Pela ordem durante a 193ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do Estatuto do Desarmamento.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
SEGURANÇA PUBLICA:
  • Defesa do Estatuto do Desarmamento.
Publicação
Publicação no DSF de 29/10/2015 - Página 112
Assunto
Outros > SEGURANÇA PUBLICA
Indexação
  • ELOGIO, ESTATUTO, DESARMAMENTO, MOTIVO, CONTRIBUIÇÃO, REDUÇÃO, VIOLENCIA, COMENTARIO, TENTATIVA, GRUPO, INDUSTRIA, ARMAMENTO, PREJUIZO, CONTROLE, ARMA DE FOGO, DEFESA, NECESSIDADE, CAMPANHA, EDUCAÇÃO, SOCIEDADE, MELHORIA, POLICIAMENTO.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, sobre o tema Estatuto do Desarmamento, é verdade que nós temos de nos mobilizar. Na construção para que chegássemos a este momento, V. Exª foi o comandante em chefe. Aliás, precisamos lhe dever honras nesse processo do Estatuto do Desarmamento.

    O nosso País, Senador Petecão, ainda é muito violento, mas muito mesmo! Mas ele era muito mais violento antes do Estatuto do Desarmamento. Nós não podemos decidir de afogadilho e decidir, Senador Jorge Viana, pelo ódio e pela necessidade de se fazer justiça com as próprias mãos.

    Se o País é violento, ele o era muito mais, matava-se muito mais.

    Postei um vídeo ontem nas redes sociais, dizendo que há um lobby por trás de tudo isso, tentando desconstruir o Estatuto do Desarmamento. Há a indústria do armamento e um grupo de pessoas fazendo coro com isso.

    Para diminuir a violência no País, Senador Jorge, é preciso um conjunto de medidas a serem tomadas, que começa com a família, com a criação dos filhos, com a educação dos filhos, com o fechamento das nossas fronteiras, com o melhoramento das nossas polícias, com a educação da sociedade!

    Ora, nós ficamos mais vulneráveis armados do que desarmados. Há aquela história de que o cidadão de bem tem de estar armado para enfrentar o bandido. Quem é o cidadão de bem? Um homem que trabalha, um homem que tem família, um homem que tem salário e que sustenta bem seus filhos, no fim de semana, vai a um bar para tomar cerveja com seus amigos e continua sendo um homem de bem. Se lá sair uma briga e se ele acabar assassinando alguém, foi um homem de bem que matou alguém. Então, esses argumentos não valem.

    Ontem, postei, nas redes sociais, um vídeo, falando do meu posicionamento contra a destruição do Estatuto do Desarmamento. Nada é tão bom, Senador Jorge, Senador Renan, que absolutamente não precise de reparo. Se o Estatuto precisa de reparo, vamos reparar, mas o reparo é na exceção, e não na regra. Vamos tratar da questão do caseiro que vive no sítio. Penso que há questões a serem melhoradas, mas não podemos destruir o Estatuto.

    Sabem o que aconteceu? Dos milhares de acesso a esse meu vídeo, que passa de três milhões, muita gente entrou para dizer: "Eu admirava o senhor. Não o admiro mais. Eu votei no senhor. Não voto mais. Estou decepcionado." Vocês vão continuar decepcionados. Se deixaram de me admirar, paciência! É porque nunca me admiraram. O exercício do meu mandato tem relação com minha consciência. Não posso fazer aquilo em que não acredito.

    Então, precisamos manter o Estatuto do Desarmamento, porque não é armando a sociedade que vamos diminuir a violência. Nós somos da cultura da paz. Nós somos cristãos e não vamos permitir que a "bancada da bala", que está a serviço de grandes empresas e da indústria do armamento neste País e fora dele, possa transformar o Estatuto num monstrengo ou destruir aquilo que, certamente, foi e deve continuar sendo importante para o País, que é o Estatuto do Desarmamento.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/10/2015 - Página 112