Pronunciamento de Cristovam Buarque em 16/03/2016
Discurso durante a 31ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Comentário sobre a divulgação de ligação telefônica entre o ex-Presidente Lula e a Presidente Dilma Rousseff.
- Autor
- Cristovam Buarque (PPS - CIDADANIA/DF)
- Nome completo: Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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GOVERNO FEDERAL:
- Comentário sobre a divulgação de ligação telefônica entre o ex-Presidente Lula e a Presidente Dilma Rousseff.
- Publicação
- Publicação no DSF de 17/03/2016 - Página 71
- Assunto
- Outros > GOVERNO FEDERAL
- Indexação
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- COMENTARIO, DIVULGAÇÃO, DIALOGO, LUIZ INACIO LULA DA SILVA, EX PRESIDENTE DA REPUBLICA, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, ASSUNTO, ENCAMINHAMENTO, TERMO DE POSSE, MINISTRO DE ESTADO, CASA CIVIL, NECESSIDADE, INVESTIGAÇÃO, LEGALIDADE.
O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF) - Presidente, permita-me.
O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - Senador Cristovam Buarque.
O SR. CRISTOVAM BUARQUE (Bloco Socialismo e Democracia/PPS - DF. Sem revisão do orador.) - Presidente, é muito difícil dar razão a dois lados antagônicos, mas, surpreendentemente, desta vez, os dois lados têm razão.
O Senador Pimentel e o Senador Telmário têm razão na preocupação com a Constituição, ou seja, se o fato de haver a gravação foi constitucional, se a divulgação foi constitucional. É verdade. Agora, não se pode também usar a Constituição para esconder a gravidade do conteúdo da conversa. Os dois fatos são extremamente graves.
Junte-se a isso o clamor que o povo está tendo faz meses, dias depois da passeata, hoje e agora com esse diálogo divulgado em todas as redes.
De fato, Senador Telmário, eu creio que pesa sobre o Senador Renan a responsabilidade de nos convocar para termos uma conversa séria em Plenário ou em grupos sobre tudo.
O conteúdo não pode ser esquecido. A divulgação da gravação também não. Há algo muito grave no ar. E esses dois fatos se juntam, apesar de lados diferentes, demonstrando que temos que fazer algo. Não podemos continuar apenas assistindo a diálogos desse tipo, diálogos que desmoralizam a República, à gravação do diálogo e à sua divulgação. Os dois lados, lamentavelmente, têm razão.