Discurso durante a 194ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão Especial destinada à entrega do Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico.

Autor
Antonio Carlos Valadares (PSB - Partido Socialista Brasileiro/SE)
Nome completo: Antonio Carlos Valadares
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão Especial destinada à entrega do Prêmio Jornalista Roberto Marinho de Mérito Jornalístico.
Publicação
Publicação no DSF de 03/11/2015 - Página 37
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • SESSÃO ESPECIAL, ENTREGA, CONCESSÃO HONORIFICA, PREMIO, HOMENAGEM, JORNALISTA, ROBERTO MARINHO, MERITO, JORNALISMO, RECONHECIMENTO, PESSOAS, CONTRIBUIÇÃO, EFICIENCIA, ANALISE, IMPRENSA, RELAÇÃO, POLITICA.

    O SR. ANTONIO CARLOS VALADARES (Bloco Socialismo e Democracia/PSB - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente Renan Calheiros; Sr. Presidente José Sarney, querido amigo, que está deixando realmente muita saudade; Presidente do Conselho do Prêmio Jornalista Roberto Marinho, querido Senador Cristovam Buarque; Senador Albano Franco, nosso prezado conterrâneo e também Diretor-Presidente da TV Sergipe.

    Eu queria homenagear os agraciados Diógenes Brayner, Berenice Seara, Gerson Camarotti e Roberto Marinho - in memoriam - fazendo uma homenagem à imprensa brasileira, pois o prêmio que os agraciados em referência estão recebendo simboliza, sem dúvida alguma, a força que tem o jornalismo para a valorização da democracia em qualquer país.

    Uma imprensa livre e independente, sem mordaça de qualquer espécie, atuando para bem informar os seus leitores, os seus ouvintes, é uma imprensa que contribui para a consolidação da democracia.

    E aqui em nosso País, no momento tão dramático em que estamos vivendo, a imprensa tem este papel de levar, sem preconceitos, sem qualquer laivo de perseguição, com acurácia, com ética e decência, a verdade existente em todos os escalões da nossa República, porque uma República só é forte e tem o respeito da sociedade quando age de forma transparente. E a imprensa, com a sua autonomia, faz com que aqueles que se julgam os donos do poder se rendam à verdade que tem que ser levada a qualquer custo, doa a quem doer, para o conhecimento da sociedade.

    George Orwell já dizia o seguinte: "Jornalismo é escrever aquilo que alguém não quer que se publique, porque o resto é publicidade." Se nós, numa democracia como essa do Brasil, que está ainda em formação, não temos uma democracia ainda totalmente consolidada, não temos em nosso favor uma imprensa para avaliar, com a sua ética científica e técnica, o que deve ser publicado, a nossa democracia levaria ainda muitos anos para obter essa consolidação.

    Por esse motivo é que, quando estamos homenageando jornalistas que obtiveram o respeito da sociedade em profissão tão nobilitante que exercem, estamos, sem dúvida alguma, procurando valorizar aqueles que agem desse jeito que estou falando, para que a nossa democracia, cada vez mais, se fortaleça.

    E eu posso falar em alto e bom som sobre a seriedade do jornalismo sergipano, falando de Diógenes Brayner, que é um jornalista que, diariamente, escreve uma coluna muito apreciada pelo meio político do nosso Estado. Não conheço um político que não leia diariamente a coluna de Diógenes Brayner, em que traz uma análise perfeita e realística, como também atual, de tudo aquilo que acontece em Sergipe e no Brasil, de forma independente, sem nenhum intuito de agradar ou desagradar ninguém, mas com o objetivo puro e exclusivo de trazer a boa informação, contribuindo, assim, para uma opinião pública bem formada.

    Por isso, queria dar, com essas palavras singelas, o meu depoimento a respeito deste jornalista que conheço pessoalmente e que foi elogiado, de forma merecida, pelo nosso colega, o Senador Amorim - elogios merecidos por tudo o que ele representa na imprensa de Sergipe, que é uma imprensa, que, a cada dia, ganha o respeito não só do Nordeste, como de todo o Brasil, pela verdade que traz à tona, doa a quem doer.

    Por essa razão, eu quero reconhecer o valor de Diógenes Brayner, assim como o de Berenice Seara, de Gerson Camarotti e do saudoso Roberto Marinho, que deixou, sem dúvida alguma, história no nosso Brasil, de como se deve fazer jornalismo voltado para a boa informação, para o entretenimento, para o esporte e para o lazer, uma imprensa capaz de transformar o Brasil numa das nações mais democráticas do mundo.

    Agradeço V. Exª, Sr. Presidente. (Palmas.)


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/11/2015 - Página 37