Pela Liderança durante a 205ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Registro da trajetória empreendedora da Família do Sr.Samir Maluf no Estado do Mato Grosso; e outros assuntos.

Autor
Wellington Fagundes (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
CALAMIDADE:
  • Registro da trajetória empreendedora da Família do Sr.Samir Maluf no Estado do Mato Grosso; e outros assuntos.
HOMENAGEM:
HOMENAGEM:
Publicação
Publicação no DSF de 17/11/2015 - Página 67
Assuntos
Outros > CALAMIDADE
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, GRAVIDADE, SITUAÇÃO, MUNICIPIO, MARIANA (MG), ESTADO DE MINAS GERAIS (MG), MOTIVO, ROMPIMENTO, BARRAGEM, CONTENÇÃO, PROPRIEDADE, EMPRESA PRIVADA, EXPLORAÇÃO, MINERIO, REGIÃO, ENFASE, DESTRUIÇÃO, MEIO AMBIENTE, ECOSSISTEMA, CIDADE, MARGEM, RIO DOCE (MG), SOLICITAÇÃO, APURAÇÃO, CIRCUNSTANCIAS, FATO, APOIO, PUNIÇÃO, AUTOR, ACIDENTE.
  • HOMENAGEM, FAMILIA, EMPRESARIO, ESTABELECIMENTO COMERCIAL, VENDA, VESTUARIO, PRODUTOR RURAL, VITICULTOR, CONSTRUTOR, PREDIO URBANO, ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ENFASE, IMPORTANCIA, ENTIDADE FAMILIAR, DESENVOLVIMENTO, ENTE FEDERADO.
  • HOMENAGEM POSTUMA, EMPRESARIO, MEMBROS, MAÇONARIA, RONDONOPOLIS (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT), ELOGIO, VIDA PUBLICA, PESAMES, FAMILIA.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco União e Força/PR - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, sem dúvida alguma o momento é bastante conturbado, não apenas pelo terror que tomou conta das ruas de Paris no final de semana. Ao mesmo tempo que acompanhamos as notícias sobre os atentados, nos preocupa também a opressão dos povos no Oriente que tem levado famílias inteiras a saírem pelo mundo em busca de refúgio, o avanço brutal da intolerância, como, lastimavelmente, as guerras étnicas na África, envolvendo pessoas indefesas. Com isso, vemos o crescimento das ameaças e o medo se espalharem em nosso Planeta.

    Mas também aqui estamos vivendo na esteira dessas grandes tragédias. Esse fato ocorrido em Mariana, em Minas Gerais, exige medidas concretas para que o dano ambiental não varra do mapa a biodiversidade de boa parte de nosso País. E há ainda, para complicar, essa crise econômica que assola nossa Nação. Portanto, é um momento difícil.

    Mas, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, ocupo esta tribuna para prestar aqui homenagens a uma família muito tradicional do meu Estado, Mato Grosso, a um ramo da família Maluf que tem uma história muito bonita de luta, de superação, de visão e também de empreendedorismo. Essa história começou em 1954, quando o então jovem Samir Maluf deixou a plantação de uvas para produção de vinho lá no Líbano e veio aqui para o Brasil em busca de dias melhores.

    Inquieto com as mudanças políticas que se sucediam na região após anos de conflitos, Samir cruzou o oceano sem imaginar, conforme ele mesmo relata, o que estava esperando, sem imaginar o que o destino lhe reservava. Com apenas US$100 no bolso e com a ajuda de um tio, o Seu Samir Maluf, como é chamado, iniciou sua atuação com uma pequena lanchonete em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, onde inclusive fiz também meu segundo grau e a universidade, na Universidade Federal do Mato Grosso Sul.

    Com um ano apenas depois, Seu Samir conseguiu economizar o suficiente e partir para Cuiabá, onde montou uma pequena loja de venda de confecções, seguindo uma tradição libanesa na cidade.

