Fala da Presidência durante a 204ª Sessão Especial, no Senado Federal

Sessão especial destinada a comemorar o 156º aniversário da Igreja Presbiteriana do Brasil e 145º aniversário da Instituição Mackenzie.

Autor
José Medeiros (PPS - CIDADANIA/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Fala da Presidência
Resumo por assunto
HOMENAGEM:
  • Sessão especial destinada a comemorar o 156º aniversário da Igreja Presbiteriana do Brasil e 145º aniversário da Instituição Mackenzie.
Publicação
Publicação no DSF de 02/12/2015 - Página 35
Assunto
Outros > HOMENAGEM
Indexação
  • REGISTRO, PARTICIPAÇÃO, SESSÃO ESPECIAL, OBJETIVO, HOMENAGEM, COMEMORAÇÃO, ANIVERSARIO DE FUNDAÇÃO, IGREJA EVANGELICA, BRASIL, ESTABELECIMENTO DE ENSINO, ELOGIO, IMPORTANCIA, ATIVIDADE, INSTITUIÇÃO RELIGIOSA, REDE ESCOLAR, PAIS.

     O SR. PRESIDENTE (José Medeiros. Bloco Socialismo e Democracia/PPS - MT) - Parabéns pelas palavras, Rev. Roberto Brasileiro. A Casa agradece o carinho.

     Eu queria registrar aqui também as presenças do Rev. Nonato e do Rev. Eberso, de Anápolis, que estão nos prestigiando aqui; do Rev. Manoel, de Lucas do Rio Verde, lá do Mato Grosso. Aliás, Lucas do Rio Verde, para quem não conhece, eu sugiro conhecer. É uma linda cidade que foi recentemente, eu diria até, construída entre Sinop e Cuiabá. É uma cidade linda, quando chegamos lá não acreditamos, eu mesmo, mato-grossense, quando cheguei lá, falei: não é possível que exista isso no interior do Brasil.

     Registro também a presença do Rev. Dalzir, secretário do escritório da IPB, aqui em Brasília; do presbítero José Paulo; do presbítero Anaor Carneiro; do Presbítero Marcos Freitas - todos diretores do Mackenzie.

     E, para irmos já aos finalmentes, eu queria trazer também algumas palavras aqui.

     Quando decidimos fazer esta homenagem, eu sou até suspeito para propor a homenagem, mas não poderia deixar de fazê-la.

     Eu ouvi, aqui, as palavras do Senador Roberto Rocha, de todos os membros da Igreja Presbiteriana e do Mackenzie. Ouvindo essas histórias ... Uma história linda, realmente, que a Igreja tem aqui no Brasil, da qual sou testemunha.

     Eu já contei outras vezes essa história, alguns irmãos já estão até cansados, mas é assim mesmo: vamos envelhecendo e vamos repetindo as histórias. De vez em quando, eu vou contar algumas histórias lá em casa, e minha filha fala: “Não, já ouvi, já ouvi!”.

     Mas um fato que eu sempre ressalto sobre a Presbiteriana, e um símbolo, até, que me faz lembrar, quando falam em Presbiteriana, que vem da minha infância, é o Jipe Willys. E por que isso? A Igreja Presbiteriana, em determinado momento, até para enfrentar o interior do Brasil - acho que era um dos únicos veículos tracionados que podiam enfrentar atoleiro, enfrentar estradas abertas a facão -, distribuiu jipes para aqueles missionários e presbíteros que faziam a pregação do Evangelho por esses rincões afora.

     Eu nasci no sertão de Caicó, e eu e minha família fomos, no início da década de 1970, para o Mato Grosso. Minha avó era extremamente católica. Minha avó tinha calo no joelho de tanto rezar. Ela pegava o rosário, pegava-nos, os netos... Só para se ter noção dessa quantidade de netos: ela teve 23 filhos. Então, era bastante criança. Ela colocava aquele monte de criança, e ia na continha do rosário. Dormíamos, acordávamos, e ela continuava. Ela era assim, tão fervorosa; e também partidária, Presidente. Ela nos contava que, quando ouvia falar: “Olha, está vindo um crente por aí”, ela fechava as portas para não ouvir; para não ouvir. Essa era a situação ali no Nordeste: “Não quero nem ouvir esse povo. O padre falou que os crentes estão vindo aí”, porque vinham uns missionários pregando.

