Discurso durante a 132ª Sessão Deliberativa Ordinária, no Senado Federal

Considerações acerca da 31ª Olímpiada, realizada no Rio de Janeiro, entre 5 e 21 de agosto de 2016.

Autor
Valdir Raupp (PMDB - Movimento Democrático Brasileiro/RO)
Nome completo: Valdir Raupp de Matos
Casa
Senado Federal
Tipo
Discurso
Resumo por assunto
DESPORTO E LAZER:
  • Considerações acerca da 31ª Olímpiada, realizada no Rio de Janeiro, entre 5 e 21 de agosto de 2016.
Publicação
Publicação no DSF de 25/08/2016 - Página 31
Assunto
Outros > DESPORTO E LAZER
Indexação
  • ANALISE, REALIZAÇÃO, OLIMPIADAS, COMPETIÇÃO ESPORTIVA, RIO DE JANEIRO (RJ), ELOGIO, ATUAÇÃO, COMITE OLIMPICO.

    O SR. VALDIR RAUPP (PMDB - RO. Pronuncia o seguinte discurso. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente, Senador Raimundo Lira, pelas palavras, pelas congratulações, pelo carinho, pela lembrança. Da mesma forma, estendo estes agradecimentos ao povo do meu Estado, ao povo de Rondônia, que tem, durante todo o dia, desde ontem à noite... À meia-noite, na virada do meu aniversário, eu estava na sessão do Congresso, até quase três da manhã, e já comecei a receber os parabéns ali na sessão do Congresso, também dos meus amigos de Rondônia. Lá se conta uma hora a menos, então às 11h da noite em Rondônia, eu já estava fazendo aniversário aqui em Brasília, por causa da diferença do fuso horário.

    Então o nosso muito obrigado ao querido povo de Rondônia e a todas as Srªs e Srs. Senadores e servidores da Casa que durante todo o dia me felicitaram. Muito obrigado.

    Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores, no último domingo, dia 21, tivemos o encerramento dos jogos da 31ª Olimpíada na cidade do Rio de Janeiro. Foi a primeira vez que uma cidade sul-americana organizou as competições, e creio que podemos dizer agora, depois de duas semanas intensas, que o evento foi um grande sucesso. Houve problemas, é certo, e algumas questões ainda pedirão uma reflexão mais aprofundada nos próximos meses, mas acredito que todos reconhecemos que os jogos foram muito bem-sucedidos.

    Do ponto de vista atlético, não há dúvida de que mais uma vez os Jogos Olímpicos se afirmaram como o grande encontro esportivo do planeta. Tivemos a oportunidade de ver de perto os maiores e os melhores em todas as modalidades em que houve competições.

    Nomes conhecidos confirmaram as expectativas de excelência que os acompanham sempre, em todos os certames, e novos heróis olímpicos despontaram, já trazendo esperanças para os próximos anos.

    Sabemos que os Jogos Olímpicos são muito mais do que competições atléticas. Os ideais de confraternização, de cosmopolitismo, de união e paz mundial que guiaram o seu surgimento no final do Século XIX continuam vigendo, e hoje mais do que nunca precisamos deles.

    Creio que podemos dizer com orgulho, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, senhoras e senhores ouvintes da Rádio Senado e telespectadores da TV Senado, que soubemos oferecer ao mundo essa experiência de confraternização e festa ao longo desses dias de jogos. Tenho certeza de que todos os estrangeiros, atletas e público que passaram pela cidade do Rio de Janeiro ou por outras cidades Brasil afora tiveram a oportunidade de experimentar, filtrada pelo jeito brasileiro, especialmente o carioca, a riqueza do convívio com a diversidade. Temos nossos problemas e nossas dificuldades certamente, mas nossa cultura, em alguma medida, facilita o encontro e a convergência. Não seria exagero dizer que está, assim, em consonância com o espírito olímpico.

