Discurso durante a 14ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do Governo Federal sob a gestão do PT e críticas à operação da Polícia Federal e à atuação do Juiz Sérgio Moro.

Autor
Donizeti Nogueira (PT - Partido dos Trabalhadores/TO)
Nome completo: Divino Donizeti Borges Nogueira
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Defesa do Governo Federal sob a gestão do PT e críticas à operação da Polícia Federal e à atuação do Juiz Sérgio Moro.
Publicação
Publicação no DSF de 25/02/2016 - Página 104
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, ATUAÇÃO, GOVERNO FEDERAL, GESTÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), COMENTARIO, CRISE, ECONOMIA NACIONAL, ALCANCE, MUNDO, CRITICA, JUIZ FEDERAL, ESTADO DO PARANA (PR), MOTIVO, FAVORECIMENTO, OPOSIÇÃO, REFERENCIA, OPERAÇÃO, POLICIA FEDERAL.

    O SR. DONIZETI NOGUEIRA (Bloco Apoio Governo/PT - TO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, eu me inscrevi para dizer que hoje eu ouvi muita asneira aqui, mas não quero me ater a isso. Eu me inscrevi para dizer que eu defendo o Governo e não há um Senador nesta Casa que possa ser melhor do que eu - pode ser igual -, e nem que tenha mais moral do que eu - pode ter igual. Eu defendo este Governo com orgulho, porque é o Governo que botou o País nos trilhos, um País que estava indo para a decadência.

    As idiotices ditas aqui, de que o País está quebrado, de que o País acabou, são repetições de um bando de papagaios, repetindo o que dizem os grandes meios de comunicação, que são hoje o partido de oposição. É quem coordena a oposição.

    Eu tenho orgulho de defender este Governo, por tudo que ele tem feito de bom neste País. A crise internacional, a qual nós seguramos até o ano passado, é uma crise mundial, é uma crise que assola todos os países. O Brasil não está quebrado. O Brasil de hoje é muito melhor do que o Brasil de 2002. A nossa relação dívida/PIB é uma relação muito diferente. Em 2002, era uma relação de 118%. Hoje está a menos de 60% a relação dívida/PIB.

    Nós tínhamos um dólar que, corrigida a inflação do dólar, do Fernando Henrique, hoje seria praticamente R$7. Nós temos um dólar favorável às exportações brasileiras hoje, na casa de R$4.

    Nós tínhamos um déficit na balança cambial de R$4 bilhões. Foi preciso, inclusive, à época, que o Presidente Lula, e o então candidato Serra, junto com o Presidente Lula, que era candidato, avalizasse um acordo com o FMI para tomar R$40 bilhões emprestados para poder equilibrar essa questão da balança comercial, para ter reserva cambial.

    Hoje, nós temos uma reserva cambial acima de US$370 bilhões.

    Nós temos um País muito mais sólido. Nós temos um mercado consumidor interno muito maior do que naquela época, porque o Governo do Partido dos Trabalhadores incluiu milhões e milhões de pessoas.

    Um governo, em oito anos, não conseguiu gerar 4 milhões de empregos, mas o governo do Presidente Lula e da Presidenta Dilma já gerou mais de 20 milhões de empregos. Agora, com o ajuste e com a crise, nós estamos tendo um certo desemprego, que vai ser recuperado, que vai ser recuperado.

    Então, eu tenho orgulho de defender este Governo.

    Por fim, eu quero dizer que o Sr. Moro é o cabo eleitoral da oposição, não pode mais ser respeitado como um juiz, porque ele é um cabo eleitoral da oposição, que trabalha para poder desestabilizar e derrubar o Governo.

    Essa Operação Lava Jato, se fosse conduzida corretamente, se fosse conduzida para punir todos os devedores, todos os que estão envolvidos, poderia ajudar o País, mas, para ser um espetáculo, para ser um instrumento de desestabilizar o País, ela está dando é prejuízo para o País.

    Quanto ao Sr. Moro, condutor da Operação Lava Jato, eu digo que ele tem partido, ele é do PSDB. Eu digo que os delegados da Polícia Federal também têm partido - fizeram campanha declarada para o Aécio Neves - e hoje são delegados da Operação Lava Jato.

    Então, nós queremos e estamos combatendo a corrupção.

    Não é demais repetir, mais uma vez, o artigo do Ricardo Semler, que é do PSDB, que diz que, nos governos da ditadura, o desvio do PIB era de mais de 5% e que, nos governos que antecederam o PT, era de mais de 3% o desvio do PIB, ou seja, a corrupção implantada pelo governo do PSDB na Petrobras desviava muito mais do que hoje. Por que se desvia menos hoje? Porque o Partido dos Trabalhadores, o governo do Presidente Lula equipou a Polícia Federal, deu autonomia para o Ministério Público, que não a tinha. Eu vejo, aqui, alguém do PSDB, às vezes, dizer: "Não, a autonomia está na Constituição", mas eles não respeitavam a Constituição.

    O Presidente Lula e a Presidenta Dilma têm respeitado o mais votado, mas o PSDB, no governo, nunca respeitou isso. Então, quero reafirmar aqui que a perseguição contra o Presidente Lula não vai dar certo, porque está escrito: o Presidente Lula vai voltar a ser candidato e será Presidente da República mais uma vez, porque o povo brasileiro assim vai querer.

    Quero terminar dizendo que perdemos hoje na votação da Petrobras, mas saberemos encontrar o caminho para recuperar esse patrimônio, que corre o risco de ser desviado.

    Nessa proposta de hoje, no Governo da Presidente Dilma, nós não temos esse risco, mas, num governo do PSDB, eles vão entregar o pré-sal e a Petrobras para as empresas internacionais, que é o acordo que eles têm, inclusive denunciado pelo Wikileaks há alguns anos.

    Então, é isso. Eu quero agradecer a oportunidade e dizer que tenho orgulho de defender o Governo do Partido dos Trabalhadores.

    Não há nenhum Senador aqui que possa se arvorar de ter mais moral do que nós, porque nós defendemos o Governo.

    Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/02/2016 - Página 104