     Mas ela foi para o Mato Grosso - fugindo, obviamente, da seca, porque, no início da década de 1970, houve uma mortandade de crianças um pouco acima da média, por desnutrição infantil e pela seca muito grande. Nós nascemos ali numa região chamada Sertão do Seridó - onde, inclusive, neste momento, as pessoas estão tendo que buscar água a 70km de distância. É uma região muito seca mesmo, muito atingida. E nós fomos, então, para o Mato Grosso.

     Chegando ao Mato Grosso, começou-se a... Ela ficou muito distante. Nós fomos morar na zona rural. E ali havia muitas pessoas pregando o Evangelho.

     Havia algumas missões norte-americanas. E também havia o presbítero, o reverendo da Igreja Presbiteriana, no jipinho, sempre pregando o Evangelho para as comunidades ali. Aí é o início da história. Faço um parêntese aqui.

     Quando fomos eleitos para o Senado, o Senador Pedro Taques se elegeu Governador, e eu, como suplente, iria assumir. Eu estava visitando um amigo em Cuiabá, um advogado - é até um advogado de sucesso -, que não sabia que eu era da Presbiteriana e que me disse o seguinte: “Vou lhe dar um conselho. Estudei, consegui um relativo sucesso na minha profissão, mas minha vida era extremamente secular e começou a entrar em parafuso, estava extremamente bagunçada. Tenho um amigo, o Maurício, que, em determinado momento, colocou-a no eixo.” Falei: “Como foi isso?” Ele contou que o Maurício pregou o Evangelho para ele e tal. Ele veio me contar isso e falou: “Eu queria que você, ao ir para o Senado, não esquecesse que somos passageiros aqui, que somos efêmeros, e que você colocasse Deus na frente de tudo.” Perguntei de que igreja ele era. Ele me falou que era da Presbiteriana. Falei: “Congrego na Presbiteriana também.” Ele falou: “Maravilha! Não é possível!” Ele ficou muito contente e falou: “Então, vou fazer uma ligação aqui.” Ligou para o Maurício, em São Paulo. Ele me colocou para conversar com o Maurício, que me perguntou: “Como é a sua história com a Igreja Presbiteriana?” Comecei a contar para o Maurício essa história que falei para vocês aqui. Mas o interessante é que, quando falei o nome do reverendo que ia para lá no jipinho e que acabou pregando o Evangelho para a minha vó e quando eu disse que minha avó se converteu e passou a evangelizar toda a família -, vi que ele embargou a voz um pouco. Era o Rev. Amador, que era pai do Maurício. Achei a história muito interessante pela coincidência.

     Finalizando, quero dizer que a história foi essa. A história da nossa família na Igreja Presbiteriana começou assim. Era uma igrejinha no interior do interior de Mato Grosso, na região do Areia, a Igreja da Baunilha, onde os irmãos se reuniam. E, quinzenalmente - às vezes, era uma vez por mês, porque ele tinha de dar assistência a toda a região -, ele chegava lá com o jipinho, um Jeep Willys, e pregava para as pessoas.

     E foi na escola dominical, Presidente Roberto, com a Profª Wanda, que deve estar nos assistindo aqui, que tive os primeiros acessos à revistinha da igreja e o primeiro contato, vamos dizer assim, com o Evangelho. A minha história, a minha relação com a Igreja Presbiteriana começou no início da década de 70, quando eu tinha três ou quatro anos.

     Por tudo que foi falado aqui hoje, resolvi contar essa história, que é micro se comparada à grande história do Mackenzie, a como ele surgiu e a como a Rede Presbiteriana tem feito. Mas eu quis contar essa minha participação minúscula ali para mostrar o quanto isso era importante para aquelas comunidades. Hoje, temos o Bolsa Família, temos n programas sociais, mas, naquela época, isso não havia. As pessoas morriam de malária, as pessoas morriam de n doenças, e algumas delas, como o Maurício citou, ainda existem.

     Sabem de uma coisa? Quando o Rev. Amador ia à região do Areia, ele não levava só a Palavra, ele levava, às vezes, injeções. Ele ensinava as pessoas a aplicarem injeção. Meu pai, por exemplo, é uma pessoa maravilhosa, extraordinária, um homem com o qual aprendi muito, mas não sabe ler. Mas ele aprendeu a aplicar injeção. Ele aplicava injeção nas pessoas. Hoje, ele, coitado, seria preso! Mas esse era também um trabalho social. Na década de 70, a Igreja Presbiteriana já fazia esse trabalho social. O Pastor Walter falou ontem no culto a respeito das vítimas de Marina, de que o Pastor Roberto e muitos outros falaram aqui.

