Pela Liderança durante a 197ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Registro de reunião ocorrida para discutir a criação da universidade federal da cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso; e outros assuntos.

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Autor
Wellington Fagundes (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Wellington Antonio Fagundes
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
EDUCAÇÃO:
  • Registro de reunião ocorrida para discutir a criação da universidade federal da cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso; e outros assuntos.
HOMENAGEM:
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TRANSPORTE:
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Publicação
Publicação no DSF de 05/11/2015 - Página 304
Assuntos
Outros > EDUCAÇÃO
Outros > HOMENAGEM
Outros > TRANSPORTE
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, REUNIÃO, PARTICIPAÇÃO, ORADOR, REITOR, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT), PRO REITOR, CAMPUS UNIVERSITARIO, OBJETIVO, DEBATE, ASSUNTO, CRIAÇÃO, UNIVERSIDADE FEDERAL, LOCAL, RONDONOPOLIS (MT), ESTADO DE MATO GROSSO (MT).
  • HOMENAGEM, ANIVERSARIO, CARLOS BEZERRA, DEPUTADO FEDERAL, ELOGIO, VIDA PUBLICA, CARREIRA, POLITICA, ENFASE, CRIAÇÃO, PROPOSTA, EMENDA CONSTITUCIONAL, EMPREGADO DOMESTICO.
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, EXPOSIÇÃO, ASSUNTO, TRANSPORTE FERROVIARIO, DEFESA, NECESSIDADE, INVESTIMENTO, FERROVIA, MOTIVO, MELHORIA, INFRAESTRUTURA, MOBILIDADE URBANA, REDUÇÃO, TRANSITO, COMENTARIO, IMPORTANCIA, TRANSPORTE, DESENVOLVIMENTO ECONOMICO.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco União e Força/PR - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Meu caro companheiro Presidente Elmano, eu quero aqui saudar a todos que nos assistem pela TV Senado, que nos ouvem pela Rádio Senado e também que nos acompanham por todos os meios de comunicação social desta Casa.

    Eu quero aqui registrar, Sr. Presidente, uma reunião que houve hoje entre a Reitora Maria Lúcia Cavalli, que é Reitora da Universidade Federal do meu Estado, o Estado de Mato Grosso, juntamente com o Pró-Reitor do campus da universidade federal em Rondonópolis, o Prof. Javert, e o Secretário de Educação Superior do MEC, o Prof. Jesualdo Pereira Farias, por determinação do Ministro Mercadante. Nós já estivemos com o Ministro Mercadante várias vezes, inclusive, há poucos dias, lá no Palácio do Planalto, onde levamos mais uma vez a reivindicação da criação da universidade federal da cidade de Rondonópolis, ou seja, a universidade federal da região sul de Mato Grosso.

    O campus da universidade federal de Rondonópolis já é bastante consolidado. O projeto da universidade já é um projeto também que tem tramitação em todos os órgãos da universidade e aqui também no MEC.

    Por isso, eu quero dizer que se trata de um trabalho muito determinado por parte de todos os profissionais da educação daquele campus, bem como da própria reitoria, através da Reitora Maria Lúcia Cavalli e do Prof. Jesualdo, atendendo a esse posicionamento do Ministro, que já coloca a sinalização para que, até o final do ano, a Presidente Dilma possa mandar para o Congresso Nacional um projeto criando a universidade da região sul, a universidade de Rondonópolis.

    Quero aqui dizer que essa é uma luta de toda a Bancada, em especial os companheiros aqui, do Senado, o Senador Blairo Maggi e o Senador José Medeiros. Todos nós estamos envolvidos nesse projeto, porque a região sul do Mato Grosso tem um potencial extremamente grande. Com certeza, esse projeto é o mais avançado e qualificado dentre os demais projetos de criação de novos campi de todo o País.

