O SR. GLADSON CAMELI (Bloco Democracia Progressista/PP - AC. Sem apanhamento taquigráfico.) - Srªs Senadoras e Srs. Senadores, quero nesta tarde, expressar minha preocupação com os últimos acontecimentos pela qual passa nossa economia e o país. Hoje li os principais jornais, sigo as redes sociais e agora tarde tenho acompanhado atentamente os debates dos nobres senadores e senadoras nesta sessão extraordinária.

    Esta semana o telespectador da TV Senado tem assistido discursos acalorados contra ou a favor da política econômica, da volta do ex-presidente Lula ao Palácio do Planalto; de maneira respeitosa, balizada pelos princípios que norteiam nossa Constituição.

    Esta Casa parece ter se esquecido da maior manifestação popular de maneira voluntária ocorrida no último final de semana. Das manifestações de ontem e hoje. Por ora, não se fala mais da maior crise econômica das últimas décadas, das taxas astronômicas de desemprego e ainda da queda, ladeira abaixo, do PIB.

    Para ser uma ideia do tamanho da crise, sete vírgula três por cento dos desempregados estavam há mais de dois anos procurando uma vaga e janeiro. Em dois mil e quatorze, essa parcela era de cinco e meio por cento. Nesse cenário, sete vírgula seis por cento correspondem à taxa de desemprego em seis grandes metrópoles em janeiro desse ano.

    Há um ano, era de cinco vírgula três por cento segundo dados oficiais. Em relação aos trabalhadores que deixaram de contribuir para Previdência Social no início do ano, frente a janeiro de dois mil e quinze, corresponderam a trezentos e setenta e sete mil trabalhadores.

    Conclamo esta Casa para ser proativa. Vamos, senhoras senadoras, senhores senadores, trabalhar. Vamos parar de ofensas, de polarização, de antagonismos. Estamos todos no mesmo barco chamado Brasil. Fomos eleitos porque confiaram em nosso trabalho. Sejamos responsáveis neste momento em que a Nação pede dos seus representantes uma solução.

    Era o que tinha a dizer.

    Muito obrigado!