Discurso durante a 210ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Críticas à discussão aberta em torno da proposta do Senador José Serra para debater um novo conceito para a dívida externa brasileira.

Autor
Tasso Jereissati (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/CE)
Nome completo: Tasso Ribeiro Jereissati
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Críticas à discussão aberta em torno da proposta do Senador José Serra para debater um novo conceito para a dívida externa brasileira.
Publicação
Publicação no DSF de 25/11/2015 - Página 45
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • CRITICA, LIDERANÇA, GOVERNO FEDERAL, SENADO, MOTIVO, ABERTURA, DISCUSSÃO, PROPOSTA, AUTORIA, JOSE SERRA, SENADOR, ASSUNTO, DEBATE, ATUALIZAÇÃO, CONCEITO, DIVIDA EXTERNA, PAIS, APREENSÃO, SITUAÇÃO, CRISE, ECONOMIA NACIONAL, POLITICA NACIONAL, BRASIL.

    O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE. Sem revisão do orador.) - Senador Renan, as minhas preocupações com este País a cada dia se agravam mais. É impressionante a crise política que nós vivemos.

    Hoje de manhã, tivemos, em cima de uma proposta do Senador Serra, uma discussão inacreditável, absolutamente inacreditável. As lideranças do Governo parecem estar vivendo em outro mundo, absolutamente em outro mundo. O Senador Serra quis abrir uma discussão sobre a questão da dívida brasileira, do problema fiscal brasileiro e da relação da dívida bruta com o endividamento. Toda uma preocupação.

    Muito se discutiu nesta Casa quando as empresas de rating internacionais rebaixaram a nota do Brasil. Qual é a razão de essa nota ter sido rebaixada e a perspectiva de acontecer de novo? Só uma: a trajetória da dívida brasileira que é crescente, absolutamente crescente. Enquanto essa trajetória for crescente e a receita for estável, não existe futuro para o Brasil. E o Senador Serra quis colocar essa discussão. Simplesmente foi levantado colocar o conceito econômico mundial, aceito internacionalmente, o conceito da dívida bruta. Somente isso. E esse conceito foi colocado e demonizado como um palavrão, e não se permitiu nem sequer continuar a discussão em torno desse assunto.

    Deu-me a impressão de que os Líderes do Governo estão vivendo num outro mundo. Nós estamos, Senador Caiado, nos próximos meses, diante de uma catástrofe econômica! Nós vamos estar, dentro de três meses, com 11% de desempregados. É tudo o que indicam as estatísticas. São fatos, são fatos! A inflação está crescendo, vai passar de 10%. Chegamos aos dois dígitos. Vamos ter 11 milhões de desempregados, e a raiz do problema é esse.

    Agora, novamente, vemos as mesmas pessoas defendendo um bolivarianismo absolutamente decadente. A Argentina está com 25% de inflação e mais de 10% de desemprego; a Venezuela está com problema de abastecimento. E nós estamos aqui ainda defendendo esse modelo. É inacreditável, não é possível! Não dá mais para o País continuar vivendo com pessoas que estão discutindo isso ainda, enquanto nós estamos caminhando para o caos.

    Então, essa preocupação eu queria colocar aqui e deixar anotada, Senador Eunício, para, em fevereiro e março, nós virmos aqui cobrar essa posição que leva a essa crise que o Brasil não está tendo condições, com esse Governo, de frear.

    Muito obrigado, Senador.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/11/2015 - Página 45