    Essa reunião foi uma reunião técnica de trabalho, mas com grandes resultados. Pelo que ficou convencionado nesse encontro, falta muito pouco para a finalização do processo de emancipação. E nós que integramos a Bancada de Mato Grosso, como disse aqui, não só estamos empenhados, mas também estamos juntos com toda a comunidade universitária e também com a sociedade da região sul de Mato Grosso e, claro, até do Estado de Mato Grosso.

    De forma, Sr. Presidente, que eu quero aqui anunciar que, nessa nossa luta, nós queremos - inclusive já pedimos - não só audiência com o Ministro Mercadante, mas também com a Presidente Dilma. E acredito que vão estar presentes o Governador do Estado, já que isso é interesse de toda a região de destaque, como eu já disse, e também a Assembleia Legislativa, através dos deputados da região, como o Deputado Nininho, do meu Partido, também o Deputado Federal Adilton Sachetti, que é da região, e o Deputado Carlos Bezerra.

    Eu quero aproveitar, Sr. Presidente, para parabenizar o Deputado Carlos Bezerra, já que hoje é o aniversário dele. Ele foi Governador do nosso Estado, foi Senador da República. Ele foi, inclusive, autor de uma PEC que hoje tem um destaque especial, a PEC dos trabalhadores domésticos, que nós aprovamos aqui no Congresso Nacional. Aliás, hoje, a Receita Federal já está também lançando o Simples, para que todos aqueles que têm seus trabalhadores domésticos possam ter mais facilidade de cumprir a legislação. Por isso, eu quero aqui parabenizar o Deputado Carlos Bezerra, com a sua esposa, Deputada Teté Bezerra, que foi também Deputada Federal conosco, e foi a nossa candidata a Vice-Governadora. Em nome da família, ficam aqui os nossos parabéns, principalmente registrando essa luta de todos nós em torno da criação da universidade da região sul de Mato Grosso.

    Ainda, Sr. Presidente, eu gostaria de dizer que ontem estive lá na cidade de São Paulo, representando a Frenlog (Frente Parlamentar Mista de Logística de Transporte e Armazenamento), da qual sou o Presidente. Nós que somos da Região Centro-Oeste sabemos da importância que representa a questão da logística. Lá estivemos representando também a Comissão de Infraestrutura aqui do Senado, o nosso Presidente, Senador Garibaldi Alves, e toda a Comissão. Trata-se da NT Expo, um evento que já é consolidado há muitos anos. Para nós, causou bastante surpresa, principalmente por ver o entusiasmo dos empresários que lá estavam, a força daquela exposição. O sistema ferroviário todo, tanto nacional quanto internacional, estava lá presente, acreditando no Brasil. Esse evento ocorre desde 1999, ou seja, há 16 anos, há esse evento. Mais uma vez, houve expressiva participação de toda a população que lá estava presente.

    Eu quero destacar que cada um que se desdobrou para participar dessa exposição, cada um dos que levaram seus produtos para expor na feira, seguramente, como bem ficou caracterizado, respira a certeza de que o Brasil vai superar este momento de grande dificuldade econômica mundial. Não é só isso. São os números. A indústria ferroviária tem mantido, em 2015, o ritmo de lançamento de soluções para o setor. São mais de R$6 bilhões de investimentos projetados até dezembro, o que resultará em um faturamento até 10% maior do que em 2014.

    Estamos falando, Sr. Presidente, de uma produção estimada em 4 mil novos vagões, 90 locomotivas e 420 carros de passeio, condição essa responsável por manter a cadeia de fornecedores com uma cartela real de pedidos. Hoje, o País tem mais de 20 projetos metroferroviários para minimizar problema de mobilidade urbana nas principais cidades brasileiras.

    Ouso dizer, Sr. Presidente, que estamos diante do Brasil real, que enfrenta as dificuldades de cabeça erguida, com pulso firme e a convicção de um futuro melhor.

