Pela Liderança durante a 53ª Sessão Não Deliberativa, no Senado Federal

Críticas a parlamentares governistas por tentarem promover uma dicotomia na sociedade entre os favoráveis e os contrários ao impeachment de Dilma Rousseff, Presidente da República.

Defesa da legalidade e da legitimidade das manifestações dos Deputados Federais durante a votação da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Presidente da República.

Autor
Blairo Maggi (PR - Partido Liberal/MT)
Nome completo: Blairo Borges Maggi
Casa
Senado Federal
Tipo
Pela Liderança
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Críticas a parlamentares governistas por tentarem promover uma dicotomia na sociedade entre os favoráveis e os contrários ao impeachment de Dilma Rousseff, Presidente da República.
PODER LEGISLATIVO:
  • Defesa da legalidade e da legitimidade das manifestações dos Deputados Federais durante a votação da admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff, Presidente da República.
Aparteantes
José Medeiros, Magno Malta.
Publicação
Publicação no DSF de 19/04/2016 - Página 32
Assuntos
Outros > GOVERNO FEDERAL
Outros > PODER LEGISLATIVO
Indexação
  • CRITICA, GRUPO, SENADOR, APOIO, GOVERNO FEDERAL, MOTIVO, TENTATIVA, CRIAÇÃO, ANTAGONISMO, POPULAÇÃO, ASSUNTO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.
  • REGISTRO, AUSENCIA, ILEGALIDADE, ILEGITIMIDADE, MANIFESTAÇÃO, AUTORIA, DEPUTADO FEDERAL, PERIODO, VOTAÇÃO, ADMISSIBILIDADE, PROCESSO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, CONSTITUCIONALIDADE, PROCEDIMENTO.

    O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco Moderador/PR - MT. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, neste final de semana, eu, como a grande maioria dos brasileiros, assisti pela TV, ou ouvi pelo rádio, aos desdobramentos aqui de Brasília. Nos últimos dias, ouvindo os discursos que são feitos aqui na tribuna do Senado, chama-me atenção a situação para que estamos nos encaminhando, em que as lideranças e os partidos tentam separar os brasileiros em dois grupos - o "eles", o "nós", os "a favor", os "contra" -, e não conseguem avançar na direção de um entendimento ou, pelo menos, de entender a situação na qual nos encontramos neste momento, de piora violenta que houve na economia. E a impressão que tenho, ao ouvir alguns colegas, é de que alguém não quer, alguém não aceita, alguém não deseja que os brasileiros menos favorecidos no passado, que ganharam condição ou ascenderam socialmente, e que passaram a fazer compras, a ter crédito, a andar de avião ou de ônibus, quem não andava, a impressão que dá é a de que esses brasileiros chegaram a essa condição, por um favor de alguém, e agora os outros estão cobrando e dizendo: "Não, você não pode ficar aqui; você tem que voltar para onde estava".

    E sinto que a culpa é jogada, entre aspas, em "uma elite brasileira" que não quer a presença desses brasileiros nos mesmos aeroportos, nas mesmas rodoviárias, nas mesmas praias, nos mesmos restaurantes. Acho isso um erro total, absoluto, despropositado. Quem não quer manter a condição de compra e ascensão social que esses brasileiros tiveram nos últimos anos?

    Acho até uma falta de bom senso dizer que alguém não quer esses brasileiros no mesmo lugar. Ora, meu Deus do céu! Todos queremos é a partir daí; todos queremos é continuar a fazer com que esses brasileiros que ascenderam socialmente possam continuar a avançar e possam continuar a comprar e fazer as coisas.

    Eu, quando - Senador Magno, já lhe dou um aparte - subo nesta tribuna, e subi várias vezes aqui para defender a questão do impeachment, até disse que havia um cadáver insepulto na sala, que precisava ser tirado, e falava isso já no ano passado. E, quando falava isso, é porque não queria, não desejava e tinha certeza absoluta de onde chegaríamos no dia de hoje. Chegaríamos com perdas substanciais na economia brasileira; chegaríamos com as perdas daqueles que foram alçados a outra condição.

    E esses que foram alçados a outra condição iriam perder essa situação, porque o Estado não produz, o Estado não gera riqueza. Quem gera riqueza e quem produz são os empresários, são os trabalhadores, são todos aqueles que põem a mão na massa, de uma maneira ou de outra, e que geram a riqueza. E essa riqueza é que vem para o Governo e, a partir do Governo, pode voltar em programas sociais.

    Ouço o Senador Magno Malta que está com pressa de falar aqui.

