Discurso durante a 119ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Garantia de que o Presidente interino Michel Temer não tem interferência no processo de impeachment da Presidente afastada Dilma Rousseff.

Autor
Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
Nome completo: Magno Pereira Malta
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
GOVERNO FEDERAL:
  • Garantia de que o Presidente interino Michel Temer não tem interferência no processo de impeachment da Presidente afastada Dilma Rousseff.
Publicação
Publicação no DSF de 03/08/2016 - Página 12
Assunto
Outros > GOVERNO FEDERAL
Indexação
  • NEGAÇÃO, INTERFERENCIA, MICHEL TEMER, EXERCICIO, PRESIDENCIA DA REPUBLICA, PROCESSO, IMPEACHMENT, DILMA ROUSSEFF, PRESIDENTE DA REPUBLICA.

    O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Senadores, na verdade, a fala do Senador Lindbergh.. O Senador Lindbergh cumpre um papel de Líder da Minoria e Líder também entre os Líderes do governo afastado.

    Na verdade, essa tentativa de produzir um desgaste ao Presidente em exercício Michel Temer não procede, até porque nós fazemos parte da comissão de uma forma efetiva. Eu faço parte dessa Comissão do Impeachment, Sr. Presidente, de forma efetiva. Lá, estou trabalhando, lutando, vivendo um tempo dentro da comissão e nunca fui chamado em nenhuma reunião, ou de forma particular, pelo Presidente em exercício Michel Temer para trabalhar para romper com o rito, até porque um processo de cassação tem um rito, e o rito está estabelecido.

    O que diz o Senador Lindbergh, cumprindo um papel importante, como Líder que é, falando para sua militância, e sua incumbência e responsabilidade aqui é de desgastar o Presidente em exercício Michel Temer para ter a oportunidade de citar o nome e chamá-lo de golpista... Nenhum de nós quer isto, até porque a Nação está sangrando publicamente.

    O Brasil está sangrando à luz do dia. A Nação está sofrendo com um processo que se vai arrastando e que, na nossa visão, já poderia ter tido um fim, mas tem um rito, e nós temos de respeitar o rito.

    Ora, se V. Exª dá o depoimento de que a própria Presidente afastada Dilma Rousseff já não aguenta mais, imagine nós. Além de ser um processo cansativo emocionalmente, psicologicamente, submete o País a um sofrimento como nunca se viu na história, porque produz instabilidade jurídica, produz instabilidade emocional em todo o País. E qual é o investidor, no momento em que o País vive a sua grande crise econômica, que vai arriscar-se antes que esse processo seja resolvido?

    Por isso, Sr. Presidente, não tenho procuração para isso, não sou Líder do Governo, mas faço parte dessa Comissão, e, quando falo com o Presidente, nunca, nenhum assunto nesse sentido de que atropelássemos esse rito.

    A explicação que V. Exª faz com relação aos prazos, em função do debate no plenário, é plausível, e acho que é esse caminho que temos de seguir. Por isso, Sr. Presidente, faço esta defesa, mesmo sem ter procuração. Sou parte efetiva nessa Comissão e parte efetiva nos anseios do País, que quer ver esse processo resolvido o mais rápido possível. E nós, que temos convicção - as nossas crenças estão absolutamente definidas -, sabemos o que vai acontecer aqui neste plenário. Eu, de forma muito individualizada, Senador Magno Malta, estou plenamente consciente de que ela não voltará, mas temos de respeitar esse rito, que é o rito estabelecido para um processo de impeachment.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 03/08/2016 - Página 12