    Em 1990, quando tomei posse aqui, no meu primeiro mandato - e, claro, agora também como Senador -, eu sempre defendi essa questão da infraestrutura logística como o fator fundamental para o Brasil crescer economicamente e se desenvolver socialmente. A regra mostra, Sr. Presidente, que nenhum pais será forte sem esses dois princípios, social e econômico, conjuntamente. Feito isso, a Nação estará efetivada no alto patamar da competitividade perante o mundo.

    E, nesse ranking de competitividade, os índices do nosso País não têm sido compatíveis com a nossa grandeza, infelizmente, mas temos condições de reverter essa situação - temos totais condições! E o setor ferroviário, com toda a certeza, tem papel de relevância nessa busca pela estruturação do País.

    No Brasil, no passado, é claro que cometemos um erro, porque resolvemos ir só pelo rodoviarismo. Hoje, infelizmente, as nossas estradas estão assoberbadas, o número de acidentes é muito grande, e praticamente abandonamos as ferrovias, ou seja, diminuímos. Nós, que tínhamos 35 mil quilômetros, hoje temos apenas entre 12 mil a 15 mil quilômetros, real e efetivamente, funcionando.

    Por isso, é imperioso tratar do futuro e abordar as condições que precisam ser criadas para que esse modal confirme a expansão projetada, para que ele se consolide como meio de transporte de riquezas e, sobretudo, firme as bases efetivas da integração nacional. A ferrovia, Sr. Presidente, ao meu ver, é o principal modal para assegurar a integração não apenas econômica, mas também territorial do nosso País.

    Com ferrovias instaladas e bem estruturadas, de norte a sul, de leste a oeste, conectadas aos modais rodoviários, que precisam ser recuperados, aos hidroviários, que são incipientes, bem como também aos nossos portos, hoje em fase de modernização, o Brasil vai se colocar na condição de potência mundial, assumindo o seu protagonismo e lugar de destaque que merece.

    Justiça se faça: a missão de dotar o País de infraestrutura de transporte para viabilizar um novo ciclo de crescimento sustentável requer volume de investimento muito elevado. Seja como for, o Brasil, mesmo diante de tantas dificuldades, está conseguindo, inicialmente, reduzir os gargalos da logística.

    O Governo, ao longo dos últimos anos, compreendeu o papel do setor de transportes como catalizador do desenvolvimento nacional e reconheceu a forte relação entre investimento em infraestrutura de transporte e o processo de desenvolvimento econômico e social do País. Ele busca, com isso, aumentar a eficiência produtiva em áreas consolidadas, induzir o desenvolvimento em áreas de expansão da fronteira agrícola e mineral, reduzir desigualdades regionais em áreas deprimidas e incentivar a integração sul-americana por meio de investimentos que reforcem o processo de integração da infraestrutura na América do Sul.

    Nessa última questão, o incentivo à integração sul-americana, eu quero dizer que estou firmemente apoiando e incentivando - participando deles - todos os esforços para implementação da Ferrovia Transcontinental que integra o PIL. São aproximadamente 5 mil quilômetros, 4,4 mil quilômetros de trilhos, onde circularão as locomotivas de integração do desenvolvimento e do crescimento do nosso País.

(Soa a campainha.)

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco União e Força/PR - MT) - Não se trata apenas da Transcontinental. Também quero aqui citar o trecho, no meu Estado, de Sapezal até a cidade de Porto Velho - inclusive, o nosso companheiro Senador Blairo Maggi tem sido um dos precursores nesse trabalho -, bem como também a integração do Araguaia até o Porto de Miritituba, lá no Pará.

    Sr. Presidente, recentemente, foram lançados seis projetos para manifestação de interesse, que atraíram 20 grupos dispostos a desenvolver os estudos, complementando aqueles já disponibilizados pelo Governo. Esses trechos somam, como eu já disse, 4.676 quilômetros de ferrovia.

    E eu quero dar como lido o meu pronunciamento, porque outros Parlamentares aqui estão inscritos, não quero abusar.