    O Sr. Magno Malta (Bloco Moderador/PR - ES) - Senador Blairo, Líder, eu o escuto com muita atenção, porque...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Magno Malta (Bloco Moderador/PR - ES) - ... V. Exª é um exemplo. V. Exª e sua família são geradores de honra no Mato Grosso e por todo o Brasil. Quem gera emprego gera honra. A honra de um homem é o seu trabalho. V. Exª e a sua família têm dado milhares de emprego por conta das atividades bem-sucedidas, como empresário que é V. Exª. Eu ouço V. Exª com atenção, porque sei que V. Exª, ex-Governador, um homem lúcido, que conhece a economia deste País, começa a fazer um relato para desmontar um discurso de campanha eleitoral que é muito mais para as bases, enquanto o processo ainda estava na Câmara, ou que é a tentativa de confundir alguns indoutos - ou que fingem que são indoutos, mas não são -, de confundir a cabeça de outros. V. Exª fala que o discurso é de que os avanços sociais serão perdidos e de que a elite quer tirar exatamente a santa Dilma Rousseff para que os mais pobres, os mais simples deixem de andar de avião e não estejam nas praças de alimentação dos aeroportos do Brasil e vice-versa, um discurso absolutamente sem sentido e desencontrado. Veja bem, quando eles falam isso, tentando mostrar o currículo no avanço social, e dizem que fizeram o Pronatec, ninguém pode desmentir. Vai tapar o sol com a peneira? Não pode. Foi feito, sim. Eles dizem que fizeram os IFs, escolas técnicas. Alguém vai tirar? Não, é verdade. Foi feito o Bolsa Família. É verdade. Só que o Bolsa Família tem que ter duas portas: uma de entrada e uma de saída. Eles só fizeram com uma, em que a pessoa entra e fica presa ali dentro: "Você é meu, o boi não lambe e, daqui para frente, vai fazer o que nós mandarmos, eleitoralmente, seu voto é meu, e está tudo certo". Mas esse não é o bom programa social. Nós fizemos isso. Tudo bem! Fizeram. Houve inclusão social? Houve. Ninguém pode ficar cego para isso. Por que houve a inclusão social? Porque os fundamentos da economia já haviam sido dados pelo governo Fernando Henrique Cardoso, o que eles não são capazes de reconhecer, até porque eles não reconhecem nada. Eu tenho medo de eles falarem que foi Lula que rezou a primeira missa no Brasil. Os fundamentos economia tinham sido dados, o Brasil tinha economia forte, solidificada, já respeitada no mundo. Foi possível fazer? Foi. Ponto. Foi feito. Agora, Senador Blairo, por terem feito Pronatec, Bolsa Família, universidades, eles agora estão autorizados a cometer qualquer tipo de crime e ser perdoados? Com esses programas sociais, eles podem pintar a sapequeira e ninguém pode falar nada, porque, se você disser que cometeram crime, vão dizer: "Não! Vão esquecera o que fizemos?" Se alguém diz: "Olhem os desmandos na Petrobras", eles vão dizer: "Mas vocês estão esquecendo o que nós fizemos, o que essa mulher fez, Luz para Todos, o que esse homem fez". Mas pode cometer crime? Não! Nenhum homem está autorizado a cometer crime e depois se safar por conta do seu currículo. Há que se entender que isso não foi feito do dinheiro do bolso, foi feito com o suor do brasileiro. Ela cometeu crime de responsabilidade fiscal. Quem é a elite? Eu subi aqui no elevador, e a ascensorista do elevador dizia: "Senador, vai tirar, não vai?" Eu falei: "Você mora no Lago Sul?" Ela disse: "Não, senhor, eu sou ascensorista do elevador". Eu disse: "Ah, porque estão dizendo que quem fala isso é a elite". É a elite de motorista desempregado, elite de cobrador de ônibus desempregado. Então, isso não cola. E volto ao ponto, para devolver para V. Exª a palavra. Eles dizem que eles não suportam...

(Soa a campainha.)

    O Sr. Magno Malta (Bloco Moderador/PR - ES) - ... ver pobre no aeroporto. Eu nunca fui espancado em aeroporto, e eu sou pobre. Isso é bobagem. Há esses pobres, por exemplo, que receberam Minha Casa, Minha Vida, esses que pagam o mínimo, R$100, R$150, R$75, R$200. Eles são financiados pela Caixa: a Caixa paga tudo, e ele paga R$100 para a Caixa. Agora, eles perderam o emprego, não têm seguro-desemprego, vão ficar inadimplentes de R$150 com a Caixa. E, quando fizer cinco meses de inadimplência, sabe o que vai acontecer com esse pessoal que recebeu Minha Casa, Minha Vida? A Caixa vai tomar a casinha deles, porque estão inadimplentes. A Caixa não vai perdoar. E as pedaladas se constituem em uma realidade tão verdadeira, que o banco entrou na Justiça contra o Governo para receber o dinheiro dele, das pedaladas fiscais. Então, isso é uma falácia. Eu não acho que isso seja um bom discurso e não acho que seja um bom discurso hoje no Senado a Base do Governo...

