRAMA DE GOVERNO, BOLSA FAMILIA, AUTORIA, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, IMPORTANCIA, INCLUSÃO SOCIAL, REDUÇÃO, MORTALIDADE INFANTIL, TRABALHO INFANTIL, FOME, DESIGUALDADE SOCIAL, AUMENTO, RETORNO, PERMANENCIA, CRIANÇA, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, CRIAÇÃO, EMPREGO, FORTIFICAÇÃO, ECONOMIA, REGIÃO.

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Apoio Governo/PT - PA. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidenta.

    Hoje, eu queria falar sobre o Bolsa Família. São 12 anos de um programa de inclusão social do nosso País.

    O Programa Bolsa Família, instituído no Brasil no governo do Presidente Lula, completa hoje 12 anos. E, no decorrer desse período, o Bolsa Família já alcançou mais de 14 milhões de lares promovendo a maior inclusão social da população menos favorecida.

    Além da inclusão social dos menos favorecidos, incluímos ainda como desdobramentos do Bolsa Família a redução da mortalidade infantil, a diminuição da exploração da mão de obra de crianças e adolescentes, o retorno de milhões de crianças às salas de aula, a geração de empregos, o fortalecimento das economias locais, a redução do êxodo escolar e a diminuição das desigualdades sociais.

    Poderia aqui dizer que o nosso objetivo foi alcançado. A taxa de permanência das crianças nas escolas hoje é maior que em todos os períodos de governos anteriores. A conscientização dos pais da importância de manter os filhos na escola só foi possível após a inclusão no programa, quando as crianças deixaram de ser exploradas no trabalho infantil, sendo hoje acompanhadas e protegidas pelo Estado, tendo acesso à educação e à comida.

    Todo mundo sabe que o Bolsa Família pôs comida na mesa de quem era extremamente pobre. É por esse caminho que o Brasil avançou e vai seguir avançando.

    Graças à ação de governo do ex-Presidente Lula e à continuidade no Governo da Presidente Dilma, hoje temos a primeira geração brasileiros sem fome e na escola.

    O Programa Bolsa Família, só neste mês de outubro, vai beneficiar cerca de 14 milhões famílias. Isto significa que o Programa Bolsa Família beneficia diretamente um quarto da população brasileira, sendo mais de 14 milhões de lares, e está presente em todos os Municípios. É um programa de proteção social do tamanho do Brasil, que promoveu a maior inclusão financeira dos pobres em sua história.

    Todos sabem que ninguém consegue sobreviver e manter a sua família somente com o benefício. Por isso, 75% de seus beneficiários estão no mercado de trabalho. O critério para participar do programa é a renda. Assim, mesmo os que têm carteira assinada podem ter direito ao programa, desde que a sua renda esteja no limite estabelecido, promovendo desta forma a reparação das injustiças sociais e gerando maiores oportunidades.

    O Bolsa Família tem na sua gênese incluir e integrar, e ele se transformou na mais ampla forma de acesso a direitos já construída no Brasil para a população mais pobre.

    No Pará, meu Estado, mais de 800 mil famílias são beneficiadas pelo programa. Destas, 91,9% dos titulares dos cartões do Bolsa Família estão nas mãos das mulheres. O total de crianças e adolescentes nas escolas, entre 6 e 17 anos, chega a um milhão de crianças.

    As famílias paraenses acompanhadas na área da saúde chegaram a mais de 800 mil. Hoje, 99% das gestantes estão sendo assistidas e com o pré-natal e todos os exames em dia. E 98% das crianças do Bolsa Família estão com o seu cartão de vacinação regularizado.

    Com isso, o Brasil foi o país que mais diminuiu o número de pessoas subalimentadas no mundo, e nós saímos do Mapa da Fome, da ONU. Não é possível que tenhamos ainda aqueles que desejam o fim do programa. E isso, Srs. Senadores e Srªs Senadoras, se manifesta muitas vezes de forma indireta ou, até mesmo, diretamente.

    Estou certo que este Parlamento vai refletir e chegar à conclusão ponderada de que esse programa não é apenas um programa de governo, mas uma política de Estado que não pode ser prejudicada, pois atende à realidade da defesa do direito humano e da vida.

    Finalmente, parabenizo o nosso Governo por possibilitar que milhares de cidadãos saíssem das estatísticas da miséria e do Mapa da Fome.

    Era o que eu tinha a dizer, Srª Presidenta.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 23/10/2015 - Página 136