    Antes, eu quero também dizer que, como Presidente da Frente Parlamentar Mista de Logística, Transporte e Armazenamento (Frenlog), nós estamos trabalhando. Como Presidente da Frente, nós trabalhamos muito a questão do Reporto. Felizmente, já conseguimos a sanção da Presidente da República praticamente sem nenhum veto, ou seja, só aqueles jabutis pequenos que lá foram colocados, mas, no conteúdo principal, o Reporto já está aprovado, que é mais um incentivo para a indústria ferroviária no Brasil.

    Sou autor aqui, Sr. Presidente, da PEC 39, porque eu entendo que, para falar em ferrovia, nós precisamos de investimentos vultosos e, claro, a longo prazo.

    E aí é necessária a questão da segurança jurídica. Hoje, as regras ficam sujeitas, Sr. Presidente, a alterações pelo rito comum do processo legislativo e até mesmo por medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo. Isso representa um risco que queremos ver expurgado para aqueles que acreditam e investem no Brasil. Por isso, essa nossa proposta da PEC é exatamente para que qualquer modificação em contratos de concessões seja feita por quórum qualificado, ou seja, para trazer então, com isso, a segurança a todos aqueles que investem.

    E aqui eu quero, então, com isso encerrar, Sr. Presidente, para mais uma vez parabenizar os organizadores e os expositores da NT Expo pela grande realização. Esse evento nos dá a certeza de que o Brasil não parou, não vai parar e que vamos continuar perseguindo os objetivos almejados para a construção da sociedade que tanto sonhamos.

    Finalmente, Sr. Presidente, eu quero concluir dizendo que acredito no Brasil. Sou um entusiasta e creio que, quanto a essa questão da logística, mesmo na crise, não podemos deixar de investir. Hoje mesmo estive no Ministério dos Transportes, estivemos na ANTT, nós temos projetos de concessão, como é o caso da BR-163, no Estado de Mato Grosso, onde parte está sendo realizada pelo Governo Federal, através do DNIT, e parte pela concessionária. E o BNDES assumiu uma certa responsabilidade no financiamento dessas concessões. Por isso, acreditamos que o Brasil não pode falhar neste momento, principalmente com os financiamentos, sejam eles os financiamentos-ponte, sejam eles os financiamentos de longo prazo. Inclusive, ontem lá também estava o diretor do BNDES, dizendo ele que o BNDES tem recursos. A dificuldade, hoje, está nas garantias. Mas um projeto de envergadura como este de concessões de ferrovias, de estradas brasileiras importantes, que são eixos de exportação da nossa produção, não pode deixar de ser prioritário.

    Por isso, inclusive, insistimos e estamos insistindo com o Ministro dos Transportes, para que, neste momento, também faça a priorização dos pagamentos das obras mais importantes. Se não temos dinheiro para executar tudo, vamos executar aquilo que for mais importante, mas não podemos deixar estradas - principalmente a BR-163, no caso, que liga toda a Região Amazônica com o resto do País - paralisadas.

    Por isso, eu agradeço muito a tolerância e espero que a gente possa ter, ainda amanhã um dia de trabalho, mas principalmente um fim de semana produtivo, já que também o fim de semana é dia de trabalho para todos nós.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

SEGUEM, NA ÍNTEGRA, PRONUNCIAMENTOS DO SR. SENADOR WELLINGTON FAGUNDES.

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco/PR - MT. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras, senhores senadores, na noite de ontem, estive em São Paulo para participar da abertura da NT Expo, evento consolidado como um dos maiores do setor ferroviário em toda América Latina.

    Fui convidado a levar uma mensagem como presidente da Frente Parlamentar de Logística em Transporte e Armazenagem, a Frenlog, e com a delegação de representar ainda a Comissão de Serviços de Infraestrutura desta Casa - o que o fiz com muita satisfação, registre-se!

    Mas o que eu quero dizer, Sr. Presidente e colegas senadoras e senadores, é que sai daquele evento, com uma sensação muito diferente da que é trazida sobre as perspectivas do futuro próximo do nosso País.

