Pronunciamento de Waldemir Moka em 23/03/2016
Discurso durante a 37ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal
Defesa da constitucionalidade do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
- Autor
- Waldemir Moka (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
- Nome completo: Waldemir Moka Miranda de Britto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Defesa da constitucionalidade do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
- Publicação
- Publicação no DSF de 24/03/2016 - Página 24
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
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- DEFESA, CONSTITUCIONALIDADE, PROCESSO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é muito ofensivo para quem tem uma posição divergente daquilo ali. Eu ocupei a tribuna ontem, eu não consigo entender essa questão de golpe quando você tem uma comissão especial criada na Câmara, com participação, inclusive, de Deputados que têm posição contrária. Todos os partidos estão representados. Ali haverá um parecer que será votado, no plenário da Câmara, que terá que ter 342 votos "sim". Depois disso, se houver os 342 votos "sim", vem ao Senado, que reunido vai ainda votar se dará ou não prosseguimento ao processo. Em caso de o Senado dizer sim, vai continuar. E quem vai presidir o processo em si é o Presidente do Supremo. V. Exª sabe disso. Aí nós teremos que ter 54 votos dos Srs. Senadores para aprovar. E aí eu pergunto: onde está o golpe?
Agora, se todos nós aqui que fomos eleitos legitimamente pelos nossos Estados não temos representatividade política para decidir sobre isso, então, realmente eu não sei mais. O nosso regime é democracia representativa. A luta política, eu respeito. Agora ser aqui chamado de golpista? Eu, que tenho uma luta inteira dedicada, que lutei para que este País tivesse a redemocratização, que tenho nove mandatos consecutivos num único Partido e ao qual tenho a minha vida inteira dedicado, não vou ser chamado de golpista, porque eu nunca fui, Sr. Presidente.
E isso eu não vou admitir, seja de quem for. Que digam que divergem, que não querem, e vamos discutir. Em algum momento, nós vamos. Quando a sociedade não tem um consenso, qual é a forma de dirimir esse problema? É no voto. No voto onde? No Congresso Nacional. É isso que nós temos de admitir ou, então, não vai mais haver razão de existir o Congresso Nacional.
É isso, Sr. Presidente.