Pronunciamento de Gladson Cameli em 16/03/2016
Discurso durante a 31ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Registro da participação de S. Exª na 36ª sessão plenária do Parlamento do Mercosul, ocorrida em Montevidéu, em 14 do corrente.
- Autor
- Gladson Cameli (PP - Progressistas/AC)
- Nome completo: Gladson de Lima Cameli
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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ATIVIDADE POLITICA:
- Registro da participação de S. Exª na 36ª sessão plenária do Parlamento do Mercosul, ocorrida em Montevidéu, em 14 do corrente.
- Publicação
- Publicação no DSF de 17/03/2016 - Página 137
- Assunto
- Outros > ATIVIDADE POLITICA
- Indexação
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- REGISTRO, REPRESENTAÇÃO, ORADOR, LEGISLATIVO, BRASIL, SESSÃO LEGISLATIVA, PARLAMENTO, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL), ENFASE, COLABORAÇÃO, ESFORÇO, COMBATE, AEDES AEGYPTI, TRANSMISSÃO, VIRUS, DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA.
O SR GLADSON CAMELI (Bloco Democracia Progressista/PP-. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, tive a honra, esta semana, de representar o Legislativo brasileiro na trigésima sexta sessão plenária do Parlamento do Mercosul, que aconteceu na segunda-feira, 14 de março, em Montevidéu, no Uruguai. Prestei o meu compromisso na qualidade de integrante da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, que é uma comissão mista permanente, presidida de maneira competente pelo Senador Roberto Requião.
Sr. Presidente, juntos os países do Mercosul são uma potência econômica. O bloco representa a quinta maior economia do mundo e reúne duzentos e setenta e cinco milhões de pessoas. É o maior produtor e exportador mundial de soja. O primeiro produtor - e segundo maior exportador mundial - de carne bovina. O quarto produtor mundial de vinho. O nono produtor mundial de arroz e tem a maior reserva de petróleo do mundo.
E, se juntos temos a força econômica, juntos também temos os problemas e temos as soluções. Aprovamos, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, o Protocolo de Controle e Prevenção do Vírus da Dengue e do Vetor Aedes Aegypti. Este protocolo é um marco para que os países possam debater e discutir possíveis respostas e soluções para os problemas criados pela epidemia.
Enquanto legisladores, temos a clareza de que o Parlasul não tem poderes para impor medidas e que os posicionamentos são declaratórios. Porém, para além do alcance de um simples pronunciamento, a nossa proposta, do Parlamento do Mercosul, é colaborar para reforçar o combate ao vírus e para que sociedade possa compreender a necessidade de se adotar as medidas recomendadas diuturnamente.
A dengue é um problema de saúde pública mundial. Teremos este ano os Jogos Olímpicos e também partidas das Eliminatórias do Mundial de Futebol de 2018. É importante que os portos, aeroportos e as passagens de fronteira de todos os países contem com um sistema de informação de fácil acesso, que oriente os visitantes sobre as medidas de controle que desenvolvemos em nosso país e inclusive a nossa situação epidemiológica. Sabemos que existe o risco de o vírus da Zika se propagar. A febre Zika e a Chikungunya que também são causadas pelo Aedes Aegypti.
Nós, os parlamentares do Brasil, da Argentina, do Paraguai, do Uruguai e da Bolívia, países que fazem parte do bloco, discutimos a necessidade de monitorar a circulação do vírus nas áreas endêmicas, identificar fatores de risco e definir a metodologia de notificação, coleta e análise dos dados. E firmamos um compromisso de colaborar para cumprir o protocolo.
Participei, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, de reuniões muito produtivas. E saí com boas expectativas. Vi em todos os representantes o anseio de concretizar em curto tempo, acordos junto à União Europeia, para atrair investimentos a esta parte do continente americano. E mais adiante, estender as parcerias com o Canadá, a Aliança do Pacífico, a China e a Índia.
Volto desse encontro com a certeza de que devemos buscar, acima de tudo, o bem-estar social para os cidadãos que depositam em nós a sua confiança. Não apenas para os cidadãos brasileiros, mas para os cidadãos do Mercosul. É preciso enfrentar as crises, sejam de saúde, econômicas, políticas ou sociais. Não há dúvida que devemos fazer frente a qualquer ameaça. A maneira como vamos enfrentá-las é que vai fazer a diferença.
Agradeço, Sr. Presidente.