    Em verdade, sai da NT Expo com a mesma sensação de quando estive no Japão e na Rússia integrando a Missão Brasileira que tratou de restabelecer o mercado de carnes do Brasil com aqueles dois países. Isto é: confiante, e, claro, bastante otimista.

    Esse evento acontece desde 1999. Ou seja: há 18 anos. Mais uma vez, com expressiva participação de empresários do ramo e investidores de grande porte do modal ferroviário.

    Cada um que se desdobrou para realizar essa exposição; cada um dos que levaram seus produtos para expor na feira, seguramente, como bem ficou caracterizado, respiram a certeza de que o Brasil vai superar este momento de grande dificuldade econômica mundial.

    E não só isso. São os números. A indústria ferroviária tem mantido em 2015 o ritmo de lançamentos de soluções para o setor. São mais de R$ 6 bilhões de investimentos projetados até dezembro, o que resultará em um faturamento de até 10% maior que o obtido em 2014.

    Estamos falando, Srªs e Srs. Senadores, de uma produção estimada em 4 mil novos vagões, 90 locomotivas e 420 carros de passeios. Condição esta responsável por manter a cadeia de fornecedores com uma carteia real de pedidos.

    Hoje, o país tem mais de 20 projetos metro ferroviários para minimizar problema de mobilidade urbana nas principais cidades brasileiras.

    Ouso dizer, portanto, que estamos diante do Brasil real, que enfrenta as dificuldades de cabeça erguida, com pulso firme e a convicção de um futuro melhor.

    Em 1990, quando tomei posse no primeiro dos seis mandatos como deputado federal - e agora como senador - sempre coloquei na infraestrutura logística o fator fundamental para o Brasil crescer economicamente e se desenvolver socialmente. A regra mostra, senhor presidente, que nenhum pais será forte se esses dois princípios - social e econômico - não estiverem bem conjugados.

    Feito isso, a nação estará efetivada no alto patamar da competitividade perante o mundo.

    E nesse ranking de competitividade, os índices do nosso país não têm sido compatíveis com a nossa grandeza, infelizmente! Mas temos condições de reverter essa situação. Temos totais condições!

    E o setor ferroviário, com toda a certeza, tem papel de relevância nessa busca pela estruturação do Brasil. No passado, o Brasil cometeu um erro histórico ao se ter permitido, que o nosso sistema de transporte ficasse concentrado absurdamente no modelo rodoviário. Hoje, temos a possibilidade de corrigir essa distorção.

    Para isso é imperioso tratar do futuro. De abordar as condições que precisam ser criadas para que essa moda! Confirme a expansão projetada, que se consolide como meio de transporte de riquezas e, sobretudo, firme as bases efetivas da integração nacional.

    A ferrovia é, ao meu ver, o principal modal para assegurar essa integração, não apenas econômica, mas também territorial do nosso país.

    Com ferrovias instaladas e bem estruturadas, de norte a sul, de leste a oeste, conectadas aos modais rodoviários, que precisam ser recuperados, aos hidroviários, que são incipientes, bem como também aos portos, hoje em fase de modernização, o Brasil se colocará na condição de potência mundial, assumindo o seu protagonismo e lugar de destaque que merece,

    Justiça se faça! A missão de dotar o país da infraestrutura de transporte para viabilizar um novo ciclo de crescimento sustentado requer volumes de investimento muito elevados. Seja como for, o Brasil, mesmo diante de tantas dificuldades, está conseguido, inicialmente, reduzir os gargalos na logística.

    O Governo, ao longo dos últimos anos, compreendeu o papel do setor de transportes como catalisador do desenvolvimento nacional e reconheceu a forte relação entre investimento em infraestrutura de transportes e o processo de desenvolvimento econômico e social de um país.

    Busca-se com isso:

    - Aumentar a eficiência produtiva em áreas consolidadas;

    - Induzir o desenvolvimento em áreas de expansão da fronteira agrícola e mineral;

    - Reduzir desigualdades regionais em áreas deprimidas; e

    - Incentivar a integração sul-americana, por meio de investimentos que reforcem o processo de integração da infraestrutura na América do Sul.

