A SRª PRESIDENTE (Ana Amélia. Bloco Democracia Progressista/PP-RS) - Meus cumprimentos à Dra. Angelita Herrmann, Coordenadora Nacional de Saúde do Homem, da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

     Muito falamos aqui sobre a necessidade de prevenção e de que esse é um problema de todos. Claro, é um problema da sociedade, mas cada um deve ter a consciência de fazer o seu exame, a sua prevenção.

     Vejam a importância de uma audiência como esta -- e aqui vai um alerta ao Ministério da Saúde e à Secretaria da Saúde. Recebi uma ligação, em meu gabinete, pelo WhatsApp, de um aposentado do serviço público, o Sr. José Lopes Martins, de Betim, Minas Gerais -- Sr. José Lopes Martins, muito obrigada pela sua ligação!

     Vejam o que ele informou ao gabinete -- ele está assistindo esta audiência: há 18 anos, ele tenta marcar o exame da próstata pela rede pública e não consegue. Ele concluiu que não adianta fazermos esse chamamento às pessoas para que realizem o exame de próstata, com o toque, se, há 18 anos, em Betim, ele está tentando ser atendido pela rede pública de saúde.

     Cara Dra. Angelita, precisamos verificar o que está acontecendo. Não é possível isso. Não é possível! É uma coisa tão singela esse atendimento.

     Nós chamamos a atenção das autoridades de saúde pública do Estado de Minas Gerais, do Município de Betim, para o fato de que o Sr. José Lopes Martins, servidor público aposentado, há 18 anos tenta fazer um exame de próstata na rede pública e não consegue.

     Ficamos tristes e preocupados com isso. Se a rede pública não disponibiliza esse atendimento, esse exame, de fato, o nosso trabalho perde um pouco a sua eficácia e a sua relevância.

     Espero que as autoridades de Minas Gerais, juntamente com a Dra. Angelita, tomem providências. Esse não é um caso isolado. Verifiquem se há urologistas disponíveis para realizarem esse atendimento à população, que dele tanto precisa.

     Lamentavelmente, nas áreas mais carentes, a situação da população brasileira é mais grave, no que diz respeito a doenças, devido à falta de condições de atendimento. No caso das mulheres, o problema é a mamografia;

no caso dos homens, é a visita ao urologista.

     Dra. Angelita, contamos com o seu apoio. E, mais uma vez, chamamos a atenção das autoridades da área de saúde pública do Município de Betim, em Minas Gerais, e também do Governo do Estado. Talvez não seja único o caso do Sr. José Lopes Martins, um servidor público aposentado que há 18 anos, segundo ele diz, tenta

marcar o exame na rede pública e não consegue. São esses os problemas que existem.

     Quero agradecer aos visitantes que nos dão o prazer de vê-los acompanhar esta audiência pública, que homenageia o Instituto Lado a Lado pela Vida, cuja Presidente, Sra. Marlene Oliveira, já mostrou aqui a relevância da prevenção do câncer de próstata, no Novembro Azul. Estão aqui muitos jovens de todas as idades.

É preciso cuidado. Os que são do grupo de risco, porque houve casos na família, a partir dos 45 anos, devem fazer o exame. A partir dos 50 anos, então, ele é uma necessidade!

     Eu agradeço a todos os convidados que compareceram à nossa cerimônia, a esta sessão especial. E renovo os agradecimentos também ao Presidente do Senado Federal. Falamos aqui sobre o mal de Alzheimer e o câncer de mama, mas a Dra. Angelita também fez referência às doenças cardiovasculares. Essas, sim, são insidiosas. Essas são graves!

     No dia 28 de outubro, recebi telefonema de um neurologista, o Dr. Octávio Marques Pontes Neto, da USP de Ribeirão Preto. Como fui-me envolvendo com o Outubro Rosa e o Novembro Azul, também fui demandada por especialistas, na Medicina, em câncer de intestino, câncer de reto, enfim todos. Os números de casos dessas doenças estão aumentando, em função da mudança de hábitos alimentares, do estresse da vida corrida nas grandes cidades.

     Em visita que fiz ao ICESP -- Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, que é uma grande referência na área do tratamento de câncer, o Dr. Paulo Hoff disse-me que já está identificando um aumento nos casos de câncer de intestino.

     O Dr. Octávio Pontes Neto, neurologista, pediu-me que, no Brasil, o Ministério da Saúde -- apresento agora, publicamente, essa demanda à Dra. Angelita -- institucionalizasse o dia 29 de outubro, que é o Dia Mundial de Combate ao AVC. E me passou uma informação muito relevante: é preciso que um especialista identifique

os sintomas do AVC, que, às vezes, é uma dor de cabeça, é um problema repentino e momentâneo na fala ou é uma tontura. Há quatro ou cinco sintomas que identificam o AVC. Se o paciente é tratado adequadamente, ou seja, se o procedimento cirúrgico é feito na hora, ele não fica com nenhuma sequela. No Brasil, existem 40 instituições habilitadas a fazer a intervenção imediata, para essa cura. E fico feliz, como gaúcha, em dizer que, dessas 40 unidades, dez estão no Rio Grande do Sul -- dez! Conforme informação que recebi, isso ocorreu porque a Dra. Shirley -- não a conheço ainda -- teve o grande protagonismo de levar essas instituições a fazerem esses exames.

     Eu encaminho esse pedido também à Dra. Angelita, para que, junto com o Instituto Lado a Lado pela Vida, trabalhe para que o dia 29 de outubro de todos os anos seja lembrado como Dia Mundial de Combate ao AVC -- Acidente Vascular Cerebral, que, na categoria dos óbitos, é o que mais mata em nosso País e no mundo!

     Agradeço a todos os que nos deram a honra de contar com suas presenças nesta sessão de homenagem.

     Renovo os nossos agradecimentos ao Presidente do Senado Federal, Senador Renan Calheiros, e a toda a Mesa Diretora; a todos os servidores do Senado, pelo apoio; ao Departamento de Relações Públicas do Senado Federal, cujo apoio é também extremamente relevante; a todos vocês; e, em particular, à nossa homenageada, a Sra. Marlene Oliveira, que lidera o Instituto Lado a Lado pela Vida, e à Dra. Angelita Herrmann, Coordenadora Nacional de Saúde do Homem, da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde.

     A todos, muito obrigada pela presença.

     Vamos continuar prevenindo, porque prevenir é o melhor remédio!

     Muito obrigada.