O SR. GLADSON CAMELI (Bloco Democracia Progressista/PP - AC. Sem apanhamento taquigráfico.) - Sr. Presidente, Srªs Senadoras e Srs. Senadores, venho a esta tribuna para me somar às homenagens pelo Dia Internacional da Mulher.

     Como filho, marido e político não poderia deixar de fazê-lo. É impossível não homenagear aquelas que são o pilar de nossa sociedade.

     De acordo com o IBGE, em 2013, elas já eram responsáveis pelo sustento de 37,3% das famílias brasileiras. A consultoria Oficina Sophia e a EC Global divulgaram uma pesquisa recente, Srs. Senadores, Srªs senadoras, que mostra que as mulheres já tomaram a dianteira para fazer frente à crise e mudaram o hábito de compras, para cortar itens considerados supérfluos. Elas, mais uma vez, estão na frente, para não deixar seus filhos e maridos, aqueles que elas amam, passarem por qualquer tipo de necessidade. Lutam por eles, por nós. Esse espírito aguerrido, combativo, que deve ser respeitado e festejado.

     Aproveito este dia para conclamar todas as mulheres, Srªs Senadoras, principalmente as mulheres acreanas, a trazerem essa força também para a política. Hoje o Senado Federal homenageou o ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Melo, com o diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz. Ele é o primeiro homem a receber esse reconhecimento tão importante e um dos motivos foi pela campanha “Mais Mulheres na Política”. E o ministro Marco Aurélio tem razão. Homens e mulheres precisam caminhar juntos. É assim que se formam as famílias, as parcerias, o bem-estar social. Por meio do equilíbrio.

     Pela contagem do censo de 2010, lá no Acre nós estamos em equilíbrio no que diz respeito à população: 49,79% é feminina. Mas em termos de representação, o Acre não tem nenhuma Senadora e apenas uma Deputada federal. Nenhuma mulher, Sr. Presidente, assumiu em 2013, o posto de chefe do Poder Executivo Municipal. Até 2012, o Acre tinha três mulheres conduzindo as ações municipais. Mas o nosso estado, Srs. Senadores, tem amadurecimento político e mulheres de fibra. Poucos se lembram de que o Acre teve no Senado, em 1981, a primeira Senadora negra, Laélia de Alcântara. Não se surpreendam se for o Acre o primeiro estado a refletir a sua contagem populacional e tornar iguais, também na política, homens e mulheres. Sabemos que as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres não foram fáceis. A História está aí para comprovar. Mas sabemos também que dentro de cada uma delas está um pouco de Maria Quitéria, a militar brasileira, heroína da Guerra da Independência; um pouco de Marie Curie, a cientista polonesa, primeira mulher a receber um Prêmio Nobel e a primeira pessoa e única mulher a ganhar o prêmio duas vezes. Mas todas elas, com certeza, carregam muito de mãe, muito de amiga e muito de companheira.

     Parabéns a elas.