Discurso durante a 39ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Preocupação com a crise política e econômica instalada no País.

Autor
Eduardo Amorim (PSC - Partido Social Cristão/SE)
Nome completo: Eduardo Alves do Amorim
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ATIVIDADE POLITICA:
  • Preocupação com a crise política e econômica instalada no País.
Publicação
Publicação no DSF de 30/03/2016 - Página 39
Assunto
Outros > ATIVIDADE POLITICA
Indexação
  • APREENSÃO, SITUAÇÃO, POLITICA, ECONOMIA NACIONAL, DEFESA, ATUAÇÃO, CONGRESSO NACIONAL, SOLUÇÃO, CRISE.

    O SR. EDUARDO AMORIM (Bloco União e Força/PSC - SE. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, colegas Senadores, Srªs e Srs. Senadores, aqueles que nos ouvem pela Rádio Senado, expectadores da TV Senado e todos que nos acompanham pelas redes sociais, serei breve nas minhas palavras.

    Sr. Presidente, hoje, o que me traz a esta tribuna é a necessidade de, diante de tudo o que estamos vivendo, falar de renascimento e esperança. A Páscoa cristã é uma das festividades mais importantes para os cristãos, pois representa a ressurreição de Jesus Cristo, o filho de Deus.

    E, aqui, Sr. Presidente, gostaria de citar Jean-Yves, escritor, filósofo, teólogo e sacerdote ortodoxo, que escreveu - abro aspas:

Sede passantes! Este tema da passagem é o tema da Páscoa. Pessah, em hebraico, quer dizer passagem. A passagem, no rio, de uma margem à outra margem; a passagem de um pensamento a outro pensamento; a passagem de um estado de consciência a outro estado de consciência; a passagem de um modo de vida a outro modo de vida. Somos passageiros. [Fecha aspas.]

    E este é o momento que estamos vivendo, Sr. Presidente, um momento de passagem, um momento de mudanças, um momento que - como em qualquer transição - traz consigo a instabilidade, a insegurança, mas, sobretudo, nos convoca ao equilíbrio e à responsabilidade com a Nação. Vivemos a angústia deste agora. Entretanto, rebaixar a política a uma situação de total descrença nunca foi uma boa ideia perante o presente, e muito menos com relação ao futuro. E, quando agimos, baseados unicamente nas paixões, perdemos foco e eliminamos, muitas vezes, as nuances e a complexidade da situação.

    Hoje, entretanto, o que temos é a perspectiva de uma diminuição do PIB em 4% neste ano. Já foram aproximadamente 4% no ano passado, uma inflação superior a 10%, e a redução dos salários reais. A taxa de desemprego quase dobrou desde 2014. E um, em cada cinco jovens brasileiros, está sem trabalho.

    Economistas alertam para uma geração perdida. Para a maioria das empresas e para os trabalhadores, a perspectiva é sombria. A economia sofre sua pior recessão desde a década de 30.

    O Brasil, Sr. Presidente, colegas Senadores, vem construindo sua história democrática - é verdade! E, em uma democracia, espera-se que todos os cidadãos se responsabilizem por suas escolhas e pelas suas atitudes. Apoiar-se na razão e no conhecimento pode ser difícil, entretanto, acredito ser este o caminho para a construção de um projeto que recoloque, definitivamente, o País, o nosso Brasil, nos trilhos da dignidade; que traga de volta o crescimento; que traga de volta os postos de trabalho; que traga de volta a confiança na nossa economia; que traga de volta a paz de cada brasileiro. O momento é de agir com determinação, de honrar o que determina nossa Carta Magna, aqui presente, fazer o que precisa ser feito, de agir pelo bem do País e de todos os cidadãos que aqui vivem.

    Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, independentemente de bandeiras partidárias, o Congresso Nacional precisa atuar em consonância com as leis deste País e com o bem-estar desta Nação. Foi para isso que fomos eleitos. De fato, o momento é de mudanças e, de fato, para todos nós a esperança é a última que morre, Sr. Presidente, mas, para que ela se torne realidade e se transforme em dignidade, precisamos ter atitudes dignas, corajosas e coerentes.

    Então, que Deus nos ilumine neste momento e que hajamos com as nossas consciências, para o que precisa ser feito, porque do jeito que está, Sr. Presidente, não dá para continuar!

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 30/03/2016 - Página 39