    Nesta última questão - o incentivo a integração sul-americana - quero dizer que estou firmemente apoiando, incentivando e participando de todos os esforços para implementações das Ferrovia Transcontinental, que integra o Programa de Investimento em Logística. São 4,4 mil quilômetros de trilhos onde circularão as locomotivas da integração, do desenvolvimento e do crescimento do nosso país.

    Mas, não apenas da Transcontinental. Estou também comprometido com os projetos de outras ferrovias listadas como fundamentais nesse projeto estratégico de consolidação do Brasil como potência. Cito a ligação entre Sapezal, uma das grandes regiões da produção brasileira, situada em Mato Grosso, meu Estado, até Porto Velhos em Rondônia; e, ainda,1 &a ferrovia que transportará as riquezas produzidas no Vale do Araguaia e médio Norte de Mato Grosso, até o porto de Miritituba, no Pará.

    Da importância do modal ferroviário, o Brasil avançou bem nos últimos anos. Foram construídos 1.861 quilômetros de novas ferrovias e adequados 107 quilômetros da malha existente, com a construção de contornos e variantes ferroviárias.

    Do total de novas ferrovias, 1.160 quilômetros foram concluídos entre 2011 e 2014; e realizados 49 quilômetros de adequações ferroviárias. Aí estão a Norte-Sul, a Ferronorte, que hoje estão em Rondonópolis, minha cidade natal, e a Ferrovia Transnordestina.

    Encontram-se em andamento obras em 3.361 de km de novas ferrovias e 54 km de contornos e variantes ferroviárias, onde podemos destacar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia, com pouco mais de mil quilômetros; a extensão Sul da Ferrovia Norte-Sul, com 682 quilômetros entre Goiás e São Paulo; e a Ferrovia Nova Transnordestina.

    Como presidente da Frente Parlamentar de Logística em Transporte e Armazenagem, a Frenlog, no entanto, eu reconheço: precisamos de mais.

    Recentemente, foram lançados seis projetos para a manifestação de interesse, que atraíram 20 grupos dispostos a desenvolver os estudos, complementando aqueles já disponibilizados pelo Governo. Esses seis trechos, somam 4.676 quilômetros de ferrovias.

    Ressalto, com isso, a enorme confiança nesse potencial de exploração.

    A ferrovia é a locomotiva do desenvolvimento. Está na pauta principal daqueles que querem um Brasil forte e competitivo. Está na minha pauta.

    O Brasil, senhoras e senhores, está vivo, forte e vai se revigorar ainda mais. Ninguém, mas ninguém mesmo, pode negar que o momento é de turbulência. Porém, diante do que tenho visto, conversado aqui no Brasil e fora do Brasil, as indicações são de que as previsões de retomada de crescimento econômico serão abreviadas.

    Admito o entusiasmo! Por isso, seguirei trabalhando, cada vez mais para fazer com que os projetos de logística avancem com mais rapidez.

    O Brasil, sim, senhoras e senhores, o Brasil tem pressa! E, como sempre afirmo, o Brasil precisa trilhar por caminhos seguros.

    Estou empenhado e comprometido com o aperfeiçoamento das regras de concessões - pela qual vejo o caminho mais eficiente para atingir as reais condições de competitividade. A segurança jurídica para quem investe é essencial nesse sentido.

    Daí ter apresentado uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC/39, mudando o regime que existe para as concessões. Atualmente, a Constituição Federal atribui à legislação ordinária a disciplina das regras das concessões e permissões de serviços públicos.

    Com isso, essas regras ficam sujeitas a alterações pelo rito comum do processo legislativo e, até mesmo, por medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo.

    Um risco que queremos ver expurgado para aqueles que acreditam e investem no Brasil.

