Discurso durante a 116ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Satisfação com a liberação, pelo Governo em exercício, de recursos para retomada das obras da Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul.

Autor
Lasier Martins (PDT - Partido Democrático Trabalhista/RS)
Nome completo: Lasier Costa Martins
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESENVOLVIMENTO REGIONAL:
  • Satisfação com a liberação, pelo Governo em exercício, de recursos para retomada das obras da Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul.
Publicação
Publicação no DSF de 14/07/2016 - Página 13
Assunto
Outros > DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Indexação
  • ELOGIO, LIBERAÇÃO, RECURSOS FINANCEIROS, GOVERNO FEDERAL, OBJETIVO, RETOMADA, OBRA PUBLICA, PONTE, RIO GUAIBA, CIDADE, RIO GRANDE DO SUL (RS), RESULTADO, REUNIÃO, PARTICIPANTE, ORADOR, DEPUTADO FEDERAL, ANA AMELIA, SENADOR, MINISTRO DE ESTADO, MAURICIO QUINTELLA LESSA, MINISTERIO DOS TRANSPORTES (MTR), ELISEU PADILHA, CASA CIVIL, OSMAR TERRA, MINISTERIO DO DESENVOLVIMENTO AGRARIO, MICHEL TEMER, PRESIDENTE DA REPUBLICA, INTERINO.

    O SR. LASIER MARTINS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RS. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Eminente Senador Cidinho Santos, ilustre Senador de Mato Grosso, que tão bem aqui substitui o Senador Blairo Maggi, que assumiu o Ministério da Agricultura; Srªs e Srs. Senadores; telespectadores da TV Senado; ouvintes da Rádio Senado, quero falar, Sr. Presidente Cidinho, sobre uma importante conquista que obteve meu Estado, o Rio Grande do Sul, na tarde de ontem. Trata-se da Ponte do Guaíba, importantíssima para a ligação das metades sul e norte do Rio Grande do Sul, um problema que se arrasta há décadas.

    Para o conhecimento dos nossos colegas Parlamentares, dos ouvintes e dos telespectadores, essa travessia do Guaíba é mais do que um símbolo para Porto Alegre. É o caminho por onde transita a economia gaúcha e - por que não? - a economia brasileira, que se dirigem para o Mercosul, que circulam pelas rodovias. É por onde se chega ao Uruguai, à Argentina, ao porto de Rio Grande, que é um porto marítimo, e ao porto seco de Uruguaiana, o maior porto seco do Brasil. É nossa integração com importante parte do Mercosul. É uma ligação seminal com a metade do sul do Estado. Portanto, termos uma ponte moderna é mais do que uma reivindicação dos gaúchos. É um projeto fundamental para a integração da nossa economia.

    A ponte atual, chamada Getúlio Vargas, foi inaugurada em 28 de dezembro de 1958. Portanto, é uma ponte antiga, ultrapassada, que já sofreu embates com cascos de navio, sofrendo avarias etc.. Por ali, transitam 30 mil veículos por dia. Seu vão móvel, que eleva um trecho de pista de 58m de extensão e de 400 toneladas de peso a uma altura de 24m - cada torre tem 43m até a base, sob a água -, é içado para possibilitar a passagem de navios de grande porte. Toda vez que há esse içamento, há uma demorada paralisação no trânsito sobre a ponte para quem se dirige para o sul ou para o norte.

    A ponte já parou por quatro vezes, o que tem gerado problemas enormes para a economia, prejudicando os compromissos das milhares de pessoas que ali transitam. Em 2008, quando um navio colidiu com sua estrutura, os problemas se tornaram mais graves, de ordem estrutural, e começaram a ser, evidentemente, sentidos.

    Portanto, ao longo do tempo, sempre se discutiu a necessidade de uma nova travessia sobre o Rio Guaíba, mais rápida e eficaz, que ajudasse tanto o trânsito rodoviário, quanto o de embarcações.

    A construção da nova ponte, depois de muito prometida pelo Governo anterior, iniciou em 2014, com previsão de conclusão para o ano que vem, para 2017. Mas, em fevereiro deste ano, pouco depois de iniciadas, as obras foram paralisadas. A insuficiência de repasses da União levou à dispensa de 200 operários, no ano passado, pelo Consórcio Queiroz Galvão e pela EGT Engenharia, responsáveis pela obra. Em maio deste ano, mais 300 funcionários foram demitidos. Portanto, neste ano, houve 500 demissões de trabalhadores na obra da Ponte do Guaíba. A obra foi orçada em R$649 milhões, segundo o DNIT, e atingiu o que temos agora, 36% de sua conclusão.

    Assim, em conjunto com nossos Parlamentares federais gaúchos, obtive uma reunião. Pedi ao nosso Ministro gaúcho Eliseu Padilha uma audiência com o Presidente da República na semana passada, e essa audiência foi concedida ontem à tarde, para discutirmos o assunto da Ponte do Guaíba. Então, estivemos ontem reunidos. Lá estavam 18 Deputados Federais; a Senadora Ana Amélia; o representante do Rio Grande do Sul Otaviano Fonseca; o Ministro dos Transportes, Maurício Quintella; o Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha; e o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Osmar Terra. Enfim, foi uma reunião muito concorrida a de ontem no Palácio do Planalto, que durou uma hora.

    Buscávamos uma solução para essa obra importantíssima, em que já foram investidos R$266 milhões. Com o apoio do Ministro Eliseu Padilha, conseguimos, na tarde de ontem, de viva voz, por parte do Presidente da República, obter R$100 milhões, para que as obras sejam retomadas imediatamente. Serão cinco parcelas de R$20 milhões, iniciando já em agosto, passando por setembro, por outubro, por novembro e por dezembro. Serão R$100 milhões até o fim do ano, o que assegura, então, a retomada dos trabalhos provavelmente dentro de 15 ou 20 dias.

    Esse atendimento à reivindicação necessária à economia gaúcha alcançará também o Brasil, porque ali passam caminhões de todo o País em direção ao Chile, à Argentina e ao Uruguai. A nossa integração com os países do Cone Sul, portanto, que tem sido fundamental, pode melhorar quando concluída essa ponte, para dinamizar nossa economia no terreno da troca de mercadorias, que, atualmente, encontra-se em crise.

    Por essa ponte, serão criados empregos, serão gerados desenvolvimento e progresso. Demos também importante passo para uma conexão mais dinâmica com a região sul do Estado, facilitando o escoamento de sua produção, como eu disse no início, tanto para o porto seco de Uruguaiana, que é o maior porto seco do Brasil, pouco conhecido dos demais brasileiros, mas que tem uma movimentação extraordinária de caminhões, como para o porto marítimo de Rio Grande.

    Nossa reunião foi exemplo dos esforços que empreendemos em Brasília, de enorme significado para a nossa economia e para a nossa gente. Uma vitória, portanto, obtivemos com a conquista dessa verba, com repercussão para o País.

    Era isso, Sr. Presidente, que eu pretendia comunicar aos colegas Parlamentares e àqueles que acompanham a transmissão dessa sessão.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.

    O SR. PRESIDENTE (Cidinho Santos. Bloco Moderador/PR - MT) - Obrigado, Senador Lasier. Parabéns por essa conquista para o Rio Grande do Sul! É um sonho de muito tempo essa ponte. Sua atuação no Senado é sempre brilhante. Parabéns!

    O SR. LASIER MARTINS (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RS. Fora do microfone.) - Obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 14/07/2016 - Página 13