Discurso durante a 218ª Sessão de Debates Temáticos, no Senado Federal

Sessão de Debates Temáticos destinada a discutir a crise e a escassez de água no Brasil.

Autor
Ana Amélia (PP - Progressistas/RS)
Nome completo: Ana Amélia de Lemos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
MEIO AMBIENTE:
  • Sessão de Debates Temáticos destinada a discutir a crise e a escassez de água no Brasil.
Publicação
Publicação no DSF de 19/12/2015 - Página 31
Assunto
Outros > MEIO AMBIENTE
Indexação
  • SESSÃO DE DEBATES TEMATICOS, OBJETIVO, DEBATE, ASSUNTO, CRISE, CONSUMO, DISPONIBILIDADE, ABASTECIMENTO DE AGUA, LOCAL, BRASIL, ENFASE, NECESSIDADE, DEFINIÇÃO, PLANO DE AÇÃO, COMBATE, SECA, REGIÃO NORDESTE, PRESERVAÇÃO, RECURSOS HIDRICOS.

    A SRª ANA AMÉLIA (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PP - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão da oradora.) - Eu queria, com a brevidade possível, dado o adiantado da hora, cumprimentar os oradores por todas as exposições feitas aqui, mas sobretudo o Senador Cássio Cunha Lima pela iniciativa de propor esta sessão temática, que reuniu todos os interesses da Bancada do Nordeste.

    Mas eu sou do Rio Grande do Sul, Senador. Por que uma Senadora do Rio Grande do Sul, que está mergulhada em águas de enchentes, pois lá chove todos os dias, vem aqui participar desta sessão?

    Ao contrário, Senador Cássio. Ao contrário. O Rio Grande do Sul, conforme dados da Agência Nacional de Águas, tem o segundo maior desequilíbrio crônico entre a oferta e o uso dos recursos hídricos do País, atrás apenas do Semiárido nordestino. É nós vivemos no Rio Grande do Sul - isto aqui foi muito bem abordado pelo Senador Elmano Férrer - uma chamada seca administrativa. Que termo é esse? Seca administrativa: falta de planejamento. Seca administrativa: falta de previsibilidade. Seca administrativa: falta de investimentos. Seca administrativa.

    Então, lá no Sul, nós estamos também com os nordestinos nessa crise aguda, nessa escassez de água. Mas somos também perdulários, perdulários no uso da água. O Rio Grande do Sul está no nível máximo. Enquanto a Organização Mundial de Saúde prevê que o aceitável no desperdício de água é de 15%, o meu Estado está no limite do País: 37% é o desperdício. Dessa forma, nós, cidadãos, não temos tratado a água com responsabilidade. Assim como o cidadão tem que combater o mosquito da dengue, que está trazendo a microcefalia no Nordeste, tem também que cuidar da água como um bem precioso, que amanhã pode faltar para todos nós.

    Parabéns pela iniciativa e conte comigo, Senador Cássio, nessa demanda que não é só do Nordeste, é também do Rio Grande do Sul.

    Muito obrigada. (Palmas.)

 

    


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/12/2015 - Página 31