     Por vezes, a gente pensa que isso não é importante. É importantíssimo! A nossa família morava num rancho de palha. Eram quase 20 pessoas num rancho de palha. Por vezes, quando ocorria alguma picada de algum bicho, se deixasse, a pessoa morria. Não chegavam ali pessoas mais instruídas para levá-las ao posto na cidade. Foi um trabalho importantíssimo que esses tantos abnegados presbíteros fizeram.

     Aqui, ressalto o Rev. Amador, e o Presbítero Sidney, que hoje está velhinho em Rondonópolis e que também fazia isso. Eles pegavam aquele jipe - era como se fosse um cavalo, na época - e saíam. Quando digo que abriam estrada a facão, isso não é retórica, não. Isso acontecia. O carro atolava, era tirado. Era uma luta! E levaram o Evangelho àquela região. É uma região difícil. Ainda hoje, quando se fala em Mato Grosso, muitos brasileiros pensam: “Nossa! São do interior, do meio do mundo.”

     Mas imaginem o que acontecia naquela época, quando não havia telefone, quando era tudo muito difícil! Essas pessoas largavam o “Sul Maravilha”, vamos dizer assim, para enfrentar isso, para abnegadamente levar o Evangelho a essas pessoas.

     Então, esse foi um pequeno preâmbulo, mas não quero me estender muito. Eu preparei, junto com a assessoria, alguma coisa que eu gostaria também de deixar aqui, para encerrarmos.

     A Igreja Presbiteriana e a Instituição Mackenzie merecem nossa profunda admiração pelo trajeto percorrido no Brasil. Construíram sua história com bases fortes, sustentadas por valores solidários cristãos, de respeito ao próximo e de contribuição para o bem da coletividade.

     No ambiente contemporâneo marcado pelo individualismo, a mensagem presbiteriana é cada dia mais atual, contribuindo para o fortalecimento da fé e da esperança, para a idealização de um mundo mais justo e solidário - aqui, muitos citaram o acontecimento na França.

     Aqui, temos nos reunido de vez em quando com alguns irmãos, tratando justamente do tema da liberdade religiosa. Estivemos, há pouco tempo, junto com o nosso irmão e Deputado Federal Leonardo Quintão numa assembleia em Nova York, onde Parlamentares do mundo inteiro trataram justamente desse parágrafo que eu estava falando aqui: como tornar o mundo mais justo e solidário sem essas barbaridades que vimos nesse último fim de semana?

     No mesmo sentido, os valores morais e religiosos da Igreja não ficam só no discurso, mas também são coerentes com a prática - é o que acabamos de falar aqui. Os presbiterianos empreendem obras sociais em favor da população carente, fazem campanhas para a arrecadação de alimentos, oferecem cursos gratuitos, contribuem efetivamente para a geração de emprego e de renda.

     Aqui, neste parágrafo, abro um parêntese. Não se trata de louvarmos o homem. Não estamos aqui para louvar o homem, mas isto aqui é importante dizer. Isto aqui é importante dizer, para que nossos governantes possam ter como exemplo o que essa instituição faz e possam saber da importância dessa instituição.

     Por que é importante falar isso? Quando visitei a Universidade Mackenzie em São Paulo, ouvi algumas histórias, de que, em determinado momento, o País, o Estado, o governante de plantão praticamente surrupiou, praticamente se apropriou dos bens da Igreja, dos bens da Universidade, e os confiscou.

     Quer dizer, ele não via a importância do trabalho. Por isso, é importante a gente falar isso. Temos de dizer da importância do trabalho da Igreja, do importante trabalho que o Instituto Mackenzie faz. Não é para louvar, é para dizer: “Olha, o trabalho está sendo feito, ele é importante”.

