Pela ordem durante a 193ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à instabilidade no fornecimento de nafta para a indústria química nacional por culpa de má gestão do Governo Federal.

Autor
Cássio Cunha Lima (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/PB)
Nome completo: Cássio Rodrigues da Cunha Lima
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela ordem
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Críticas à instabilidade no fornecimento de nafta para a indústria química nacional por culpa de má gestão do Governo Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 29/10/2015 - Página 121
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • CRITICA, TENTATIVA, GOVERNO FEDERAL, TRANSFERENCIA, OPOSIÇÃO, RESPONSABILIDADE, SITUAÇÃO, ECONOMIA, DIREÇÃO, POLITICAS PUBLICAS, PAIS, ENFASE, INDUSTRIA QUIMICA, NAFTA, IMPORTANCIA, PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB), BRASIL, ESTADO DA BAHIA (BA), RIO GRANDE DO SUL (RS), ESTADO DE ALAGOAS (AL), COMENTARIO, COMPETENCIA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), FORNECIMENTO, PRODUTO, MERCADO INTERNO, POSSIBILIDADE, ENCERRAMENTO, FUNCIONAMENTO, GRUPO, FABRICA, MOTIVO, AUSENCIA, MATERIA-PRIMA, RESULTADO, PREJUIZO, ECONOMIA NACIONAL, CULPA, INCOMPETENCIA, PLANEJAMENTO, EXECUTIVO.

    O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Oposição/PSDB - PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, tem sido um ato do Governo tentar transferir responsabilidades para a oposição naquilo que nós não temos absolutamente nenhum tipo de controle e de responsabilidade, que é a gestão da economia e a condução das políticas públicas do Brasil.

    O Governo não se cansa de criar um ambiente de instabilidade para os investimentos, para a proteção do emprego - em breve, votaremos uma medida provisória que versa sobre esse tema. E a capacidade do Governo de produzir pedaladas é inesgotável.

    Eu venho a este plenário, chamando a atenção, sobretudo, dos representantes dos Estados da Bahia, do Rio Grande do Sul, da própria Alagoas, onde a indústria química e petroquímica tem um papel decisivo na realidade econômica desses Estados, para a mais nova pedalada do Governo Federal: a pedalada do Nafta. Como todos sabem, o Nafta é a matéria-prima fundamental para a indústria petroquímica e para a indústria química também.

    Esse segmento econômico representa 10% do nosso PIB, e as nossas fábricas estão em vias de encerrar suas atividades por uma coisa inacreditável: por falta de matéria-prima, diante da ausência da estabilidade de contratos.

    Pela quarta vez consecutiva, o Governo Federal, através da Petrobras, que é, desde o surgimento desse segmento econômico no País, quem fornece o Nafta para a produção nacional, vem firmando contratos, Senadora Lídice, provisórios. Não há uma projeção de longo prazo de garantia do fornecimento da matéria-prima, o que acarreta, de cara, uma instabilidade para se realizar investimentos. Qual investidor poderá apostar em um país que não assegura sequer o fornecimento de matéria-prima de uma indústria de base, que pode parar? E para a indústria petroquímica para o restante dos segmentos industriais. É preciso que tenhamos uma reação porque, logo adiante, o Governo vai dizer que é culpa da oposição.

    É preciso que o Governo adote providências para que esses contratos sejam renovados, para que se garanta estabilidade nos empregos, para que se possam atrair investimentos e retirar a situação brasileira desse quadro caótico em que estamos vivendo. Essa instabilidade provocada pelo próprio Governo só aprofunda as dificuldades econômicas do País.

(Soa a campainha.)

    O SR. CÁSSIO CUNHA LIMA (Bloco Oposição/PSDB - PB) - Não é possível mais que o nosso País fique refém de toda essa incapacidade e incompetência de planejamento. Então, que possamos chamar a atenção do Senado Federal para essa pedalada.

    Concluo, Sr. Presidente, mostrando que aqui tivemos capacidade de negociar, de encontrar soluções para a indústria eletrointensiva. Repete-se o mesmo problema. Parece que a sensação que fica é esta: você resolve um problema hoje no Congresso, amanhã o Governo cria outra dificuldade; o Congresso ajuda na solução de um problema, e, no dia seguinte, o Governo cria outra dificuldade. Então, que possamos trazer o mínimo de confiança, o mínimo de estabilidade para uma indústria tão importante, renovando longo prazo esses contratos, porque, do contrário, nós estaremos decretando o fim de uma atividade econômica importante para o País, para vários Estados da Federação e, consequentemente, aprofundando o drama do desemprego no Brasil.

    Era isso que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 29/10/2015 - Página 121