Explicação pessoal durante a 52ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Defesa da rejeição do impeachment da senhora Dilma Rousseff, Presidente da República, devido à ausência de cometimento de crime de responsabilidade.

Autor
Telmário Mota (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RR)
Nome completo: Telmário Mota de Oliveira
Casa
Senado Federal
Tipo
Explicação pessoal
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Defesa da rejeição do impeachment da senhora Dilma Rousseff, Presidente da República, devido à ausência de cometimento de crime de responsabilidade.
Publicação
Publicação no DSF de 16/04/2016 - Página 20
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, REJEIÇÃO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, MOTIVO, AUSENCIA, CRIME DE RESPONSABILIDADE.

    O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Apoio Governo/PDT - RR. Para uma explicação pessoal. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, blá-blá-blá significa discurso longo e vazio, sem fundamento; na verdade, sem fundamento naquilo que realmente está acontecendo.

    Engraçado, eu estava verificando aqui que o PMDB, do qual o Senador participava, era sócio majoritário do PT por treze anos. E, no final do ano, o Partido recomendou ser aprovado no Congresso, no dia 2 de dezembro, que fosse alterada a meta fiscal de R$63,3 milhões para R$119 bilhões. Ficaram extremamente protegidas todas as questões dos créditos. Portanto, de acordo com o Supremo Tribunal, o que está em jogo hoje são as pedaladas e os créditos suplementares. E os créditos estão protegidos pelo próprio Congresso. Já estão protegidos pelo próprio Congresso.

    Então, o que se viu aí foi falar em ritos. O que nós conseguimos ver na oposição, certa hora, é que ela não consegue conviver com o contraditório. É uma conversa sozinha para o povo ouvir, para tentar passar para o povo como se fosse um processo natural. Mas o que está em curso é um golpe, o que está em curso é a imagem do nosso País. Como saiu hoje no New York Times: uma gangue tenta tirar a Presidenta da República. Imaginem essa imagem.

    Eu me lembro - só para concluir, Sr. Presidente - que, também no rito, condenaram Jesus à morte e o crucificaram. Os barrabás da vida fizeram isso, dentro do rito. Naquele momento, Cristo era um conspirador ao regimento de Barrabás. E fizeram aquilo. A história depois reconheceu e ele hoje é, sem nenhuma dúvida, o implantador do cristianismo no mundo.

    Então, amanhã, se Deus nos livre, acontecesse esse golpe, as pessoas irão perceber que é uma gangue. E eu quero colocar o nome para depois não colocarem pessoas de bem no meio, Alvaro: O Sr. Cunha, carro-chefe da gangue; o maestro, que está olhando a bússola, é o Temer, de olho na Presidência da República, sem ter direito no voto.

    Brasil, acorda!


Este texto não substitui o publicado no DSF de 16/04/2016 - Página 20