     Por esse motivo, tornaram-se conhecidos e admirados no Brasil e no exterior. Podemos imaginar que o missionário Ashbel Simonton, que trouxe consigo as primeiras lições do reformador João Calvino, ao desembarcar no Brasil, no longínquo ano de 1859, iria sentir-se realizado - Presidente Roberto, não tenho dúvida de que, se ele estivesse neste momento aqui, ele estaria emocionado - ao perceber que a semente plantada fez florescer a Igreja Presbiteriana no Brasil. Quando celebramos os 156 anos de fundação da Igreja, é para aquela época que olhamos e vislumbramos quantas conquistas temos para exaltar!

     Todavia, não é demais dizer que a Igreja Presbiteriana continua sempre em renovação, cada vez mais fortalecida e vitoriosa em seu percurso de serviço ao próximo, conforme a vontade de Deus, e em sua obstinada peregrinação de igreja bíblica, contemporânea, acolhedora das pessoas, presente na cidade e fomentadora da evangelização.

     Os presbiterianos conseguem aliar toda a sua história à pregação da tolerância religiosa. Este é um tema pelo qual, pessoalmente, tenho o maior apreço. Inclusive, sou membro da Frente Parlamentar pela Liberdade Religiosa e Ajuda Humanitária, e muito nos preocupa, neste momento, o conflito no Oriente Médio, sobretudo a questão da Síria, cuja fragmentação do poder opôs diversas etnias de diversos credos, todos envolvidos de modo interminável em um conflito sangrento e fratricida.

     Na religiosidade professada pela Igreja Presbiteriana, esse tipo de conflito não tem respaldo, porque o foco dos fiéis está na tolerância. O patrimônio da Igreja está nas obras sociais e no sistema educacional que criou a serviço do outro, do próximo. O Instituto Mackenzie é o braço da Igreja para a educação e, desde o início, quando recebia filhos de escravos para estudar, até os dias de hoje, vem cumprindo um papel de relevo nas ações de inclusão social e no desenvolvimento da educação no País, servindo como exemplo de gestão dos saberes a outros centros educativos do Brasil.

     Tive a oportunidade de conhecer a Universidade Presbiteriana Mackenzie no final do ano passado e fui muito bem recebido pelo Presidente, o Sr. Maurício Melo de Meneses. Aliás, quem nos levou nessa visita foi o nosso amigo Roni Márcio, que acabou me apresentando o Maurício pessoalmente. Na oportunidade, fui recebido, como eu disse, pelo Presidente Maurício de Melo Meneses e pelo Rev. Davi Charles Gomes, que fez um tour e teve a paciência de passar o dia comigo, mostrando-me toda a estrutura da Universidade. Eles me

guiaram numa visita àquela espetacular ilha do conhecimento, voltada à inclusão e à inovação, que são duas qualidades que gostaríamos de ver disseminadas por todo o ensino brasileiro.

     Portanto, a Instituição Mackenzie é um símbolo a ser seguido, é um exemplo para inspirar novas conquistas na educação de todo o País. Conheci, na Universidade, funcionários, professores, diretores engajados com as transformações sociais à sua volta, pessoas de mente e coração abertos ao novo, trilhando o caminho da filantropia, da inclusão, do apoio à formação integral pela via da educação, do esporte e da cultura, em conjunto.

     No meu entendimento, são as pessoas, mais do que o complexo de edifícios, que tornam a escola presbiteriana bem-sucedida em seus propósitos. Não é que os prédios não sejam importantes. Aliás, são uma maravilha. Fiquei encantado com a estrutura ali. V. Sª está de parabéns, Presidente!

     A história que conhecemos hoje de um centro de excelência começou a ser escrita em 1870, quando o casal de missionários Mary Annesley e George Chamberlain criou a Escola Americana, focada no exercício constante de inclusão social. Uma década e meia mais tarde, já seriam fundadas as faculdades de Filosofia, de Comércio e de Engenharia, como vimos no vídeo e como muitos outros falaram aqui.

     O Instituto parece vocacionado para estar à frente do seu tempo, além de ser a casa de um dos mais antigos centros de estudos voltado à Engenharia; de ter dado origem ao primeiro curso de Arquitetura de São Paulo, bem como aos primeiros cursos de Química Industrial, de Engenharia Química, entre vários outros; e de ter registrado a primeira experiência oficial de cotitulação internacional, tendo a University of The State of New York como entidade associada, ainda no século XIX.

