Pronunciamento de Magno Malta em 16/08/2016
Discurso durante a 127ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal
Críticas à crise econômica na Venezuela e à apropriação pela Bolívia de instalações da Petrobras e elogio a atuação do Ministro das Relações Exteriores, José Serra.
- Autor
- Magno Malta (PR - Partido Liberal/ES)
- Nome completo: Magno Pereira Malta
- Casa
- Senado Federal
- Tipo
- Discurso
- Resumo por assunto
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POLITICA INTERNACIONAL:
- Críticas à crise econômica na Venezuela e à apropriação pela Bolívia de instalações da Petrobras e elogio a atuação do Ministro das Relações Exteriores, José Serra.
- Publicação
- Publicação no DSF de 17/08/2016 - Página 54
- Assunto
- Outros > POLITICA INTERNACIONAL
- Indexação
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- CRITICA, PRESIDENTE, PAIS ESTRANGEIRO, VENEZUELA, SITUAÇÃO, CRISE, ECONOMIA, OMISSÃO, JUDICIARIO, ACEITAÇÃO, GOVERNO BRASILEIRO, APROPRIAÇÃO, LOCAL, BOLIVIA, INSTALAÇÕES, EMPRESA, PETROLEO BRASILEIRO S/A (PETROBRAS), DEFESA, ADOÇÃO, PROVIDENCIA, BRASIL, ELOGIO, ATUAÇÃO, JOSE SERRA, MINISTRO DE ESTADO, ITAMARATI (MRE).
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Presidência é feita para o capitão de uma equipe, para quem tem capacidade e está preparado para o comando.
A situação caótica que vive a Venezuela - a falta de abastecimento, em um país onde falta até papel higiênico - e a bravata que ele fez com a Colômbia, fechando as fronteiras com uma bravata, ocorrem porque ditador, quando está descendo ladeira abaixo, encontra sempre uma briga com alguém externamente - e eles sempre fazem isso -, para justificar o seu fracasso. Mas ele foi obrigado a abrir as fronteiras com a Venezuela, por onde, no primeiro dia, passaram 35 mil pessoas, correndo para os supermercados, para comprar de detergente a papel higiênico.
Trata-se de um país onde a Suprema Corte se ajoelha diante das elucubrações, das loucuras de um Presidente "podre" Maduro, maduro que está caindo de podre.
O valente Hugo Chávez, debochador do Brasil, chegou a chamar o Parlamento, o Senado do Brasil - não sei quantos Senadores se lembram disto - de papagaios dos Estados Unidos. Hugo Chávez chamou o Senado brasileiro de papagaios dos americanos, sem qualquer reação do Ministro Amorim. Aliás, o Ministro Amorim era condescendente.
O índio da Bolívia invadiu as instalações da Petrobras e nacionalizou o suor do povo brasileiro, tomou na "mão dura", no assalto, aquilo que não lhe pertencia. Instalações da Petrobras na Bolívia foram tomadas pelo índio da Bolívia Evo Morales, sem qualquer reação do nosso Chanceler Amorim, sem qualquer reação do Presidente Lula. E, mais tarde, ficamos sabendo que era jogo combinado. Todo investimento brasileiro dentro da Bolívia foi tomado e nacionalizado num jogo combinado pelos amigos da América Latina, ou seja, os amigos que formaram o Foro de São Paulo. Então, a Venezuela faz parte do Foro de São Paulo. Nós não sofremos de amnésia.
Aqui relembrava o Senador José Medeiros que Senadores do Brasil que foram àquele país em missão para poder falar com os presos políticos foram desrespeitados, trancafiados dentro de uma van, ouviram hostilidades e impropérios dos asseclas do Sr. Maduro e voltaram para o aeroporto para poder retornar ao Brasil. E impropérios, bravatas, valentias de quem não tem poder nem para se segurar no poder ele tem dirigido ao Brasil, dizendo até que, se Dilma for impitimada, ele vai se preparar com o grupo deles para invadir o Brasil.
Mamãe, me acode! Olha para minha mão aqui! Filma minha mão! Filma! Olha como eu estou ficando velho, todo engelhado com medo do Maduro. Estou cheio de rugas, com medo do Maduro. Se perdermos para Maduro, nós vamos empatar com quem? Com quem nós vamos empatar? Com ninguém!
Então, é necessário que o Brasil reaja dessa forma. Ele não reúne condições morais, condições administrativas, condições de liderança para estar na posição em que está. E nós do Parlamento brasileiro...
(Soa a campainha.)
O SR. MAGNO MALTA (Bloco Moderador/PR - ES) - ... resistimos, até o final, à entrada deles no Mercosul. Nós resistimos, mas, por uma imposição do Presidente Lula, porque ele era companheiro que faz parte do esquema do Foro de São Paulo, ele acabou entrando. Mas está na hora de colocá-lo no seu lugar.
Ao contrário do que se falou aqui do Serra, eu não sinto vergonha nenhuma. Muito pelo contrário, eu me orgulho da posição do Serra, porque é a posição de um povo altivo, democrático, que tem instituições fortes, uma democracia consolidada, uma Suprema Corte consolidada, um Ministério Público consolidado, um Parlamento consolidado e que acredita em democracia. Eu não me envergonho de nada. Muito pelo contrário, aplaudo a posição do Ministro Serra.