(Interrupção do som.)

    O Sr. Magno Malta (Bloco Moderador/PR - ES) - ... ir para a tribuna nos chamar de golpistas. Isso não gera diálogo, não gera conversa. Eu não sou golpista e, se me chama de golpista, não quero sentar para conversar. Se o Senador Jorge me chamar para conversar no meu gabinete ou no gabinete dele, pela deferência que tenho a ele, até porque temos uma luta homérica neste País juntos lá no Acre, eu vou sentar com ele e vou ouvi-lo, e ele vai me ouvir. Se qualquer Líder, como o Senador Humberto, me chamar, eu vou sentar. Aqui, a Casa é pequena, e nós podemos nos falar diferentemente. Agora, ir para a tribuna, mostrar papel e dizer "Não, porque um falou em nome da mãe, em nome dos filhos; o outro disse que estava votando em nome do pai dele, em nome do Estado dele"... Ia falar em nome de quem? É só pegar o impeachment do Collor e ver como é que o PT votou naquela época: "Pela libertação do Brasil, por Zumbi, por minha mãe, pelos desempregados do ABC paulista"... O sujeito está lá, o voto é dele, ele fala como ele quiser e da maneira do sentimento dele. E isso não vai mudar voto aqui no Senado. Esse tipo de discurso na tribuna do Senado não muda meu voto, não muda seu voto, não me convence, não me leva para um diálogo. Nós não queremos ser afrontados aqui com esse tipo de discursos, porque, senão, o nosso sentimento será: "Estão agarrados ao poder, do osso não querem tirar a boca e querem fazer qualquer negócio para continuar aí". Eu não quero ouvir isso, Senador Blairo, como V. Exª, e não quero ser chamado de golpista. Ou mudam essa palavra ou... Aqueles que estão definidos aqui não vão mudar, os que estão indecisos ficarão com raiva. Esqueçam. Na Câmara, já passou. Houve admissibilidade. Agora, é o rito no Senado. Podemos conversar? Podemos conversar, mas não é que nós vamos tirar Madre Teresa Dilma de Calcutá do poder. Dizem: "Ah! Viu as manchetes dos jornais internacionais, dizendo que estavam tirando selfies? Os jornais dizendo que parecia um jogo de futebol". Ei! Os jornais internacionais estão falando mal de nós há muito tempo, falando da Petrobras, da prisão de José Dirceu, da prisão de Vaccari, da prisão de Odebrecht, da prisão da OAS... Eles esqueceram tudo! Agora, só estão dizendo que os jornais falaram de ontem?! Ah, mamãe me acode! Obrigado, Senador.

    O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco Moderador/PR - MT) - Muito obrigado, Senador Magno Malta.

    Para concluir meu raciocínio, eu gostaria de dizer que essa separação, com a qual eu iniciei a minha conversa, de eles para cá, nós para lá, uns de um lado, outros de outro, para mim, não serve. Eu, quando defendo hoje o impeachment, defendo justamente para tentar - veja bem: a palavra é tentar - resgatar e tentar não deixar aprofundar ainda mais essa diferença que nós conseguimos conquistar no passado, do que não queremos abrir mão. Então, não se trata aqui, pelo amor de Deus, de dizer que aqueles que querem o impeachment para tentar corrigir a economia farão isso em detrimento daqueles outros que foram menos favorecidos durante a história do Brasil. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Eu estou aqui nesta tribuna, neste Senado, tentando é não deixar as coisas piorarem ainda mais, porque elas foram muito além do que nós poderíamos imaginar, há um ano, dois anos. Então, eu quero deixar essa minha posição.

    Eu ouço o Senador Medeiros que levantou o microfone para um breve aparte.

    O Sr. José Medeiros (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) - Breve aparte. Senador Blairo Maggi, V. Exª tem estofo e estatura para fazer este pronunciamento agora neste momento, porque não o faz só agora. Eu estou há um ano e pouco aqui no Senado e, já quando cheguei, me lembro de V. Exª tomando a iniciativa de trazer Ministros do Governo para conversar com os Senadores - e não era para fazer acordos, não era para conversas não republicanas. A conversa e o tema eram quais as saídas para o Brasil, quais os caminhos que o Brasil devia trilhar para sair da crise que eles negavam naquele momento.

(Soa a campainha.)

    O Sr. José Medeiros (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) - V. Exª já antevia e buscava saídas. Naquele momento, o Governo Federal negava a crise. E, de lá para cá, o roteiro foi o mesmo: V. Exª sempre avisando, sempre subindo aí, até que chegou a um ponto, em meados do final do ano passado, em que V. Exª chegou a fazer um discurso justamente dizendo que chegava e que não aguentava mais o Brasil ser sempre o País do futuro - lembro-me bem dessa sua fala aqui. Neste momento em que nós estamos, agora já assumiram a crise. Nós estamos neste momento em que o Governo está saindo, a Presidente perdendo o cargo, mas estão perdendo justamente por não ter ouvido falas como a que V. Exª fez aqui. E a oposição se comportou também mais ou menos nessa linha, no sentido de alertar, e não de atrapalhar. Agora, criaram os factoides, criaram um discurso, que eu não sei para quem... O Senador Magno Malta...