     Percebam, Srªs e Srs. Senadores, que, há mais de 120 anos, o sistema Mackenzie já estava em estreita colaboração com a escola de outros países, enquanto o nosso Ministério da Educação, até os dias de hoje, tem forte resistência aos títulos obtidos no exterior, o que, a meu ver, é contrário à tendência de internacionalização das instituições e mundialização do conhecimento. Nossas escolas não deveriam ser isoladas desse importante intercâmbio com o exterior. Ao contrário, o contato deveria ser estimulado.

     Para finalizar, após esse ligeiro panorama histórico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, mantida sob a égide do Instituto Mackenzie, quero, uma vez mais, agradecer a todos os fiéis presbiterianos pelo dispendioso e pertinaz esforço de construção de um País melhor. Nós, aqui, no Congresso, compartilhamos dessa luta diária contra obstáculo ao desenvolvimento do País em benefício das pessoas. E, pelo transcurso da data comemorativa de sua fundação, a Igreja Presbiteriana do Brasil e o Instituto Mackenzie recebem esta justa homenagem, razão por que parabenizo as duas instituições nas pessoas dos seus líderes, dos seus professores, colaboradores, alunos e fiéis, pela continuidade das realizações acadêmicas e sociais dessas instituições sesquicentenárias.

     Parabéns pela história e muito obrigado pela colaboração que presta à sociedade brasileira. (Palmas.)

     Agora, eu gostaria de convidar o Pastor Valter Moura para que possa encerrar a nossa sessão com uma oração, agradecendo a Deus por este momento.

     Cumprida a finalidade da sessão, agradeço as personalidades que nos honraram com o seu comparecimento, aos Senadores que compareceram.

     O SR. VALTER MOURA - Queremos Te agradecer por toda a graça bendita, manifestada na vida de homens e mulheres, ao longo dos séculos, na formação de um povo do Senhor, de um segmento de toda a comunidade da fé, que é a Igreja Presbiteriana do Brasil.

     Te louvamos pela forma como o Espírito Santo trabalhou nos missionários que vieram de fora, movidos única e exclusivamente pelo senso de fidelidade e amor a um chamado.

     Obrigado pela Igreja que plantaram. Obrigado pelas vidas que foram colhidas por causa do Teu chamado, mediante a pregação fiel do Evangelho, da graça redentora de Jesus Cristo.

     Obrigado pelas nossas lideranças hoje, neste tempo presente, e nós Te pedimos que jamais, juntos, como Igreja, venhamos a nos esquecer da máxima da Reforma, de que tudo é para a glória do Teu nome. Os nossos nomes passarão um dia, mas a Tua palavra jamais há de passar. Que a Igreja continue firme no seu propósito de glorificar o nome do Senhor em todo tempo, em toda circunstância, em todo contexto, seja ele qual for.

     Agradecemos-Te por esta Casa e pedimos que, nesta Casa, o senso de justiça, própria do Reino de Deus, essa justiça que traz equidade, que promove o bem-estar, seja absolutamente generosa entre os Teus filhos que aqui vivem; seja generosa entre o jurídico, responsável por fazer o julgamento das leis, e no Executivo do nosso País, para ser instrumento de bênção na vida da nossa Nação.

     Obrigado pelo nosso querido irmão Senador. Que o Senhor dê a ele, à sua esposa e aos seus filhos, cada vez mais, essa presença pública, mas transparecendo em suas vidas o compromisso que eles têm com a fé cristã.

     Obrigado pela oportunidade de sermos servos do Senhor, de podermos servir, de podermos atuar, de poder ensinar, discipular e permitir que a vocação do Teu povo, como povo de Deus, possa produzir muitos irmãos e irmãs na fé, dedicados ao serviço do Senhor e ao trabalho do Senhor.

     Pai, que nós não venhamos a perder do coração jamais o sentido de vocação interior. Continue a incendiar o nosso coração de fidelidade, de piedade e de paixão pelo Senhor. E que possamos glorificá-Lo em tudo, Pai. Que o amor de Deus, nosso Pai, a graça insondável de Jesus, nosso Senhor, e a comunhão bendita, assim como os frutos, os dons e os ministérios do Espírito Santo permaneçam com a Tua Igreja, com o Teu povo, com a nossa Nação, com esta Casa, hoje e eternamente.

     Amém e amém!

     O SR. PRESIDENTE (José Medeiros. Bloco Socialismo e Democracia/PPS - MT) - Encerrada a sessão.

     Muito obrigado a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 02/12/2015 - Página 35