A SRª SANDRA BRAGA (PMDB - AM. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, é com grande alegria que comunico à Casa a transcorrência, no próximo sábado, dos 346 anos de fundação da cidade de Manaus, que nasceu em 24 de outubro de 1669, com a fundação do forte de São José do Rio Negro, na confluência dos rios Negro e Solimões.

    Com a maior população da Amazônia, com mais de dois milhões e meio de habitantes, Manaus é, hoje, a sétima cidade mais populosa do Brasil.

    Tendo a sexta economia do Brasil, Manaus nasceu sob a égide do desenvolvimento, produzindo, na segunda metade do século 19, renda e riqueza com a extração da borracha natural que haveria de transformar sua incipiente economia extrativista.

    O desenvolvimento que a cidade experimentou, por conta das exportações de borracha, requeridas pela indústria mundial, está expresso em monumentos históricos como o Teatro Amazonas, a Biblioteca Pública e o Palacete Provincial.

    Vencida a fase áurea da borracha, que durou de 1890 a 1910, mais de meio século depois a cidade receberia seu mais importante e definitivo estímulo econômico, com a criação da Zona Franca de Manaus, em 1967.

    Ao longo dos seus 48 anos de existência, a Zona Franca de Manaus transformou-se em importante instrumento de redução das desigualdades regionais em nosso País, e em fator de expansão econômica e social do Amazonas e da Amazônia.

    Suas dezenas de indústrias, muitas produzindo moderna tecnologia, especialmente na área de informática, empregam mais de 100 mil pessoas, sobretudo jovens amazonenses e brasileiros de vários estados que acorrem a Manaus em busca da oportunidade de emprego.

    Manaus e a Zona Franca produziram o milagre de nascer e crescer no coração da floresta amazônica, conservando e preservando seus recursos naturais.

    Destacam os especialistas o fato de que 98% dos onze milhões e meio de km² da área rural de Manaus estejam intactos, consequência da exitosa experiência de desenvolvimento sustentável.

    É claro, Sr. Presidente, que Manaus tem seus problemas de grande metrópole.

    Sua população aumentou em 800 mil habitantes, em apenas 20 anos, de 1991 a 2010.

    É como se fosse mais uma grande cidade agregada à capital amazonense.

    Apesar de ter o sexto PIB entre as cidades brasileiras, e contribuir com 78% do PIB do Amazonas, Manaus enfrenta deficiências na saúde, na educação, no saneamento, no meio ambiente, no abastecimento d’água, na mobilidade urbana e nos índices de violência, que estão aumentando exponencialmente nos últimos anos.

    A cidade tem um dos menores índices de Desenvolvimento Humano - IDH - de apenas 0,737, o que a coloca na 23ª posição entre as capitais brasileiras, à frente somente de outras quatro capitais.

    Em sua Região Metropolitana, o índice é ainda mais baixo, com 0,720 pontos, o menor resultado entre as 16 principais regiões metropolitanas brasileiras.

    Mas a coragem e a determinação dos manauaras são a garantia de que Manaus vai enfrentar e vencer os desafios do crescimento e oferecer ao seu povo uma vida melhor.

    A futura expansão da Zona Franca até a Região Metropolitana de Manaus reduzirá a pressão sobre a capital e garantirá a interiorização do desenvolvimento.

    Certamente, dias melhores virão.

    Quero, nesta oportunidade, desejar à cidade de Manaus e a todos os seus habitantes^ os melhores votos de parabéns pela transcorrência de mais um ano da longa vida da cidade, augurando um novo tempo para todos.

    Muito obrigada.