Pronunciamento de Magno Malta em 28/10/2015
Pela ordem durante a 193ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Defesa do Estatuto do Desarmamento.
- Autor
- Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Pela ordem
- Resumo por assunto
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SEGURANÇA PUBLICA:
- Defesa do Estatuto do Desarmamento.
- Publicação
- Publicação no DSF de 29/10/2015 - Página 112
- Assunto
- Outros > SEGURANÇA PUBLICA
- Indexação
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- ELOGIO, ESTATUTO, DESARMAMENTO, MOTIVO, CONTRIBUIÇÃO, REDUÇÃO, VIOLENCIA, COMENTARIO, TENTATIVA, GRUPO, INDUSTRIA, ARMAMENTO, PREJUIZO, CONTROLE, ARMA DE FOGO, DEFESA, NECESSIDADE, CAMPANHA, EDUCAÇÃO, SOCIEDADE, MELHORIA, POLICIAMENTO.
O SR. MAGNO MALTA (Bloco União e Força/PR - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, sobre o tema Estatuto do Desarmamento, é verdade que nós temos de nos mobilizar. Na construção para que chegássemos a este momento, V. Exª foi o comandante em chefe. Aliás, precisamos lhe dever honras nesse processo do Estatuto do Desarmamento.
O nosso País, Senador Petecão, ainda é muito violento, mas muito mesmo! Mas ele era muito mais violento antes do Estatuto do Desarmamento. Nós não podemos decidir de afogadilho e decidir, Senador Jorge Viana, pelo ódio e pela necessidade de se fazer justiça com as próprias mãos.
Se o País é violento, ele o era muito mais, matava-se muito mais.
Postei um vídeo ontem nas redes sociais, dizendo que há um lobby por trás de tudo isso, tentando desconstruir o Estatuto do Desarmamento. Há a indústria do armamento e um grupo de pessoas fazendo coro com isso.
Para diminuir a violência no País, Senador Jorge, é preciso um conjunto de medidas a serem tomadas, que começa com a família, com a criação dos filhos, com a educação dos filhos, com o fechamento das nossas fronteiras, com o melhoramento das nossas polícias, com a educação da sociedade!
Ora, nós ficamos mais vulneráveis armados do que desarmados. Há aquela história de que o cidadão de bem tem de estar armado para enfrentar o bandido. Quem é o cidadão de bem? Um homem que trabalha, um homem que tem família, um homem que tem salário e que sustenta bem seus filhos, no fim de semana, vai a um bar para tomar cerveja com seus amigos e continua sendo um homem de bem. Se lá sair uma briga e se ele acabar assassinando alguém, foi um homem de bem que matou alguém. Então, esses argumentos não valem.
Ontem, postei, nas redes sociais, um vídeo, falando do meu posicionamento contra a destruição do Estatuto do Desarmamento. Nada é tão bom, Senador Jorge, Senador Renan, que absolutamente não precise de reparo. Se o Estatuto precisa de reparo, vamos reparar, mas o reparo é na exceção, e não na regra. Vamos tratar da questão do caseiro que vive no sítio. Penso que há questões a serem melhoradas, mas não podemos destruir o Estatuto.
Sabem o que aconteceu? Dos milhares de acesso a esse meu vídeo, que passa de três milhões, muita gente entrou para dizer: "Eu admirava o senhor. Não o admiro mais. Eu votei no senhor. Não voto mais. Estou decepcionado." Vocês vão continuar decepcionados. Se deixaram de me admirar, paciência! É porque nunca me admiraram. O exercício do meu mandato tem relação com minha consciência. Não posso fazer aquilo em que não acredito.
Então, precisamos manter o Estatuto do Desarmamento, porque não é armando a sociedade que vamos diminuir a violência. Nós somos da cultura da paz. Nós somos cristãos e não vamos permitir que a "bancada da bala", que está a serviço de grandes empresas e da indústria do armamento neste País e fora dele, possa transformar o Estatuto num monstrengo ou destruir aquilo que, certamente, foi e deve continuar sendo importante para o País, que é o Estatuto do Desarmamento.