Discurso durante a 127ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Comentário sobre o colapso no endividamento do Governo, exposto por assessores do Ministério da Fazenda em reunião na Comissão de Assuntos Econômicos, e posicionamento contrário à concessão de reajuste a servidores no momento de acentuado desemprego e de falências de empresas.

Autor
Ronaldo Caiado (DEM - Democratas/GO)
Nome completo: Ronaldo Ramos Caiado
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
ECONOMIA:
  • Comentário sobre o colapso no endividamento do Governo, exposto por assessores do Ministério da Fazenda em reunião na Comissão de Assuntos Econômicos, e posicionamento contrário à concessão de reajuste a servidores no momento de acentuado desemprego e de falências de empresas.
Publicação
Publicação no DSF de 17/08/2016 - Página 41
Assunto
Outros > ECONOMIA
Indexação
  • REGISTRO, REALIZAÇÃO, AUDIENCIA PUBLICA, LOCAL, COORDENADORIA DE ASSUNTOS ECONOMICOS (CAE), SENADO, PARTICIPAÇÃO, ASSESSORIA, MINISTERIO DA FAZENDA (MF), OBJETIVO, DEBATE, ASSUNTO, CRISE, ENDIVIDAMENTO, GOVERNO FEDERAL, MOTIVO, AUSENCIA, QUALIDADE, GOVERNO, GESTÃO, PARTIDO POLITICO, PARTIDO DOS TRABALHADORES (PT), CRITICA, PROPOSTA, REAJUSTE, SERVIDOR PUBLICO CIVIL, PERIODO, DESEMPREGO, FALENCIA, EMPRESA.

    O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é importante que a sociedade brasileira tenha conhecimento da realidade dos fatos que nós estamos enfrentando hoje.

    Houve uma audiência, pela manhã, na Comissão de Assuntos Econômicos, onde nós ouvimos o relato de toda a assessoria do Ministério da Fazenda, como também do Tesouro. É algo preocupante, com um quadro muito mais grave do que nós imaginávamos: a situação é de deterioração. É um quadro de colapso completo, de endividamento do Estado, da incapacidade de o Governo poder cumprir com o que foi prometido durante todos esses anos. É algo que mostra a total irresponsabilidade com que o País foi tratado durante esses últimos anos. É impressionante, Presidente!

    Nós assistimos agora às pessoas quererem fazer um corte temporal: "Olha, a partir da entrada do Presidente Michel Temer é que tudo aconteceu." Pelo contrário, a partir do momento em que o Presidente Michel Temer entrou no comando da Presidência, o que está se tentando fazer, em primeiro lugar, é dar conhecimento à sociedade brasileira da gravidade e da extensão do desastre que foi praticado. A partir de agora, temos de dizer, com toda a clareza, que todos os brasileiros terão de ter uma cota de sacrifício, para podermos recuperar um País que foi totalmente dilapidado, sucateado e inviabilizado por 13 anos de má gestão. É importante que o cidadão que nos está ouvindo tenha a consciência de tudo isso. Isso é exatamente, Sr. Presidente, a exigência que se quer dar, em apenas 90 dias, à correção de 13 anos de total irresponsabilidade.

    Como tal, quero reafirmar que nós aqui temos de ter, sim, um discurso coerente no sentido de não fazermos concessões seja para funcionários dos três Poderes, seja para qualquer um que hoje tenha estabilidade funcional, em detrimento daqueles que deveriam receber nosso primeiro olhar, que são os desempregados, como são também as empresas que estão falindo. Cada vez mais, estamos voltando os olhos para este Brasil que trabalha e produz e que tem sido o ponto de sustentação do nosso País.

    Como tal, Sr. Presidente, é fundamental que não tentem repassar agora para os últimos 90 dias o descalabro que foi implantado no Brasil. É importante que as pessoas tenham consciência dos fatos e que não venham amanhã "maquetar", não venham amanhã criar um pano de fundo para desviar a realidade do que ocorreu com o País.

    Muito obrigado, Sr. Presidente.

    É isso que eu queria dar conhecimento a todos os nossos ouvintes e também aos colegas que se fazem presentes aqui.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/08/2016 - Página 41