Discurso durante a 71ª Sessão Deliberativa Extraordinária, no Senado Federal

Crítica à acusação de procrastinação por parte da base do Governo, a fim de adiar a apreciação do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff no Senado Federal.

Autor
Paulo Rocha (PT - Partido dos Trabalhadores/PA)
Nome completo: Paulo Roberto Galvão da Rocha
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Crítica à acusação de procrastinação por parte da base do Governo, a fim de adiar a apreciação do processo de impeachment da Presidente Dilma Rousseff no Senado Federal.
Publicação
Publicação no DSF de 12/05/2016 - Página 20
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • CRITICA, ACUSAÇÃO, GOVERNO, TENTATIVA, ADIAMENTO, APRECIAÇÃO, PROCESSO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Apoio Governo/PT - PA. Fora do microfone.) - Sr. Presidente, uma questão de ordem para encaminhamento pela Bancada do PT.

    O SR. PRESIDENTE (Renan Calheiros. PMDB - AL) - Para uma questão de ordem? Eu tinha, Senador Paulo Rocha, combinado com alguns Senadores que nós concederíamos a palavra para cinco questões de ordem, mas não posso cercear o direito de V. Exª.

    Tem a palavra V. Exª.

    O SR. PAULO ROCHA (Bloco Apoio Governo/PT - PA. Sem revisão do orador.) - Eu só queria falar pelo Partido dos Trabalhadores aqui, para os nossos, de serenidade e tranquilidade, porque eu passei 20 anos lá, na Câmara dos Deputados, e sempre diziam para nós: "No Senado, é mais tranquilo. No Senado, só há homens de 60 anos, ex-governadores, ex-ministros."

    E aqui nós estamos exercendo um direito de um partido democrático. Também entendemos de Regimento. Todas as questões de ordem são um direito, em todas as instâncias do funcionamento da Casa, na Comissão, na Comissão Especial, no plenário, etc. Não estamos procrastinando, estamos exercendo um papel tranquilo de um Partido que tem questionamentos no processo e que, portanto, não está procrastinando.

    Nós também estamos lincados aos interesses do povo. Não é só um partido ou aquele Senador que representa o povo brasileiro, estamos aqui lincados aos problemas da Nação, aos problemas do povo. Nós não podemos ser acusados de estar aqui procrastinando. Aliás, como Partido de Governo, como Partido dos Trabalhadores, estamos também defendendo a nossa história, estamos também defendendo o nosso Governo. É um papel nosso, que ninguém pode nos tirar.

    Então, o que quero dizer, Sr. Presidente, é que temos de iniciar os trabalhos com tranquilidade, porque, durante o dia, vão ser ditas palavras mais fortes de um lado e de outro. Eu sei que a palavra golpe provoca alguns, mas também provoca em nós acusações que insinuam que somos uma organização criminosa, que somos corruptos, que somos bandidos! Nós ficamos, há seis meses, ouvindo isso da oposição! A oposição se inscreveu aqui, nos encaminhamentos de projetos importantes para o País, e pediu votação de todas as formas, prejudicando o andamento dos trabalhos, de projetos importantes para o povo. Aqui Líderes da oposição pediam requerimentos para votar recursos item por item, de projetos, etc. Procrastinação também, direito da oposição. Então, não estamos procrastinando nada.

    O que quero dizer, como Líder do Partido dos Trabalhadores, é que nós estamos serenos, tranquilos, para poder fazer um debate firme, democrático. Eu sei que já há uma maioria política estabelecida aqui, mas nós não vamos aceitar o rolo compressor só porque há um processo tranquilo, que estamos processando, Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 12/05/2016 - Página 20