Discurso durante a 37ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Comentário sobre os telegramas enviados pelo Itamaraty alertando sobre o risco de um golpe político no País.

Autor
Tasso Jereissati (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/CE)
Nome completo: Tasso Ribeiro Jereissati
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL:
  • Comentário sobre os telegramas enviados pelo Itamaraty alertando sobre o risco de um golpe político no País.
Publicação
Publicação no DSF de 24/03/2016 - Página 23
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL
Indexação
  • COMENTARIO, REMESSA, TELEGRAMA, AUTORIA, ITAMARATI (MRE), ASSUNTO, AVISO, PERIGO, GOLPE DE ESTADO, BRASIL.

    O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE. Sem revisão do orador.) - Presidente Renan, eu gostaria aqui... Sem querer provocar nenhuma polêmica, acho que é importante, por parte de V. Exª... Importante não, acho que é essencial. O Itamaraty está divulgando uma circular para o mundo inteiro, para todos...

(Intervenção fora do microfone.)

    O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE) - É pela ordem, eu não vou discursar.

(Soa a campainha.)

    A SRª VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco Socialismo e Democracia/PCdoB - AM. Fora do microfone.) - Mas eu também queria falar sobre isso, o senhor já falou. Eu não pude falar sobre isso.

    O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Oposição/PSDB - CE) - ... dizendo que há em andamento no Brasil um golpe parlamentar. Acho que V. Exª hoje, como nosso Presidente, em defesa do Congresso Nacional, da reputação e da imagem do Congresso, precisa dar uma palavra oficial sobre esse assunto.

    Eu não sou golpista, Presidente. Eu me sinto, Senador, particularmente, pessoalmente, insultado. Eu não sou golpista. Sempre defendi, na minha vida toda, a Constituição, em todos os momentos. Nunca mudei de lado em relação a isso, de maneira alguma, e me sinto ofendido pessoalmente quando se diz que é um golpe parlamentar.

    Eu sou Parlamentar, não sou golpista. Defendo - e não é mais do que a minha obrigação defender - que a Constituição seja obedecida rigidamente. Não aceito e não posso aceitar que haja uma acusação, e quase que oficial, por parte do Itamaraty de que haja um golpe parlamentar em andamento neste País. Eu acho que, se essa versão prosseguir, Senador Caiado e Senador Jorge, nós deveríamos renunciar e sair daqui, porque não quero passar para a história, não. Eu acho que nós temos que seguir e termos cada um a liberdade, como é próprio do Congresso Nacional, de agir de acordo com a sua consciência e com a lei.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 24/03/2016 - Página 23