    Valeu à pena, Sr. Presidente, Srªs e Srs. Senadores. Sabemos que o custo é alto, os investimentos foram pesados, e muito do que foi investido na festa não terá retorno. Ainda discutiremos longamente sobre o legado dos jogos para o Brasil e para o Rio de Janeiro, mas hoje, ainda sob o impacto da grande festa, quero dizer que sim, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, valeu à pena, como valeu à pena.

    Não temos como mensurar o efeito positivo no espírito dos brasileiros, e dos cariocas em particular, da satisfação de ter proporcionado ao mundo uma festa tão bonita e tão bem sucedida, sobretudo depois do enxame de dúvidas e de ceticismo que nos envolveu, cada vez mais espesso nos dias que antecederam o início das competições. Muita gente não acreditava, muita gente dizia que daria errado, principalmente os pessimistas, mas os otimistas, Sr. Presidente, já nasceram certos, os pessimistas já nasceram errados. Os pessimistas erraram mais uma vez quando disseram que os jogos do Rio, das Olimpíadas do Rio de Janeiro seriam um fracasso, um fiasco. Eles erraram. Os pessimistas erraram. Os otimistas, assim como eu, acertamos. Mas esse efeito é palpável na alegria das pessoas e no justo orgulho, que foi crescendo ao longo das duas semanas e atingiu o seu máximo na festa de encerramento.

    Não podemos esquecer ou diminuir o valor simbólico, um tanto imponderável, é verdade, mas nem por isso irreal, do esporte no mundo contemporâneo. Não devemos menosprezar o papel que desempenha nas sociedades contemporâneas e as energias que move. A satisfação que sentimos com os jogos, sobretudo com o fato de os termos organizado com sucesso, tem um significado simbólico muito importante para nós. Isso merece ser guardado como um elemento importante para a futura avaliação.

    Quero destacar, enfim, já para concluir, Sr. Presidente, o bom desempenho dos atletas brasileiros.

    Ficamos abaixo da meta projetada, que era a de nos colocarmos entre as dez maiores potências esportivas, pelo número de medalhas. Não obstante, tivemos o melhor resultado em Olimpíadas de todos os tempos. Ficamos em 13° lugar, com 19 medalhas, 7 delas de ouro. Pelo critério do número de medalhas de ouro, ficamos em segundo lugar nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos. Mais do que isso, Sr. Presidente, para além das medalhas, muitos atletas brasileiros ficaram entre os oito ou dez melhores em suas modalidades, mostrando uma grande e significativa evolução em seus desempenhos desde a última Olimpíada, em Londres, há quatro anos. Em 17 modalidades, os atletas brasileiros tiveram melhor desempenho do que em 2012. Em 13, os resultados nunca foram tão bons em toda a história olímpica brasileira.

    Concluo, Sr. Presidente, senhoras e senhores, congratulando-me primeiramente com todos os responsáveis pela organização dos jogos, que represento aqui nas pessoas do Sr. Carlos Arthur Nuzman, Presidente do Comitê Olímpico do Brasil, e do Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, do nosso Partido, que nos orgulha pelo trabalho que fez no primeiro mandato e agora, nesse segundo mandato que está caminhando para o final. O Prefeito Eduardo Paes brilhou não só nesse evento das Olimpíadas, como tem brilhado durante todo o tempo.

    Deixo aos nossos heróis olímpicos, os atletas responsáveis diretos pelos belos espetáculos que tivemos a oportunidade de apreciar ao longo das duas semanas de jogos, um especial parabéns e um sincero agradecimento. Seu exemplo de esforço e de superação de limites comprova a imensa plasticidade da natureza humana e nos faz alargar os horizontes do que é possível. A todos eles, brasileiros e estrangeiros, deixo aqui minha admiração e meu muito obrigado.

    Sr. Presidente, que venham as Paraolimpíadas, que logo, logo chegarão ao Rio de Janeiro. Que venham, daqui a quatro anos, os Olimpíadas de Tóquio, porque o Brasil vai continuar brilhando.

    Muito obrigado.


Este texto não substitui o publicado no DSF de 25/08/2016 - Página 31