    A proposta transfere esse regime para uma Lei Complementar, cujo quórum legislativo para mudanças passa a ser qualificado. Creio que isso ajudará enormemente o Brasil a avançar sobre os projetos previstos no Programa de Investimentos em Logística, para todos os modais, em especial para as concessões das ferrovias, onde temos investimentos projetados na ordem de R$ 86,4

    Espero, como já disse em outras ocasiões, ver aprovada essa PEC. Até porque, senhor presidente, esta Casa também tem responsabilidade na busca da construção de um ambiente saudável e seguro para os negócios que movem a Nação.

    Mais uma vez, parabenizo os organizadores e os expositores da NT Expo pela grande realização. Evento que nos dá a certeza de que o Brasil não parou e não vai parar. E que vamos continuar perseguindo os objetivos almejados para a construção da sociedade que tanto sonhamos.

    Meu muito obrigado!

 

    O SR. WELLINGTON FAGUNDES (Bloco/PR - MT. Sem apanhamento taquigráfico.) -Sr. Presidente, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, nesta quarta-feira, aconteceu uma reunião que considero importante para o avanço da educação em Mato Grosso, especialmente para Rondonópolis e toda a região Sul do Estado. O encontro foi entre a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder e o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, professor Jesualdo Pereira Farias, com a presença do pró-reitor da UFMT de Rondonópolis, Javert Melo Vieira.

    Trata-se do trabalho firme e determinado para implantação da Universidade Federal do Cerrado, a UFCer.

    Ao professor Jesualdo foi apresentado detalhes técnicos para a criação dessa universidade, que hoje é um campus da Universidade Federal de Mato Grosso, a UFMT. Um campus muito bem estruturado, diga-se de passagem.

    Esse projeto é o mais avançado e qualificado dentre os demais projetos de criação de novos Campus, de todo país.

    Foi uma reunião técnica de trabalho, mas com grandes resultados. Pelo que ficou convencionado nesse encontro falta muito pouco para a finalização do processo de emancipação.

    E nós que integramos a bancada de Mato Grosso estamos todos empenhados nesse trabalho. Eu, o Senador Blairo e o Senador Medeiros, os deputados federais, todos, indistintamente, estamos lutando para que esse campus se transforme na tão sonhada Universidade Federal do Cerrado.

    Particularmente, já tive uma conversa com o ministro Aloizio Mercadante, no dia de sua posse, no Palácio do Planalto, ocasião em que obtive dele o compromisso de acelerar esse processo.

    De forma que já na próxima etapa de expansão do ensino superior no Brasil, prevista no Plano Nacional de Educação, a Universidade Federal do Cerrado seja uma realidade.

    E tão logo esse processo se encerre no Ministério da Educação, vamos até a presidente Dilma Rousseff buscar dela também o apoiamento e, claro, cobrar o compromisso firmado com o povo de Mato Grosso e com as lideranças.

    Em verdade, senhor presidente, estamos empenhados na qualificação do ensino em Mato Grosso. Queremos ver com muita força a Pátria Educadora em Mato Grosso. E nessa linha, estamos também trabalhando para ajudar a desentravar os processos para implantação dos cursos de Medicina em instituições privadas, como, por exemplo, no município de Barra do Garças, cidade pólo em Educação, que atende toda a região do Vale do Araguaia e que está em pleno crescimento.

    E ainda dizer que essa solicitação vai ao encontro do projeto do Governo Federal que trabalha na expansão dos cursos de Medicina. Afinal, se queremos médicos no interior do Brasil, temos que formar estes profissionais lá no município.

    Quero, portanto, Sr. Presidente, me congratular com a equipe da Universidade Federal de Mato Grosso que trabalha de forma coesa e firme pela implantação da UFCER. E aqui, parabenizar a bancada de Mato Grosso como um todo, pelo apoiamento e esforço político para a concretização desse sonho dos acadêmicos do Sul e Sudeste do Estado.

    Meu muito obrigado!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 05/11/2015 - Página 304