Discurso durante a 97ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa do impeachment da Presidente afastada Dilma Rousseff.

Autor
José Medeiros (PSD - Partido Social Democrático/MT)
Nome completo: José Antônio Medeiros
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Defesa do impeachment da Presidente afastada Dilma Rousseff.
Publicação
Publicação no DSF de 17/06/2016 - Página 51
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • DEFESA, APROVAÇÃO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA, REGISTRO, LEGALIDADE, PROCESSO, COMENTARIO, AUSENCIA, DENUNCIA, DESTINATARIO, MICHEL TEMER, EXERCICIO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA.

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Senador Paulo Paim, a todos que nos acompanham pela Rádio e TV Senado, eu não tinha como não fazer o contraponto ao discurso da Senadora Vanessa, Senadora a qual respeito muito, mas, dito isso, também é imprescindível que, no debate político, sejam restabelecidos fatos para que não paire nenhuma dúvida, nenhuma cortina de fumaça e também que não fique apenas uma versão dos fatos.

    É certo que ninguém se orgulha, é certo que ninguém está feliz com o que está acontecendo no Brasil. Não creio que, neste momento, qualquer agente político diga que esteja confortável, que esteja satisfeito com o que está acontecendo na política brasileira. Não tenho dúvida.

    E quando digo isso, imagino V. Exª, que tem décadas de atividade política, de vida política, que sempre pautou sua vida política pela probidade e que defende a boa política e que sonhou, como eu também sonhei, um sonho para este País. Então, essas coisas que estão acontecendo nos afligem. Agora, o que não podemos ter é indignação seletiva. E olha, Senador Paim, que eu não sou daqueles que gostam de apontar o dedo. Não sou.

    Gosto muito daquela parábola de Jesus Cristo que dizia que, certa vez, Ele, sentado na areia da praia, e chegaram vários fariseus com a mulher - e a lei da época dizia que quando uma mulher cometesse adultério deveria ser apedrejada e morta -, trouxeram a Ele essa mulher e disseram: "Mestre, ela foi pega em flagrante adultério, o que faremos?". Eles sabiam o que fariam, queriam testar o mestre. Ele, sem olhar para a multidão, continuou escrevendo na areia e disse: "Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra"; e disse que, aos poucos, foram saindo e ficou a mulher somente e Ele falou: "cadê os teus acusadores?"; e ela disse: "Se foram", e Ele falou: "Então, vai-te em paz e não peques mais, nem eu te condeno".

    Obviamente que aqui nós temos leis e quem cometeu pecado na política irá responder perante as instituições, mas eu digo isso porque não gosto, não é do meu feitio apontar, ficar apontando. Cobro, sim, que a lei seja cumprida e quem fez mal feito que responda.

    Agora, não posso admitir também que, no mesmo caso, veja bem, a Senadora que me antecedeu acabou de dizer aqui o seguinte: que fulano, beltrano foi acusado pelo Sérgio Machado, da Transpetro. O mesmo Sérgio Machado, que querendo se livrar, querendo vender uma delação, foi a um leito de hospital para tentar arrancar alguma declaração de um dos acusados, do ex-Presidente Sarney, esse mesmo Sérgio Machado disse que passou dinheiro de propina para Jandira Feghali, Deputada do Partido Comunista, Deputada do partido da Senadora que me antecedeu. E eu não vi, até agora, o Partido Comunista, que tanto acusa, falar uma palavra. Então, não podemos ter essa... E mais do que depressa teimam incessantemente em acusar o Presidente em exercício.

    Ali na Comissão do Impeachment, que estamos trabalhando, buscando a verdade real de um processo que também aflige o Brasil, deixaram de defender a Presidente que está sendo denunciada. O tempo inteiro só se fala em Michel Temer. Michel Temer não é réu nesse processo de impeachment. Se quiserem tratar de Michel Temer precisam entrar com um pedido de impeachment. Mas ele não é réu. Deixaram a Presidente de lado, deixaram a defesa. O tempo inteiro é um discurso político em cima de Michel Temer.

    Então, essa indignação seletiva, as pessoas estão vendo, as pessoas estão acompanhando. Hoje não adianta o político tentar fazer manobras, cortinas de fumaça, porque, ao mesmo tempo, em tempo real que as coisas estão acontecendo, tem alguém no WhatsApp, tem alguém do Facebook, no twitter, as redes sociais de hoje são instantâneas.

    Para esse momento difícil pelo qual o Brasil está passando nós temos que, na verdade, buscar saídas. E por isso é que - não é confete - sempre falo aqui do Senador Paulo Paim, do Senador Cristovam, de vários Senadores que, além desse debate tacanho, desse debate menor, buscam saídas.