    O negócio prosperou e não parou mais. De 1965 a 1991, a família instalou sete empresas na cidade nas mais variadas atividades: eletrodomésticos, móveis, material de construção e até concessionária de veículos.

    O interessante, Sr. Presidente, é que, em 1970, a família construiu o primeiro empreendimento de destaque na cidade, com sete mil metros quadrados e com 24 apartamentos. Mal sabia ele que plantava ali a marca dos grandes empreendimentos imobiliários no nosso Estado.

    Com liderança e com notabilidade empresarial, os filhos Marcos e Marcelo Maluf, então, implantaram a construtora São Benedito, nome do santo protetor da cidade de Cuiabá. Eles são de origem libanesa, mas fazem questão de ressaltar que são cuiabanos.

    Em tempos de dificuldades e de crises, como as que estamos enfrentando, permitam-me, senhoras e senhores, ressaltar aqui os feitos e o empreendedorismo dessa família, que tem na construção civil a notabilidade, mas que conta, em suas gerações posteriores a de Samir, com profissionais renomados em diversas áreas, especialmente na culinária, na medicina, na administração e, é claro, na arquitetura e na engenharia.

    Nessa trilha da construção civil, a família Maluf atingiu este ano 800 mil metros quadrados de área construída em seus empreendimentos verticais, que ajudaram a mudar o cenário da histórica Cuiabá, de Várzea Grande e, inclusive, da minha cidade no interior, a cidade de Rondonópolis. Tornou sólida sua contribuição na urbanização imobiliária residencial e comercial da cidade de Cuiabá, com um saldo de aproximadamente cinco mil moradias de alto padrão em 48 torres construídas.

    Hoje, eles mantêm outros 12 grandes empreendimentos. Quantos empregos gerados e quantas oportunidades criadas!

    Falo aqui, então, Sr. Presidente, dessa família, porque, assim como os gaúchos, os nordestinos, os baianos como meus pais, os mineiros, os paulistas, entre tantos outros povos, ajudaram e ajudam na construção de Mato Grosso. Ajudam esse Estado a ser grande não apenas nas dimensões, como também, principalmente, na economia, na geração de oportunidades e no desenvolvimento social.

    Particularmente, hoje é um dia muito especial para essa família, porque ela está inaugurando um enorme complexo de multiuso. É considerado um dos maiores centros de consumo, de entretenimento e de convivência de Mato Grosso, localizado ao lado do Aeroporto Marechal Rondon, na região metropolitana de Cuiabá, na cidade de Várzea Grande. São 102.560 metros quadrados de área, onde estará o primeiro centro de convenção da cidade, que é a segunda maior do Estado de Mato Grosso em população.

    Então, com essa marca, gostaria de cumprimentar os primogênitos do Sr. Samir, Marcos Antônio e Marcelo Maluf, que, como o pai, seguem a trilha do empreendedorismo, tão importante para o nosso País, em que procuram agregar valor, identificando as oportunidades e transformando-as em um negócio que gera benefícios coletivos.

    Quero aqui também me referir ao companheiro Deputado Guilherme Maluf, que é, inclusive, Presidente atual da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Afinal, estamos falando nada mais nada menos do que 1,5 mil pessoas empregadas de forma permanente, fora os trabalhadores temporários, em seus vários canteiros de obras, tudo com muito respeito e com garantias sociais.

    Eu gostaria ainda de parabenizar os que acreditaram nesse empreendimento: a Saga Malls, que é uma das maiores empreendedoras em shopping centers da Região Centro-Oeste, o grupo GSM e o grupo AS, que completam o grupo de empreendedores.

    Ao mesmo tempo, quero congratular-me com Várzea Grande, cidade do ex-Governador Jayme Campos, que também foi Senador da República, a quem tenho a honra aqui de suceder. A cidade merecia um empreendimento como esse. Acima de tudo, além de propiciar a valorização da cidade, isso ajudará a aumentar ainda mais a autoestima de seus cidadãos. Várzea Grande é uma cidade histórica, fundada em 1867, que vem passando também por um momento muito conturbado, com muitas dificuldades de infraestrutura e com queixas da população.