(Interrupção do som.)

    O Sr. José Medeiros (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) - Eu não sei para quem estão falando, porque o The Guardian e os jornais todos não votam aqui; quem vai votar são os Senadores. Agora, não podem culpar este Senado, porque, como eu citei o seu exemplo, houve vários outros Senadores aqui que se comportaram no sentido de achar uma saída para o Brasil. Não foi o que aconteceu. Começaram a fazer, o tempo inteiro, esse discurso contraditório, em que o impeachment é golpe, em que a pedalada não é crime, em que o Vice-Presidente é traidor. Ora, pouco tempo atrás, vazaram uma carta em que ele reclamava com a Presidente que ele não conseguia fazer interlocução, que ele não conseguia tentar ajudar o Governo. Então, agora, estão com esse discurso aí. V. Exª foi pontual, cirúrgico. Eu não tenho dúvida de que, neste momento em que esse impeachment está colocado, o Senado tem um desafio muito grande de criar um marco zero para fazer com que o Brasil volte a caminhar. Muito obrigado. Desculpe por ter me delongado.

    O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco Moderador/PR - MT) - Muito obrigado, Senador José Medeiros, pela sua participação.

    Para finalizar, eu gostaria de dizer que eu assisti ontem praticamente a 90% da sessão, ouvindo os votos. Aqueles que perderam reclamam da forma como foi feita. Eu acho que ontem, além da seriedade dos votos que foram dados, era uma grande festa da democracia, um momento em que os Parlamentares, representando os votos que receberam, foram lá e disseram muito claramente, até apaixonadamente, o que estavam pensando naquele momento. Portanto, eu não vejo nada de ilegitimidade, de ilegalidade e de golpe nesse processo. É um processo absolutamente normal, dentro da legislação brasileira, dentro da Constituição Federal, cuidado pelo Supremo Tribunal Federal, que parece que ficou até de plantão, respondendo a cada um dos questionamentos que estavam sendo feitos. É claro que aqueles que são os perdedores têm o choro dos perdedores. É natural, é o direito de espernear. Não há problema nenhum. Nós vamos tocando e vamos resolver essa situação.

    Eu acho que o comportamento das pessoas também nas ruas, aqui, em Brasília e em outras cidades onde havia concentrações, foi de maneira ordeira. Elas souberam respeitar o posicionamento do outro. E eu acho que é isto: todos podem torcer, todos podem defender os seus pontos de vistas, mas jamais podemos partir para a agressão e não devemos aceitar a provocação, não devemos fazer com que saiamos do normal do dia a dia.

    O Sr. José Medeiros (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) - Cuspir nos outros, não é?

    O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco Moderador/PR - MT) - Cuspir nos outros, ir ao Palácio e tentar incitar os demais dizendo que vai haver invasões. Nada disso!

    Nós vamos discutir dentro da política. Se acharmos uma saída que seja diferente dessa, na política, ela é válida, mas eu acho que está bem encaminhado. E nós vamos seguir em frente.

    Esperamos que, neste semestre, tudo se resolva no Brasil e que a economia volte a funcionar. Não adianta política sem economia: a economia é que resolve os problemas; a economia é que dá salário para o homem no final do mês; a economia é que faz com que as pessoas paguem suas contas; a economia é que faz com que haja comida na mesa de cada um, a economia é que faz com que se pague a escola, a economia é que faz com que o homem ande de cabeça erguida. Um homem sem dinheiro no bolso, um homem sem emprego tem medo da sombra. E ter medo da sombra é uma das piores coisas do mundo para um ser humano. Portanto, nós temos que, urgentemente, recuperar a economia do País para fazer com que as pessoas olhem para frente, com que as pessoas tenham esperança. Sem esperança, não há como seguir em frente. A esperança é o que nos baliza; a esperança é o que nos faz ter coragem de levantar pela manhã, sair para trabalhar e saber que à noite eu levarei de volta para casa aquilo que é necessário para os meus filhos e para a minha família poderem comer e sobreviver. É isso o que interessa no final.

    Quando temos mais, gastamos mais; quando temos menos, gastamos menos.

(Soa a campainha.)

    O SR. BLAIRO MAGGI (Bloco Moderador/PR - MT) - E a hora é de gastar menos, mas a hora, também, é de fazer com que as coisas andem dentro do seu quadrado - podemos dizer assim.

    Muito obrigado a todos.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 19/04/2016 - Página 32