    Nesse momento, o que o povo brasileiro está preocupado, na verdade, é com os 11 milhões de brasileiros desempregados. Quem causou isso é o de menos. A Dilma causou 11 milhões de desempregados. Se a Dilma cometeu crime, ela vai responder. Mas, nesse momento, o essencial é buscarmos essa saída. E de que jeito buscamos essa saída? Olha, buscando fazer o debate com honestidade de proposta. Por que o mundo inteiro está nos olhando e, acima de tudo, vendo de que jeito está se comportando a política e a economia aqui.

    Investidores, neste momento, que têm potencial de diminuir o nosso desemprego estão observando de que jeito seus agentes políticos estão se comportando. E da forma que nos comportarmos, e principalmente essa Casa que neste momento conduz esse impeachment, é a forma como virão investimentos ou não.

    Esse discurso de golpe, por exemplo, é extremamente pernicioso ao Brasil. Por quê? Senador Roberto Rocha, se V. Exª for um empresário que está na Europa, e ouve esse discurso contínuo de que aqui existe um golpe, V. Exª vai vir investir aqui no Brasil? Não vem. V. Exª vai dizer: olha, eu vou esperar as coisas se acalmarem por lá e depois eu vou investir.

    E não é isso que está acontecendo. Realmente nós temos aqui um processo político que estamos tratando internamente. Mas as instituições estão funcionando, o Senado Federal da República está funcionando, a Câmara, o Ministério Público, a Polícia, o STF está funcionando. Nada tem a ver com a economia. O empresário pode vir aqui, investir no Brasil, o ambiente negocial está aberto. Lá no Rio Grande do Sul está aberto para receber empresários; no meu Mato Grosso, com certeza; e lá no Maranhão, do Senador Roberto Rocha, não tenho dúvida.

    Então, nesse momento, o que a gente precisa passar é que temos nossos problemas, sim, mas que nós temos, acima de tudo, acima dos nossos problemas, temos capacidade para resolvê-los. Nós não precisamos, neste momento, que ninguém venha resolver nossos problemas.

    Há poucos dias, se defendia que viesse uma comissão do exterior para nos acompanhar aqui. Não precisamos, não é necessário. Vi recentemente o governador da Venezuela, de um dos Estados da Venezuela, e opositor, Henrique Capriles, e ele conversava conosco, porque na Venezuela está tendo um processo muito conturbado politicamente.

    Ele dizia: vocês estão no céu se comparado com a Venezuela. É óbvio que não estamos tranquilos também. São momentos difíceis, mas precisamos buscar saídas.

    Ontem, eu ouvi a Senadora Lúcia Vânia justamente dizendo isto: nós precisamos propor. Nós precisamos de gente que proponha, porque é isso que as pessoas estão querendo dos seus agentes políticos.

    Estive em Mato Grosso no final de semana. Mato Grosso é um dos Estados brasileiros que está, eu diria, em termos de infraestrutura, muito atrás dos outros. Mas, ao mesmo tempo, Senador Paim, é um Estado que está com um desenvolvimento em ebulição. Enquanto o Brasil, por exemplo, está crescendo a menos 4%, ou seja, está decrescendo, o crescimento da economia de Mato Grosso está em torno de 4% a 5%.

    E aqui devo fazer justiça aos sulistas, aos gaúchos, aos chamados matuchos que para ali foram e que, em conjunto com muitos outros brasileiros, como nordestinos, assim como minha família que foi para o Mato Grosso, ajudaram a desenvolver o Estado.

    Mas é um Estado que está em pleno momento de ebulição econômica. E vejo todos os que ali investem muito preocupados e buscando saídas. Mas eu vi que todos os empresários, durante o período conturbado do Governo da Presidente Dilma, tinham puxado os flaps, tinham se recolhido, não estavam se sentindo seguros para investir. Isso era plenamente observado e o Estado já começava a sofrer com isto. E creio que em todo o Brasil também era essa a realidade.

    Mas com essa mudança, e dizem que toda mudança, toda crise pressupõe uma oportunidade, e toda mudança também tende a trazer algo de bom, um dos acertos deste Governo do Presidente Temer tem sido sinalizar um rumo. Obviamente que poderá sofrer ajustes. E esta Casa está aqui justamente para propor. Mas o que se sente é que já existe uma luz no horizonte. Já vemos os empresários querendo investir. E aí a Casa tem que ir junto, o Senado Federal brasileiro precisa passar esta mensagem: olha, ali por 20 de agosto vamos terminar este processo de impeachment. Fique Presidente Michel Temer ou volte a Presidente Dilma, nós precisamos caminhar. E é por isso que refuto, e da forma mais veemente possível, esse discurso "eles, eles", como se o outro que discorda de mim fosse o meu inimigo.

