Pronunciamento de Hélio José em 11/03/2016
Comunicação inadiável durante a 28ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal
Registro do transcurso do Dia Mundial do Rim, em 10 do corrente.
- Autor
- Hélio José (PMB - Partido da Mulher Brasileira/DF)
- Nome completo: Hélio José da Silva Lima
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Comunicação inadiável
- Resumo por assunto
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SAUDE:
- Registro do transcurso do Dia Mundial do Rim, em 10 do corrente.
- Publicação
- Publicação no DSF de 12/03/2016 - Página 21
- Assunto
- Outros > SAUDE
- Indexação
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- HOMENAGEM, DIA INTERNACIONAL, ORGÃO HUMANO, FUNÇÃO, ELIMINAÇÃO, TOXINA, ENFASE, UREIA, COMENTARIO, IMPORTANCIA, CAMPANHA, PREVENÇÃO, DOENÇA, CRIANÇA, VINCULAÇÃO, ORGÃO.
O SR. HÉLIO JOSÉ (Bloco Maioria/PMB - DF. Para uma comunicação inadiável. Sem revisão do orador.) - Quero cumprimentar o nosso Presidente Senador Donizeti Nogueira, do Estado do Tocantins; nossos ouvintes da TV Senado e da Rádio Senado; e todos os Senadores presentes nesta sessão.
Venho dizer que, ontem, às 10h, aqui tivemos uma sessão muito importante, que foi a sessão solene sobre o rim. Como eu, o Senador Cristovam e outros Senadores estávamos em comissões - inclusive, eu e o Senador Cristovam estávamos, naquele momento, discutindo os acordos entre Brasil e China, principalmente na questão comercial -, acabamos não podendo estar aqui nessa importante sessão solene, preparada pelo Senador Eduardo Amorim. Então, eu não podia deixar, Srªs e Srs. Senadores, Sr. Presidente, de falar algumas palavras sobre este importante órgão do nosso corpo humano, o rim.
Todos os anos, Sr. Presidente, no dia 10 de março, a Sociedade Brasileira de Nefrologia e suas regionais realizam uma série de atividades para mobilizar a consciência nacional sobre questões importantes relacionadas ao rim.
Como sabemos, o rim é o principal órgão do sistema excretor do corpo humano, responsável por filtrar os produtos do metabolismo de aminoácidos do sangue, principalmente a ureia. Mas as pessoas são pouco ou quase nada esclarecidas sobre os problemas relacionados a esse órgão e não têm uma vida orientada a prevenir os problemas relacionados a ele. Quem aqui sofreu uma cólica renal sabe que é uma dor intensa.
Neste ano, nobre Senador Cristovam, a Sociedade Brasileira de Nefrologia está trazendo ao debate um aspecto fundamental: a prevenção da doença renal na infância. V. Exª, que é o nosso Senador da educação, sabe o tanto que uma criança doente tem dificuldade para assimilar todo o conteúdo educacional. E a questão do rim, que é um órgão essencial do nosso corpo humano, não fica atrás quanto à necessidade de ter uma atenção especial.
Muitas pessoas acham que só as pessoas adultas e com mais idade sofrem de doenças nos rins. É um erro. Crianças também têm problemas ou podem viver situações que poderão causar problemas na vida adulta.
Por isso, a Sociedade de Nefrologia nos informa e pede que divulguemos que a Doença Renal Crônica (DRC) em crianças traz consequências devastadoras para o crescimento, para o desenvolvimento cerebral e para a expectativa de vida ao nascer. Daí as dificuldades relacionadas também à educação. O tratamento dessa condição de alta complexidade é difícil, caro e trabalhoso, nobre Senador Donizeti. Daí a minha concordância com sua ponderação, há poucos minutos, de que o ataque tem de ser à causa, não tem de ser à consequência, porque, quando nós não atacamos a causa, acabamos tendo de correr atrás do prejuízo.
A progressão da Doença Renal Crônica pode ser retardada, desde que o diagnóstico seja feito a tempo com a adoção de medidas apropriadas. No Brasil, há diferenças regionais importantes na incidência e prevalência da Doença Renal Crônica, com maior frequência da doença, por incrível que pareça, nas regiões mais desenvolvidas do País, que são o Sul e o Sudeste.
O diagnóstico da Doença Renal Crônica em crianças no Brasil, na maioria das vezes, é tardio e incompleto. A Doença Renal Crônica na infância é diferente daquela dos adultos.
(Soa a campainha.)
O SR. HÉLIO JOSÉ (Bloco Maioria/PMB - DF) - As anomalias congênitas e as doenças hereditárias são os diagnósticos mais frequentes, enquanto glomerulopatias e doenças renais por diabetes são incomuns.
Eu, por exemplo, sofro com a diabetes tipo 2, causada pelo estresse, causada por esta vida muitas vezes atabalhoada que levamos. Nós acabamos adquirindo-a devido a alguns hábitos não tão recomendáveis, como comer fora de hora, tomar pouca água e sofrer uma pressão estressante quase constante.
É necessário um grande esforço para que as crianças com Doença Renal Crônica, onde quer que vivam, possam ser tratadas de forma eficaz, independentemente de suas circunstâncias geográficas ou econômicas.
(Soa a campainha.)
O SR. HÉLIO JOSÉ (Bloco Maioria/PMB - DF) - Ao longo dos anos, essa campanha de prevenção tem se intensificado, ampliando, cada vez mais, o número de pessoas atingidas pelas informações sobre a prevenção e a importância do diagnóstico precoce da Doença Renal Crônica. Daí a importância desse programa da Dilma, em que há o médico em cada cidade, porque ele pode dar um diagnóstico desses e, consequentemente, prevenir uma doença tão grave quanto essa.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia e todos os médicos e médicas estão de parabéns pela mobilização. Espero que isso ajude as crianças. Elas são o nosso maior legado. A saúde delas é nossa maior responsabilidade.
Eram essas poucas palavras, nobre Senador Donizeti, que eu gostaria de aqui expressar.
Ontem, houve uma importante sessão solene nesta Casa para comemorar o Dia Mundial do Rim, e eu não podia deixar de registrar essa importante ponderação sobre a necessidade...
(Soa a campainha.)
O SR. HÉLIO JOSÉ (Bloco Maioria/PMB - DF) - ... de prevenir as nossas crianças no sentido de evitar esse mal.
Muito obrigado, Excelência.
Muito obrigado a todos.