Discurso durante a Sessão Conjunta, no Congresso Nacional

Repúdio à vinculação do nome de S. Exª com supostas tentativas de paralisar as investigações da Operação Lava Jato.

Autor
Romero Jucá (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RR)
Nome completo: Romero Jucá Filho
Casa
Congresso Nacional
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA:
  • Repúdio à vinculação do nome de S. Exª com supostas tentativas de paralisar as investigações da Operação Lava Jato.
Publicação
Publicação no DCN de 25/05/2016 - Página 25
Assunto
Outros > CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Indexação
  • REPUDIO, VINCULAÇÃO, ORADOR, LIMITAÇÃO, OPERAÇÃO, POLICIA FEDERAL, INVESTIGAÇÃO, CORRUPÇÃO, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS).

    O SR. ROMERO JUCÁ (PMDB - RR. Para uma breve comunicação. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srªs e Srs. Parlamentares do Congresso, eu fiz questão de usar da palavra no início da sessão, para colocar e pontuar aqui algumas coisas. A primeira delas é que quero registrar que a minha conversa com o ex-Senador Sérgio Machado é uma conversa que tenho tido pela imprensa. O que eu disse ao Senador Sérgio Machado eu disse nas páginas amarelas da Veja, na IstoÉ, na revista Época, tenho dito a jornalistas e em discurso no plenário.

    Não fiz nenhuma ação para impedir a investigação da Lava Jato. Falei, naquele período, como Senador da República e como aspirante ao comando do PMDB.

    Esse assunto, que a Senadora Vanessa tratou aqui de forma tão irresponsável, quero dizer que tratarei amanhã, num discurso no plenário do Senado. E estarei à disposição para debater com todos: fundamentalistas, petistas, arrivistas, qualquer um que queira levantar qualquer tipo de questionamento.

    O que a Folha de S.Paulo fez foi dar uma interpretação errônea às minhas palavras, que vou defender e explicar amanhã.

    Não cometi nenhum ato de irregularidade. O Presidente Michel Temer pediu que eu continuasse no Ministério, mas entendi que, para que as coisas sejam esclarecidas e para evitar exatamente esse tipo de manifestação atrasada, irresponsável e babaca de algumas pessoas, encaminhei correspondência ao Sr. Rodrigo Janot, solicitando informação sobre se, na minha fala, que foi gravada à minha revelia - mas ali não há nada que me faça dizer e pensar diferente -, há algum crime ou alguma imputação de conduta irregular. Espero a resposta do Ministério Público Federal. E falei com o Presidente Michel: eu me afastei do Ministério enquanto a Procuradoria-Geral da República não responder a essa questão.

    Portanto, estou muito tranquilo. Nós vamos debater no Senado, que é o fórum apropriado para discutir essa questão da postura dos Senadores. E hoje, aqui, o que temos que discutir é exatamente uma mudança de paradigma de posição da diferença de um governo atrasado, que enganava a população e que fez um golpe não agora, mas na eleição, quando mentiu e imputou a Aécio Neves, a Marina Silva e a outros candidatos aquilo que ela faria depois. O golpe foi eleitoral, da mentira nas urnas, não foi a ação da Constituição e do Congresso Nacional.

    Então, estou aqui hoje para dizer que essa meta fiscal é um número realista, responsável, que tira da conta de um superávit fantasma que o governo anterior propôs, a criação da CPMF, que não é a pauta agora do Congresso Nacional, R$35 bilhões de recursos da repatriação, que não entraram no Governo, e outras receitas em que houve queda.

    Além disso, a proposição permite retomar investimentos importantes no Brasil, como a transposição do São Francisco, como as adutoras de água no Nordeste, que passa por uma seca tremenda, a conclusão de obras importantes de estradas e mais recursos para a Saúde atender à população.

    É isto que há na proposta: um orçamento realista. Inclusive, é bom que os Deputados e Deputadas, Senadores e Senadoras saibam, nesta proposta de ajuste, está contemplada a renegociação das dívidas dos Estados e Municípios, algo extremamente importante para dar condição de funcionalidade em políticas públicas a Estados que estão hoje numa situação de penúria.

    Portanto, o que nós vamos discutir aqui são questões técnicas. A discussão política do Senado e da minha postura farei amanhã, no plenário do Senado. E convido aqueles que estão me acusando a irem lá debater. Nós faremos um enfrentamento democrático, duro e com responsabilidade sem fugir a nenhum tipo de resposta.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DCN de 25/05/2016 - Página 25