    Vou contar rapidamente o que aconteceu em Mato Grosso. Nós fomos fazer um debate da terceirização. O Senador Paim passou por todos os 27 Estados da Federação ouvindo as pessoas sobre a terceirização. E o Senador Paim tem feito o contraponto, ele tem dito que é contra o projeto da terceirização. E lá em Mato Grosso fomos fazer o debate. O plenário da Assembleia Legislativa estava cheio e o Senador Paim fez a sua fala contra o projeto da terceirização. Eu fiz uma fala dizendo que nós precisamos votar o projeto a favor de que possamos melhorar essa lei e melhorar a vida desses 12 milhões. Ou seja, um discurso a favor da terceirização. Tive todo o respeito da parte dele e do público que estava ali notoriamente contrário à terceirização.

    O debate político precisa ter honestidade de propósitos e respeito pelo oponente. Quando a gente começa a combater o dono dos argumentos e não os argumentos, isso é pernicioso para o mundo político, é pernicioso para toda a sociedade, porque começa a divisão entre nós e eles. Aliás, esse é um discurso que foi muito feito por algumas pessoas do PT. E falo isso não é porque estou na frente do Senador Paim. Mas toda a vida vi os discursos dele e nunca foram de atacar o adversário, de ser contra, de querer a destruição do outro. Não!

    Mas aqui eu estou vendo que, neste processo de impeachment, começou de novo essa polarização, essa divisão, eu diria até infantil, parecendo grêmio de escola. Se um argumento é do Senador Paim, e eu não concordo com ele, então, mesmo que eu concorde com ele, mas como foi o Senador Paim que argumentou, eu vou discordar; não, então, eu sou contra. É mais ou menos como aquele ditado em que se diz: Se hay gobierno, soy contra. Governo, sou contra. Ou seja, se foi o outro que disse, sou contra. O debate precisa ser acima de tudo honesto. Tudo o que o Brasil está precisando neste momento é que seus agentes políticos ajam com a maior honestidade intelectual possível.

    Estou na Comissão do Impeachment e tenho visto coisas horrendas. Tenho visto, em alguns momentos, cenas que dão vergonha alheia. E creio que quem está nos assistindo também fica. Por quê? Resolveram demonizar o Governo que está neste momento conduzindo o Brasil. Se o debate fosse em prol do Brasil, se a preocupação fosse pelo Brasil, o raciocínio seria o seguinte: olha, eu vou defender a Presidente afastada e vou proteger este Governo que está aí, porque quando a Presidente voltar, se voltar, vai pegar um governo saneado, um governo que vai estar caminhando bem. Mas, não, a política tem sido a do quanto pior, melhor. Sabem para quê? Incendiar o País, tocar fogo no País, mostrar que o Governo não tem capacidade, como se isso fosse fazer com que todos os erros do governo passado pudessem ser apagados e voltasse. Eu tenho visto aqui.

    Faz menos de 30 dias que o Presidente Michel Temer está no cargo, mas estão pregando o caos, como se tudo que tivesse acontecido até agora no Brasil fosse culpa do Governo que aí está. Apagou-se, de repente, o rombo que há neste País.

    Eu conversava, há poucos dias, com um prefeito e ele dizia: "Eu não sei o que vou fazer com os esqueletos de obras que estão aqui". E conversando com outros prefeitos, aqui em Brasília, eles falavam que está cheio de esqueletos de obras por todo este Brasil, obras que foram iniciadas e que não conseguiram terminar. Em todo o País, há projetos que foram iniciados, que criaram esperanças, e cito um aqui, Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Visitei o Município de Rio Grande, em determinado momento, e havia uma verdadeira aura de esperança, porque ali tinham começado a fazer obras no Porto, um empreendimento através da Petrobras, e a cidade estava em regozijo. Há pouco tempo, fui a Rio Grande e havia um verdadeiro luto porque nada daquilo se concretizou. Em Pernambuco, a situação é a mesma, no Maranhão também. E em muitos outros lugares. Mas isso é apagado, jogado para debaixo do tapete. Estão tentando canonizar a Presidente.

    E eu tenho dito, havia alguns mitos em relação à Presidente Dilma. Um dos mitos era a capacidade gerencial; outro mito era de que era uma verdadeira aura de santidade. Não é verdade! Não se pode jogar todos os pecados para cima do ex-Presidente Lula e dizer: "Olha, tudo que isso que aconteceu foi culpa do Lula". Não, a Presidente Dilma sempre foi o braço direito, era a Chefe da Casa Civil. Quando aconteceram todas aquelas coisas na Petrobras, sabe quem era a Presidente do Conselho Administrativo? A Presidente Dilma. Então, esse mito cai por terra.

