Discurso durante a 127ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Defesa da atuação do Ministro das Relações Exteriores, José Serra, em favor da liderança do Brasil no Mercosul, e crítica à denúncia falsa de tentativa de compra de voto do Uruguai.

Autor
Tasso Jereissati (PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira/CE)
Nome completo: Tasso Ribeiro Jereissati
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
POLITICA INTERNACIONAL:
  • Defesa da atuação do Ministro das Relações Exteriores, José Serra, em favor da liderança do Brasil no Mercosul, e crítica à denúncia falsa de tentativa de compra de voto do Uruguai.
Publicação
Publicação no DSF de 17/08/2016 - Página 60
Assunto
Outros > POLITICA INTERNACIONAL
Indexação
  • DEFESA, ATUAÇÃO, JOSE SERRA, MINISTRO DE ESTADO, ITAMARATI (MRE), REFERENCIA, PAIS ESTRANGEIRO, URUGUAI, VOTO, PRESIDENCIA, MERCADO COMUM DO SUL (MERCOSUL), VENEZUELA, EXERCICIO, LIDERANÇA, BRASIL, CRITICA, FALSIDADE, DENUNCIA.

    O SR. TASSO JEREISSATI (Bloco Social Democrata/PSDB - CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, só corroborando as palavras do Senador José Aníbal, nós fizemos contato com o Senador José Serra logo após a leitura da notícia aqui.

    Eu queria esclarecer, primeiro, que o Senador José Serra desmente enfaticamente que tenha havido qualquer negociação em relação à Venezuela nas conversas que teve com a Chancelaria do Uruguai. Não houve essa conversa. Inclusive convidou a seu gabinete o Embaixador do Uruguai no Brasil, que esteve presente nessa conversa. Então, eu queria deixar isso bastante claro, esclarecido.

    Portanto, peço àqueles que pedem moderação e comedimento que, antes de virem com tanta virulência contra o Ministro José Serra, Chanceler José Serra e o próprio Itamaraty, que foi defender, esperem pelo menos cinco minutos para ouvir a palavra, a versão do nosso Ministro, do nosso Chanceler.

    A ideologia faz certas coisas interessantes, Presidente, porque a paixão é tão grande que se vai com uma virulência dessas apenas por uma notícia que saiu em um jornal do Uruguai, enquanto o nosso Chanceler, colega Senador, merecedor do respeito de todos nós, simplesmente desmente a notícia. Então, eu queria deixar isso esclarecido.

    Aqui já foi dita muita coisa, bastante coisa. E ainda mais, o que inferi da conversa com ele é que ele simplesmente aderiu àquilo que deveria ser o papel do Brasil ou assumiu aquilo que deveria ser o papel do Brasil há muito tempo. O Brasil é líder natural no Mercosul, na América do Sul e na América Latina. Nós estávamos até agora a reboque dos bolivarianos, sendo colocados no segundo ou terceiro degrau de importância nessa discussão toda. Ele está fazendo justamente aquilo que estamos pedindo a ele: assumindo o papel de liderança do Brasil nesse bloco, falando e articulando por uma coisa ou outra, mas defendendo firmemente as posições, inclusive institucionais e democráticas do nosso País, sem se curvar a visões ideológicas atrasadas, retrógradas e não democráticas de alguns países vizinhos.

    Esse é o esclarecimento que gostaria de fazer, Sr. Presidente.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 17/08/2016 - Página 60