Pronunciamento de Ronaldo Caiado em 17/11/2015
Discurso durante a 206ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Solidariedade à população francesa em razão dos ataques terroristas; e outro assunto.
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- Autor
- Ronaldo Caiado (DEM - Democratas/GO)
- Nome completo: Ronaldo Ramos Caiado
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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CALAMIDADE:
- Solidariedade à população francesa em razão dos ataques terroristas; e outro assunto.
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CALAMIDADE:
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- Publicação
- Publicação no DSF de 18/11/2015 - Página 200
- Assunto
- Outros > CALAMIDADE
- Indexação
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- SOLIDARIEDADE, PAIS ESTRANGEIRO, FRANÇA, MOTIVO, VITIMA, ATENTADO, TERRORISTA, DEFESA, NECESSIDADE, RESPEITO, RELIGIÃO.
- ELOGIO, ATUAÇÃO, RICARDO FERRAÇO, SENADOR, MOTIVO, APRESENTAÇÃO, REQUERIMENTO, CRIAÇÃO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUERITO (CPI), OBJETIVO, AVALIAÇÃO, QUALIDADE, BARRAGEM, LOCAL, BRASIL, TENTATIVA, IMPEDIMENTO, ACIDENTE, ROMPIMENTO, REPRESA, ESCOAMENTO, RESIDUO.
O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Oposição/DEM - GO. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.
Eu quero parabenizar a iniciativa do Senador Ferraço. Foi algo que impactou o mundo todo assistirmos aquele triste rompimento daquela barragem. E, ainda, as informações que chegam é que há uma maior ainda que estaria em risco e podendo trazer aí uma consequência dez vezes mais grave do que essa que já ocorreu lá em Mariana.
Isso é um assunto que deve ser tratado com muita oportunidade; e o meu Estado de Goiás também tem várias barragens. Nós temos lá, em muitas áreas de Goiás, exploração também de níquel, de cobre. Principalmente de cobre, há ali algumas dessas barragens enormes, cujo resíduo atinge mais de 300 hectares de terra. Com isso, vejo a oportunidade de criarmos essa Comissão.
Além do mais, Sr. Presidente, quero, rapidamente, trazer um sentimento, não só em meu nome, mas em nome da Bancada dos Democratas, diante do ocorrido na última semana, na cidade de Paris, quando os brasileiros e o mundo todo assistiram a uma verdadeira barbárie. Algumas pessoas, em nome do crime, da violência, do terrorismo, rebelam-se contra todas as regras, todas as normas de convivência entre as civilizações. E resolvem se impor de uma maneira a mais virulenta, a mais agressiva, desumana, como assistimos no último final de semana em Paris.
Acredito que esse quadro é de uma gravidade tão grande que o Governo brasileiro precisa ter atitudes mais consistentes, precisa ter posições mais enérgicas. É impossível imaginar que alguém que não tem posição nem de Estado e muito menos religiosa, são, sim, uma verdadeira organização criminosa, possa implantar o medo no mundo civilizado.
Tive oportunidade de viver naquela cidade, quando fiz minha pós-graduação. Então, compartilho, neste momento de muita tristeza, a minha apreensão diante de um crime, por questões não religiosas, mas de dogmas e de preconceitos, que pode crescer no mundo todo.
Quero trazer aqui o voto de solidariedade a todo o povo francês. Também penso que poderíamos discutir o assunto na Comissão de Relações Exteriores e, depois, no plenário, a fim de que o Brasil tome posições mais claras e não deixe pairar nenhuma dúvida em relação a esse ato desumano. É algo, talvez, comparável apenas ao que assistimos na Segunda Guerra, em campos de concentração, ou em situações de truculência que ocorreram também na África.
Eu concluo, dizendo que eu acho que o mundo hoje tem que refletir com muito mais responsabilidade não só sobre a segurança dos cidadãos, mas também sobre a proliferação desse crime ou dessa organização criminosa que vem buscando jovens de todos os lugares do mundo para poderem sair como mercenários a matar, a assassinar em nome de um dito Estado islâmico.
É a minha indignação e a minha solidariedade a todo o povo francês.
Muito obrigado, Sr. Presidente.