    As obras da Copa pretendiam deixar um legado de grande modernidade, mas, infelizmente, muitas delas ainda não foram concluídas, inclusive o nosso aeroporto Marechal Rondon. Lutamos tanto para fazer um convênio com a Infraero, com Governo do Estado. Esse convênio foi feito, mas, infelizmente, a obra não foi concluída. Hoje, o aeroporto de Várzea Grande, temos tristeza em dizer, é o pior aeroporto avaliado pela CNT em vários quesitos. A pior nota hoje, infelizmente, é a do aeroporto de Várzea Grande, que ocupa uma área de 750 hectares, cravada no centro da cidade de Várzea Grande. É um aeroporto estratégico, situado no centro do Brasil, no centro da América do Sul, que poderia perfeitamente ser um aeroporto hub para fazer a interligação principalmente no nosso Mercosul. Mas estamos trabalhando aqui no sentido de vermos urgentemente essas obras concluídas.

    E que possamos, concluindo esse convênio, projetar outras obras, porque a própria Infraero já tem um projeto, um plano diretor de construir outra pista com um novo terminal, para atender à demanda e ao crescimento, pois hoje, todos sabem, Mato Grosso é o Estado que mais cresce e que, nestes próximos anos, com certeza, continuará crescendo. Mesmo agora na crise, o Estado de Mato Grosso continua crescendo.

    Sr. Presidente, quero abordar outro assunto rapidamente, muito mais consternado, porque tenho de comunicar o falecimento de um amigo, de um companheiro. Nesse fim de semana, ele acabou perdendo a sua vida.

    Quero aqui falar do meu amigo que acabou falecendo de forma precoce, com apenas 68 anos, o companheiro Ricardo Leão Cambraia, que foi vítima de complicações devido a um câncer no fígado.

    Ele tinha duas filhas, Luciana e Ana Paula Carvalho. Cambraia deixou três netos. Ele era casado com D. Maria de Fátima.

    Mineiro de Oliveira, Ricardo chegou a Rondonópolis no ano de 1974. Engenheiro civil, foi Secretário de Obras na gestão do Prefeito Cândido Borges Leal Júnior, o Candinho, e responsável pelas primeiras obras de asfalto no centro da nossa cidade.

    Também atuou como Diretor Técnico da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), na gestão do ex-Prefeito Walter Ulysséia, também já falecido.

    Era membro da Loja Maçônica Marechal Rondon, foi Presidente do União Esporte Clube, um dos fundadores e Presidente do Caiçara Tênis Clube e membro também do Rotary Club.

    Ricardo Cambraia ocupou cargos importantes na administração estadual. Em 1983, fez parte do governo de Júlio Campos, sendo Presidente da extinta Companhia de Mineração de Mato Grosso e também Gerente-Geral da antiga Sanemat. Em 1986, foi candidato ao Senado Federal pelo PFL, mas não foi eleito.

    Na iniciativa privada, foi o pioneiro no lançamento de vários loteamentos na nossa cidade.

    Com isso, então, aqui registro o passamento desse meu companheiro, que foi também muito importante na minha primeira campanha e na segunda campanha, delas participando, ajudando a coordená-las.

    Então, se hoje estou aqui, depois de seis mandatos como Deputado Federal e no primeiro mandato como Senador da República, também devo muito ao trabalho, ao apoio, ao voto da família do meu amigo Ricardo Cambraia.

    Fica aqui, em meu nome, em nome da minha esposa, Mariene, e dos meus filhos, João Antônio e Diógenes, da minha família toda, dos nossos amigos, os nossos sentimentos.

    Tenho a certeza de que ele deixou um grande legado, uma grande história, principalmente a de ser um homem correto.

    Para a sua família, em nome da D. Fátima, quero deixar aqui nossas condolências.

    Tenho a certeza de que Rondonópolis perdeu muito, porque perdeu, além de um lutador, um empreendedor para a nossa cidade.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/11/2015 - Página 67