Pronunciamento de Waldemir Moka em 20/06/2016
Discurso durante a 99ª Sessão Especial, no Senado Federal
Sessão especial destinada a celebrar a aprovação e a importância da Lei nº 13.267, de 2016 – Lei das Empresas Juniores.
- Autor
- Waldemir Moka (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/MS)
- Nome completo: Waldemir Moka Miranda de Britto
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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EDUCAÇÃO:
- Sessão especial destinada a celebrar a aprovação e a importância da Lei nº 13.267, de 2016 – Lei das Empresas Juniores.
- Publicação
- Publicação no DSF de 21/06/2016 - Página 13
- Assunto
- Outros > EDUCAÇÃO
- Indexação
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- SESSÃO ESPECIAL, CELEBRAÇÃO, APROVAÇÃO, IMPORTANCIA, LEI FEDERAL, ASSUNTO, EMPRESA, GESTÃO, ESTUDANTE, ORIENTAÇÃO, UNIVERSIDADE, APOIO, ALUNO, ENSINO SUPERIOR, CRIAÇÃO, EMPRESA PRIVADA, ELOGIO, JOSE AGRIPINO, CRISTOVAM BUARQUE, SENADOR.
O SR. WALDEMIR MOKA (PMDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Cristovam Buarque, eu quero dizer aos jovens da felicidade de estar presidindo esta sessão solene, na minha avaliação, um dos Senadores desta Casa que mais têm a ver com o ensino, com essa questão do empreendedorismo e capaz de entender, realmente, o que o meu amigo Senador José Agripino colocou no papel para que se tornasse lei.
Quero cumprimentar o Magnífico Reitor da Universidade de Brasília, Sr. Ivan Marques de Toledo Camargo; o Magnífico Reitor da Universidade do Rio Grande do Norte, Pedro Fernandes Ribeiro Neto; o Vice-Reitor da Universidade Federal da Bahia, Sr. César de Oliveira; o senhor representante do Sebrae Nacional, meu amigo, Sr. Vinícius Nobre Lages e o Presidente do Brasil Júnior, Confederação Brasileira de Empresas Juniores, Sr. Pedro Rio.
Eu vou ser muito breve e vou até tomar emprestada aqui uma frase que confesso que fiquei confuso se era do Senador Agripino ou de Pedro Rio: “É a hora de os jovens assumirem o protagonismo na retomada do Progresso e na construção de um Brasil melhor”. E outra: “Que esse novo Brasil seja construído por meio da vontade de uma geração inconformada com a sua realidade, com a coragem de sonhar e a ousadia de agir”.
Eu não sei se a frase é sua, mas eu acho que retrata muito bem o momento.
Permitam-me saudar aqui os Parlamentares, além do Felipe, Otavio Leite e Carlos Melles, que estão aqui presentes.
Eu confesso, Senador Agripino Maia, que fiquei com uma pontinha de ciúme de não ter sido relator, embora V. Exª tenha me pedido para apoiar a matéria na Comissão de Constituição e Justiça. E não sei se há jovens de Mato Grosso do Sul aqui presentes - aparentemente não -, mas eu me lembro de ter sido pressionado pelos jovens empresários de Mato Grosso do Sul no sentido de apoiar a lei. E quando eu vi a lei, achei de uma importância muito grande pela vinculação da universidade. Eu sempre fui ligado à universidade.
Cheguei a dar aula na universidade no curso médico em Mato Grosso do Sul, na Universidade Federal, e sempre fui muito ligado à pesquisa. Gosto muito disso. Dei aula de Física e de Química. Então, é até natural que eu goste disso.
Mas o que nós estamos falando é de empreendedorismo, de um jovem que já está na faculdade, que tem uma ideia e que, a partir dessa lei, terá apoio dentro da própria universidade, com orientação, no sentido de que essa ideia possa se tornar um negócio. No momento por que passamos, em que este País tem mais de 11 milhões de desempregados, nada melhor, nada mais direto, nada ajudaria mais este País do que os milhares - estamos falando de 35 mil jovens que, hoje, estão na universidade - que poderiam, de uma forma ou de outra - não todos, mas um número significativo -, resolver realmente criar uma empresa e gerar um negócio. Podemos ter uma ideia do que isso pode representar para este País.
Mas o que mais me agrada... A minha geração, bem como a de Cristovam e a de Agripino, era uma geração de estudantes que tinha o sonho da redemocratização do País. Eu participei dessas lutas. Na época, nós não tínhamos esta preocupação com emprego, de sair da universidade, de prestar um concurso, de ganhar um bom salário. A nossa preocupação era outra, era a de dar a este País a democracia, a redemocratização. Fui um daqueles e me orgulho de ter participado dessa luta.
Acho que o que hoje os jovens fazem, de outra forma, é também nos libertar das amarras da burocracia, que impede muitas vezes... Cristovam acabou de repetir uma frase que para mim mostra isso bem. Ele disse: "Se Thomas Edison tivesse vivido aqui e tivesse criado a eletricidade ou a lâmpada ou qualquer coisa, ele teria a resistência dos trabalhadores que fabricam vela." Essa resistência não pode existir diante do empreendedorismo.
Os senhores podem ter a certeza de que farão parte de uma realidade... Não tenho a menor dúvida: este País não será o mesmo, este País está vocacionado àqueles que têm boas ideias. O brasileiro tem essa capacidade de inovação. Vamos gerar com isso ainda mais conhecimento, Senador Cristovam.
Meu caro Agripino, V. Exª é o responsável por ter colocado no papel essas ideias que hoje se tornaram lei.
O País terá, daqui para frente, nas futuras gerações, jovens que não medirão esforços para terem os próprios negócios. E, se não tiverem os próprios negócios, estarão ajudando aqueles que querem tê-los e que estão ousando cada vez mais.
Termino - permita-me, Pedro Rio -, novamente dizendo: que esse novo Brasil seja construído por meio da vontade de uma geração inconformada com sua realidade, com coragem de sonhar e com ousadia de agir! A ousadia de agir vocês já estão tendo. Sonharam por quatro anos com isso, e esse sonho hoje é uma realidade.
Quero dizer que me orgulho muito de, na Comissão de Constituição e Justiça, ter apoiado esse projeto e de ter feito com esse projeto de lei passasse do Senado para a Câmara. E, hoje, aqui está sendo comemorado nesta sessão solene, fazendo justiça a José Agripino, que, na verdade, tornou essa realidade possível.
Cumprimento uma das Relatoras desse projeto, a Senadora Ana Amélia, que muito ajudou na tramitação.
A todos vocês, muitíssimo obrigado. Parabéns pela conquista!