    Aí vem o mito da capacidade gerencial. Bem, o mito da capacidade gerencial, acho que não preciso dizer; o mito da gerentona, da mãe do PAC, caiu, porque o PAC não andou.

    E, já me encaminhando para o final, Sr. Presidente, o que se vê é que é praticamente impossível fazer uma defesa do Governo da Presidente, embora se tente. O Advogado-Geral da União, o ex-Ministro José Eduardo Cardozo, tem feito malabarismo, feito uma retórica, tem construído sofismas, mas a grande verdade é que o que aconteceu no governo da Presidenta Dilma foi quase como aquela barreira lá de Mariana, da Samarco: ela explodiu, derramou e a coisa não tem como esconder. Não há como dizer que ali não houve um crime ambiental, porque desceu rio afora e manchou até o oceano. Esse é o retrato do que aconteceu com as pedaladas e com os decretos.

    E tenho visto repetidamente o Senador Lindbergh dizer: "Mas vão afastar uma Presidente por causa de quatro decretos?" Ele repete isso cotidianamente, é quase como se, lá no Nordeste, na época da peixeira - hoje já não há mais isso, mas, no Nordeste, houve uma época que acontecia muito crime, a peixeirada -, o sujeito dá uma facada no coração e o advogado dizia assim: "Mas vai condenar esse réu só por causa de uma facadinha no coração?" Porque foi isto: foi uma faca! Foi uma, não, foram quatro facadas no coração da economia brasileira. Foi isso que aconteceu.

    A economia brasileira derreteu. Por quê? Foram maquiados os números. E tenho sempre dito: geralmente aquele sujeito que gosta de jogar e de beber, gosta de esconder da mulher que ele faz isso. E comparo a situação como aquele sujeito que vai tomando dinheiro emprestado para tapar as dívidas para ela não saber que ele está jogando, que ele está bebendo. Mas um dia a conta chega, e foi isso que chegou.

    A gravidade disso se dá, porque, na eleição de 2014, a população brasileira não sabia que estava aquele rombo todo, logo depois da eleição se soube que a economia estava arrombada. Foi o que aconteceu; por isso, a frustração.

    Não foi a oposição, não foi ninguém que foi contra...

(Soa a campainha.)

    O SR. JOSÉ MEDEIROS (Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - MT) - ... E já encerro, Presidente.

    Não foi a oposição que derrubou esse governo; ele caiu por si, se implodiu, porque, além disso, há muita coisa que a população brasileira não sabe: havia um racha interno das forças políticas que sustentavam, briga do PT com o PMDB e até dentro do próprio PT. Havia uma ala da Presidente Dilma e outra do ex-Presidente Lula; então foi isso, este foi o resultado: a Presidente foi responsável pela sua construção e pela sua própria destruição. Tenho dito: o PT se construiu pelas suas condutas e também caiu pelos seus próprios atos. Ninguém foi responsável por isso.

    Agora, isso é um pouco de cultura nacional, de algumas alas mais ideológicas.

    Os erros nunca são nossos. A nossa culpa, pela nossa derrocada, é sempre assim: "Olha, foram as duas polegadas que faltaram para a Martha Rocha se tornar Miss Mundo." "Olha, foi o juiz que não deixou que nós ganhássemos a Copa." "Olha, puxaram a camisa do Zico." A única situação em que não houve como dar desculpa foi a de sete a um da Alemanha, porque não havia como dar desculpa. Mas eu vejo, de vez em quando, alguns culpando... "Não, está acontecendo tudo isso com a nossa economia porque o império norte-americano..." Agora mesmo, na Comissão do Impeachment, havia muita gente culpando o "império" norte-americano pelas nossas mazelas.

    Não. Nós precisamos começar a encarar os nossos problemas de frente e tentar resolvê-los. Precisamos mudar essa cultura. Nós somos responsáveis pelo nosso futuro. Precisamos tomar pé, sair da cultura do "coitadinho". E, muitas vezes, esse negócio é usado para se dar bem. Agora mesmo: muita gente que estava de nariz em pé, agora, para tentar se livrar das consequências, virou coitadinho. Tenta se vitimizar. É uma estratégia, mas que não constrói e nos torna pequenos. Eu espero que isso seja varrido, juntamente com esse impeachment, dia 20, quando nos livrarmos dessa situação toda. Que possamos ter um novo horizonte e começar a construir um Brasil sem esses recalques, um Brasil que busque ser grande na educação, na produção de conhecimento... Um Brasil que pense grande. E um Brasil que, acima de tudo, faça um debate político, honestamente, intelectualmente honesto e, acima de tudo, grande.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/06/2016 - Página 51